O Professor Substituto

Presa

S/N

Acordo com uma forte dor de cabeça. Eu estava zonza, me sento e coloco a mão na cabeça, finalmente abrindo os olhos.

Minha visão demora para se estabilizar, por conta da claridade. Porém logo consigo enxergar, me sento e olho ao redor.

Estava em um quarto com paredes brancas, uma TV de tela plana, uma estante com vários livros, porém estava desorganizada.

Havia uma pequena cômoda, mas as gavetas estavam vazias. Vou até a janela, porém a mesma estava trancada.

-Me deixa sair!!- Falo com a voz trêmula, tentando abrir, no que eu via, que seria minha única saída. -Droga!- Falo frustada.

Não consigui abrir aquela bosta. Vou até a porta, mas antes mesmo de encostar no trinco escuto passos.

Me assusto e corro para um canto. Pego o abajur e fico em posição de defesa.

A porta se abre, revelando Taehyung. Aberto o abajur mais forte e prendo a respiração.

-Hey! Calma.- Ele ri, deixando a bandeija em cima da cama e levantando as mãos em sinal de rendição.

-Tae onde eu estou?- Pergunto ainda segurando firme o abajur.

-Na minha casa, calma.- Ele se aproxima.

-Se der mais um passo eu arrebento a sua cabeça, Taehyung!- Falo me preparando.

-Com um abajur?

-Posso ter uma tesoura sem ponta, mas eu garanto que se eu me sentir ameaçada deixo meus instintos falarem mais alto que minha razão.

Ele se afasta.

-Tudo bem...- Ele respira fundo. -Trouxe comida para você.

Olho a bandeija, havia uma sopa e água.

-Desculpa, amanhã farei algo melhor.

-Amanhã? Não, eu não estarei aqui amanhã!

-Sim, vai. Até conversarmos.

-Eu não quero te ouvir!!

-Mas vai! S/n, estou pedindo que por favor, se acalme.

-Você me sequestrou e está me pedindo calma?!

-Eu não te sequestrei!!

-Ah não? Então me deixa ir!

-Primeiro vamos conversar.

-Tae eu juro que se não me deixar ir, eu faço da sua vida um inferno!

-Então comece a fazer fogo, S/n. Porque daqui você não vai sair!

Ele sai e tranca a porta. Coloco o abajur no lugar e me jogo na cama, começando a chorar.

Tudo em que pensava era em meu pai... Como ele estaria?

O que acharia disso? Do meu sumiço...

E Jeon?

Já havia ido embora?

Me esquecido?

Eu odiava essas dúvidas, porque elas me faziam chorar mais e mais.

[...]

-Não vai comer?- Tae pergunta quando vê que não encostei em sua sopa.

Me encolho ainda mais.

-Está tudo bem?- Ele pergunta.