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Oi, pessoal?Eu queria avisar pra vocês não "estranharem" as datas na fic. Pois ela em si, se passa em um universo alternativo, beleza? kk
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Era um dia chuvoso em Derry.
Não tinha escola, pois uma reunião entre professores e pais estava acontecendo. A maioria dos alunos estavam em casa, assistindo filmes, colocando tarefas em dia, ou até mesmo lendo. Um menino em especial, estava em seu quarto, desenhando. E sim, estou falando de Jaeden. Ele estava contente por não precisar ir à escola, já que as coisas não estavam sendo um mar de rosas lá. Em dias comuns, ele não tinha ninguém pra conversar; Sophia e Chosen já tinham amigos demais, aparentemente. Então, os dois só acenavam e sorriam para ele quando o viam nos corredores. E, Finn ainda estava o atormentando. Sempre acompanhado de Caleb e Noah. Seus escravos, como Jae gostava de chamar. Já que eles faziam absolutamente tudo que Finn mandava, e isso incluía perturbar pessoas inocentes. Caleb e Noah não eram tão babacas, no fundo tinham um coração bom, só estavam mal acompanhados. De qualquer forma, ali estava Jaeden agora; em frente à sua escrivaninha; desenhando círculos e mais círculos... linhas retas e mais linhas retas. Aquilo, de alguma forma, acalmava sua mente. Fazia-o esquecer de seus medos e paranóias, e isso era bom. Era bom pois ele não sentia seus lábios secos, nem suas mãos suadas. E muito menos seu coração disparado. Era só ele; o lápis, a borracha e o papel. Só, que, geralmente, ele não usava a borracha. Porque seja lá o que ele tivesse rabiscado de um jeito torto, não era um erro. Não deveria ser apagado, porque era apenas um detalhe. Um traço. E a cada desenho que Jae fazia, mais eles variavam-se. De um círculo surgia um retângulo, e de um quadrado um oval. Por algum motivo até então desconhecido, ele gostava de desenhar formas. Parecia ser algo... normal. Quer dizer, todo mundo desenha formas, não? É algo totalmente comum. Jaeden achava que sim, por isso ficava ali. O garoto parou de desenhar somente para pegar seus fones e seu mp3, dando play na música 24 Floors. E voltou a desenhar.
Enquanto isso, do outro lado da cidade, encontrava-se um Wyatt sem rumo, deitado em sua cama, fitando fixamente um ponto aleatório no teto de seu quarto. Lembranças ruins o assombravam. O garoto se perguntava quando foi que parou de ser ele mesmo. Não sabia ao certo. Talvez, tenha sido naquela noite em julho, quando ele recebeu a notícia de que sua mãe estava no hospital, totalmente machucada e cheia de hematomas; quando foi para a detenção pela primeira vez por fumar em sala de aula; quando
seu pai lhe bateu após descobrir que ele é gay; ou, talvez, ele nunca tenha sido ele mesmo. Wyatt sabia que era bom em atuar, e talvez ele tenha feito isso a vida toda. Fingindo ser alguém que não é.