𝑶𝒖𝒓 𝒅𝒓𝒆𝒂𝒎 𝒇𝒂𝒎𝒊𝒍𝒚 (A/B/O)

22.

Louis não ia desistir. Ele ficou repetindo isso a si mesmo tantas vezes durante a semana, mas isso não entrava em sua cabeça. Charlie estava com seis meses, Louis voltou a trabalhar bem quando os dentes de seu bebê resolveram nascer. O ômega se martirizava toda vez que chegava em casa e encontrava seu pequeno com febre e chamando por sua mamãe, ele se sentia péssimo o pior mãe do mundo. Mesmo Harry estando sempre ali cuidando do filhote deles, Louis sentia que estava fazendo pouco, era como se tivesse abandonando seu filho que acabou de vir ao mundo.

"Você está bem, Louis?" Taylor perguntou assim que entrou no escritório e encontrou o chefe totalmente disperso e nervoso.

"Nem tanto, mas eu acho que posso conviver com isso." ele respondeu com a cabeça baixa, pensando no que deveria estar acontecendo em casa.

"Você acha que pode se acostumar a se sentir mal?" a ômega perguntou um pouco confusa, já se sentando na cadeira a frente a mesa de Louis.

"Eu só... Me sinto péssimo em não estar em casa cuidando de Charlie." proferiu o de olhos azuis. Ele sentia que deveria sair correndo dali e ir de encontro ao seu pequeno filhote.

"Harry está lá. E você está fazendo isso para o bem dele, não é? Para que ele tenha as melhores condições possíveis, além do mais você não fica o dia inteiro aqui." a loira tentou consolar Louis, que parecia perdido na vida. Não era tão fácil assim, não importa quantas pessoas falassem isso para ele, nunca entraria em sua cabeça.

"Mas EU não estou lá. Fico pensando que o primeiro dentinho dele está nascendo e quando chego em casa está quase na hora dele dormir, ele não me quase vê, e quando vê é só para amamenta-lo. Tenho medo de perder coisas muito importantes da vida dele." Louis desabafou com a voz embargada. Não era como se ele nunca voltasse para casa, mas, e se fosse tarde demais, Charlie falaria suas primeiras palavras e ele não escutaria, daria seus primeiros passinhos e não seriam em sua direção. Era isso que o ômega passava o trabalho inteiro pensando.

"Louis... Eu não tenho filhos, não entendo o que você está sentindo, mas eu já vi quão dedicado a Charlie você é. Esse escritório, segundo suas próprias palavras, é seu sonho desde sempre. Eu realmente não acho que Charlie gostaria de ver o mãe dele, que chegou num lugar onde tão poucos omegas chegam, gostaria que você largasse um sonho realizado e tão imenso quanto esse." proferiu a ômega tentando, pelo menos, convencer Louis que seu filho ficaria orgulhoso pelo seu trabalho, e todas as coisas que já conseguiu.

"Muito obrigado, Palmita gigante." falou Louis fazendo Taylor revirar os olhos, mas dar uma risada nasal. O pensamento de que perderia um pedaço da infância de seu filho não havia saído de sua mente, mas ele estava amenizado por enquanto. Agora ele faria o máximo para terminar todos os seus afazeres em horário de trabalho para quando chegar me casa poder admirar seu pequeno filhote risonho.

"De nada, anão." respondeu a secretária ganhando uma carranca de Louis, e se apressou logo em falar os compromissos do dia do menor. "Você tem pelo menos quatro reuniões com clientes e mais uma com Calvin, ele quer saber quando vai voltar a defender seus próprios casos." disse tudo de uma vez e Louis bufou em cansaço antecipado.

"A única coisa boa que você me trouxe foi aquele teste de gravidez. Saia daqui, Palmito." o ômega disse sério, mas com a brincadeira evidentes entre os dois. Taylor saiu rápido da sala rindo do ômega frustrado, Louis sempre foi resmungão, mas agora estava mais ainda.

Na hora do almoço Louis conseguiu dar uma passada em casa e alimentar Charlie, e ver Harry é claro, mas o ômega amava tanto amamentar seu pequeno, era um momento único e exclusivo. Uma coisa só dele e Charlie.

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"Meu pequeno ômega já não mais tão pequeno assim." Louis conclui fazendo biquinho assim que adentrou ao quarto de Charlie e viu o filhote sentado, chorando, implorando para sua mamãe o pegar no colo. Quando Charlie viu o biquinho de Louis, logo tratou de colocar as mãozinha do rosto do ômega na intenção de conforta-lo, Charlie não queria ver sua mamãe triste. "Você está tão crescido, sunshine." o ômega disse pegando o filhote no colo e indo até o trocador de fraldas. Harry ia dar banho em Charlie pela tarde quando estivesse um pouco mais quente.