Dois Malfoy's;
Um Potter;
Uma Weasley;
Um vira-tempo.
A curiosidade geralmente é algo revigorante ao ser humano, mas o principal problema é que quando alguém está curioso, não pensa nas consequências que pode acontecer às pessoas ao seu redor.
E é...
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○● Capítulo dezoito ●○
Lyra acordou com uma dor de cabeça terrível. Massageou as têmporas enquanto setava-se na cama. Abriu lentamente os olhos, para se acostumar a luz do dia.
Olhou ao redor, não reconhecendo o lugar. Várias camas estavam enfileiradas, uma ao lado da outra. Não tinha ninguém deitado nas camas, mas tinha alguém sentado em uma cadeira ao lado de Lyra.
A pessoa estava dormindo, tampado por um blazer preto.
A loira logo reconheceu, seu cabelo preto é inconfundível.
ㅡ Potter! Acorda! ㅡ Lyra falou alto, chamando a atenção do mesmo. Ele levantou em um pulo, olhando meio perdidamente para a loira.
ㅡ Ah, você acordou! Eu...
ㅡ Vai embora ㅡ Lyra o cortou. Ela não queria escutar mais nada, já estava farta.
A garota levantou-se da cama, chegando bem perto do garoto. Apontou um dedo para ele, enquanto se preparava para falar algumas verdades.
ㅡ Eu odeio você, Potter! Eu odeio estar aqui! Eu odeio fingir que está tudo bem! ㅡ Lyra já iria começar a chorar, mas se segurou. Não iria dar esse gostinho para ele. ㅡ Você estragou o MEU baile! O MEU Natal! Nós não somos namorados, Potter!
Alvo concordou, mesmo não querendo.
ㅡ Eu não quis fazer nada daquilo...
A risada amarga da Malfoy preenche o lugar todo.
ㅡ Ah, claro! Você é completamente inocente... ㅡ Lyra debochou, cruzando os braços. Ela nem tinha percebido que estava usando uma camisola extremamente fina da Ala Hospitalar.
Mas é claro que Potter já tinha percebido.
Lyra acompanhou o olhar do garoto, que deu até os seus braços cruzados, ou melhor, até um pouco acima dos braços.
ㅡ Seu pervertido! ㅡ A garota pegou o fino travesseiro da maca e começou a bater no Potter.
Sem a autorização do mesmo, ela pegou o blazer dele e se cobriu.
ㅡ Podemos falar como pessoas civilizadas? ㅡ Lyra perguntou, cruzando os braços novamente.
ㅡ Tá legal, me escuta, Lyra! Eu não queria fazer nada do que aconteceu, entrar na minha mente novamente. ㅡ Alvo falou, tentando ajeitar o cabelo bagunçado.
ㅡ Como posso acreditar em você?
ㅡ Você não viu o meu olho amarelo?
ㅡ Por que eu repararia no seu olho?
ㅡ Ah, sei lá.
ㅡ Ainda não acredito em você.
Lyra virou para a cama, começou a ajeitar a coberta, de modo que ficou de costas para o moreno.
ㅡ De qualquer forma, nós nunca daríamos certo... ㅡ Lyra comentou, enquanto tentava dobrar o seu vestido do baile.
ㅡ Eu e...? ㅡ Alvo foi perguntar, mas a loira logo o cortou.
ㅡ Não. Estou falando de Blade e eu. Fala sério, ele tem, literalmente, a idade dos meus pais. Provavelmente ele já é casado e tem vários filhos no nosso tempo, talvez nós estudamos com algum dos seus filhos...
ㅡ Então você não o ama? ㅡ Potter perguntou, se equilibrando para não cair depois que Lyra jogou o vestido nele, para ele segurar enquanto ela ajeita a cama.
ㅡ É claro que não, nunca o amei. Amar é um sentimento muito forte para sentir com qualquer um...
ㅡ Então você me ama? ㅡ Alvo se abaixou quando Lyra jogou os sapatos para ele segurar.
ㅡ Não. Eu só amo a minha família e eu mesma.
ㅡ Então se eu for da sua família, você vai me amar?
ㅡ Você quer se tornar parte da minha família? ㅡ Lyra se virou, olhando com os olhos arregalados para Alvo. ㅡ Se você quer se casar com o Scorpius, fique à vontade.
Alvo abriu um sorriso. Essa garota ainda me mata, pensou ele.
ㅡ É exatamente isso! Acha que tenho chances com ele? ㅡ Os dois começaram a rir, esquecendo por um momento o que tinha acontecido na noite passada.
ㅡ Valeu cara, mas você não tem chances não. ㅡ Alvo e Lyra pularam de susto quando viram Scorpius parado no batente da porta, olhando para eles.
ㅡ Ah, qual é? Eu sei que você me ama! ㅡ Potter colocou o vestido e os sapatos de Lyra na cadeira e andou na direção do loiro. ㅡ Eu sei que, aí dentro, em algum lugar, você tem uma paixão secreta por mim... ㅡ Alvo apontou para o coração de Scorpius.
ㅡ Me dê um beijo, Scorpius! ㅡ O loiro arregalou os olhos e empurrou o moreno para longe.
ㅡ O que está acontecendo aqui? ㅡ Rose apareceu, com o cenho franzido.
ㅡ Alvo e Scorpius assumiram o namoro. ㅡ Lyra respondeu, pegando as suas coisas.
ㅡ Ah, eu sabia! Está me devendo dois sapos de chocolate, Lyra! ㅡ Rose comemorou, sorrindo animada.
Todos riram, menos Scorpius, que não estava entendendo nada.
ㅡ Espera! Eu não gosto dele! ㅡ O loiro gritou, mas já era tarde demais, os outros três já estavam longe.
[...]
A neve caia perfeitamente, como se fosse uma obra de arte. Os quatro adolescentes não se importavam com o frio, somente queriam ficar em paz.
ㅡ Vamos fazer uma aposta, Malfoy? ㅡ Alvo propôs, olhando com um olhar desafiador para Lyra.
ㅡ Claro! O que sugere?
ㅡ Vamos ver quem consegue ficar o máximo de tempo sem falar com o outro.
Lyra abriu um sorriso, isso seria fácil.
ㅡ Tudo bem. Mas se eu perder, o que acontece?
ㅡ A pessoa que perder terá que fingir que é de outra Casa. Por três dias.
ㅡ Posso escolher de qual Casa?
ㅡ Não. Será a Grifinória.
Lyra rolou os olhos e bufou. É claro que ele ia escolher essa Casa. A Malfoy fez uma cara de nojo só de imaginar sendo uma Grifinória. Sem ofensas, é claro.
Alvo ainda estava olhando para ela, esperando a mesma concordar.
ㅡ Feito! Que os jogos comecem!
Eu vou ganhar esse negócio, pensou a loira.
●●●
Desculpe pelo capítulo pequeno...
Gente, pergunta rápida: como vocês leem o nome da Lyra?
