Momentum

Story 1: Therapist

Capítulo 03
Pov: Gian

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O mesmo hotel do último encontro. A mesma maleta preta com os perfumes. O mesmo par de olhos azuis.

   Parado ao lado da janela, o observei caminhar pelo quarto e organizar os seus pertences sobre uma mesa ao lado da cama de casal. Alguns dos pertences me eram desconhecidos, e pareciam me intrigar mais do que as duas cordas ao lado deles.

  "Foi uma surpresa" ele disse, sorrindo. "Para falar a verdade, estou satisfeito. Não pensei que você me ligaria tão cedo."

   "Geralmente leva algum tempo, não é?" perguntei, torcendo para não parecer desesperado por ter ligado.

   "Sim. Tudo tem a ver com a mente humana. Não é tão fácil decidir confiar em alguém" explicou. "Oh, e eu não faço penetração sexual."

   Leve alguns segundos para entender o que tinha acabado de ouvir.

   "Perdão?"

   "Se você quiser, podemos sempre usar brinquedos. Não há razão para que todo o jogo tenha que ser romantico."

   Romantico...?

   "Eu te disse a palavra de segurança, certo?" ele perguntou, e apenas assenti em resposta. "Se aproxime." 

   Me aproximei e ele colocou uma das mãos sobre o meu ombro.

   "Sente-se" ele comandou, e me sentei na cama. "E retire isso."

   Misha levou as mãos aos botões jaqueta do meu terno e começou a desabotoa-lo.

   "Espere... eu faço isso" eu disse, mas ele afastou as minhas mãos.

   "Está tudo bem. Fique parado" Misha ordenou, fazendo um estranho arrepio subir pela minha espinha. "Eu vou tocar você" ele disse, movendo as mãos sobre o meu dorso. "Fique com a camisa. É a sua primeira vez." 

   "Você é magro. Se nós usarmos o pad... isso pode machucar as suas costas." Ele se aproximou ainda mais e se ajoelhou entre as minhas pernas." Mas nós poderíamos usar isso nas suas coxas. " disse ele, deslizando as mãos sobre elas. "Vou tirar o seu relógio. E... isso também."

   Observei em silêncio enquanto ele retirava a aliança do meu dedo, essa era a primeira vez em uma ano que vi minha mão esquerda vazia.

"Não há necessidade de está nervoso. Hoje, vou amarrar você na cama. Só isso" disse, enquanto pegava uma das cordas sobre a mesa. "Oh, mais uma coisa. Eu vou beijar todo o seu corpo para encontrar suas zonas erogenas. Tente relaxar." 

   Relaxar... 

   "Então, vou começar."

   Depois de retirar cada peça do meu corpo, exceto a camisa, Misha comandou que eu me deitasse de costas na cama. Ele envolveu os meus pulsos com as cordas, e os amarrou em cada ponta, deixando os meus braços imóveis.

   "Hah..." eu gemi quando suas mãos deslizaram pelas minhas coxas, e o meu corpo se moveu para frente.

   "Não" ele disse, segurando o meu rosto com força e me forçando a voltar ao lugar. "Não disse para se mover."

   Misha se colocou sobre mim, meu rosto estava a poucos centímetros do seu corpo e pude sentir o aroma que emanava das suas roupas.

   "Levante sua cabeça" ele ordenou, e com uma faixa preta vendou os meus olhos. "É mais fácil para você focar nos seus sentidos desta maneira."

   Senti sua respiração misturando-se a minha ofegante. Os seus lábios encostaram brevemente os meus, enquanto seu dedo suavemente os contornavam.

   "Seus lábios são bonitos" ele sussurrou. "Alguém te disse isso alguma vez? Parece como deveriam ser mordidos. Nós vamos salvar isso para outro momento." 

   Escutei ele se movendo pela cama e depois o som de algo sendo aberto. Logo em seguida, ele despejou um líquido frio no meu peito e deslizou as mãos sobre ele.

   "Está frio?" ele perguntou, e apenas assenti em resposta. "Você tem que se acostumar com isso... na próxima vez, usarei algo quente."

   Lentamente, eu sinto isso... o aroma dominando meus sentidos. Ele segura os meus joelhos e eu não posso juntá-los.

   As mãos dele estão molhadas com óleo. Eu não posso vê-las, mas posso dizer com certeza.

   "Bom. Agora vamos ver qual arte do seu corpo é mais sensível." 

   "Ah...!" mordi o lábio quando algo duro e frio deslizou entre as minhas pernas, fazendo o meu corpo tremer de prazer.

   "Oh querido, Gian. Grite. Mais Alto" ele comandou, e deslizou um dedo para dentro da minha boca. "Abra a boca. Sim, assim mesmo. Nem pense em morder o meu dedo. Sim, isso mesmo. Agora me diga. O que você gosta?"

   O jeito que ele soou, eu não podia desobedecer. Minhas mãos estavam amarradas. Eu não tinha escolha, a não ser fazer como ele me ordenava. 

   Eu não poderia fugir. E então eu continuei mentindo para mim mesmo...

Continua...

Capítulo 28.