Capítulo único;

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Freeze Your Brain

eu amo heathers (ノ◕ヮ◕)ノ*.✧

(...)

Entrando na loja, América fez logo questão de ir atrás de algum chocolate ou doce que lhe satisfaça, sua guerra contra o eixo havia terminado, seu país inteiro comemorava, não só a si, como o mundo, mas, aquilo tinha desgastado muito de si, pegou algum doce que viu pela frente, abrindo a embalagem e logo comendo, contanto que pagasse depois, não teria nenhum problema

— Aproveitando de sua vitória, Америка? – Questionou URSS do seu lado, o americano se assustou um pouco por não ter percebido a temida e fria presença o atual rival, trocaram olhares e rapidamente voltaram ao que estavam fazendo

— Qual o problema? Não consegue criar mais nenhum relacionamento? – Riu, sabia que aquilo havia incomodado o soviético, mesmo não demonstrando parecer — Parece que aquele nazista mexeu bastante com você

Olhou para o doce mordido que segurava, por algum motivo, o segurava com força, era uma raiva intensa que passava pelo seu corpo, sabia da raiva que tinha sob a Alemanha Nazista, mas jamais revelara seus três motivos para isso

— Não faz mais sentido criar raízes, quando você se é temido, ou traído – URSS caminhou pelas seções da loja, enquanto, por algum motivo, Americano seguia, queria saber que fim aquela história teria — Meu pai mantinha duas malas em suas mãos, era apenas uma questão, quando seria nossa próxima mudança, quando seria sua próxima guerra, quando seria... O seu fim

— Seu pai era um homem bastante ocupado pelo que percebo – O ruivo o olhou, vendo o rosto do capitalista ganhar uma nova tonalidade de cor — N-não que ele não seja presente! Apenas estou querendo dizer... Esquece! – Pediu nervoso, arrancando um riso do soviético, América se assustou, mas o rival tinha um doce sorriso em seus lábios

— Eu, quase sempre, nunca aprendo nomes, mas, eu também não me incomodo com os rostos, eles sempre são os mesmos assustados com minha presença – Olhava para o americano, que após sua fala, pegou duas raspadinhas, ambas de cereja, deu uma para o soviético e ficou com a outra

— Pode continuar, fica por minha conta – Sorriu minimamente para o outro

— Tido que eu tenho é esse oásis de concreto – Disse se referindo a loja em que estavam — Toda loja é a mesma, da China ao Brasil, corredores de linóleo nos quais eu amo me perder dentro, eu rezo no meu altar de slush – Tomou um pouco da raspadinha para que refresca-se um pouco de sua garganta — Sim, eu vivo por esse doce congelado, quem precisa de cocaína? Eu tenho meu slush

— Sua família sabe que você come toda essa merda? – Perguntou ao maior, que tirou o sorriso dos lábios, América começou a se perguntar se o que havia perguntado era certo

— Não mais... Quando eles eram vivos, vivíamos o tempo todo em guerra, era divertido ver as vitórias da frente russa sobre o inimigo – Olhou para a bebida em seus frente, se lembrando de quando partilhava da bebida com seu pequeno filho — Agora é apenas eu, tenho que ser mais formal, nunca aprendi o que era o mundo, tive que aprender na marra, mas, eu já tinha por onde me basear

Olhou para o americano, que quase cuspiu a bebida em sua boca de tão impressionado que estava, jamais pensaria que teria influenciado, nem que fosse um pouco, a grande potência comunista

— Diferente de mim, você planeja seu futuro, Estados Unidos da América, você provavelmente vai ser uma potência incrível daqui a alguns anos, se casará com alguém que esteja em seu patamar – Segurou uma das mãos do loiro, e simulou um pedido de casamento, América já nem sabia mais se o vermelho em seu rosto era de vergonha ou raiva — Mas, até lá vai doer, quando cair, é melhor você recomeçar a construir alguns muros

*muro do méxico*

— URSS, você está bem? – Pôs a mão no ombro do rival, que se afastou prontamente, e olhou para os lados, estava acontecendo novamente, a sua escuridão dominava parte de seu ser

— Nade no gelo, se perca na dor, feche os olhos fortemente, até você sumir de vista – Deixou a bebida cair, derramando pelo local, o soviético pós ambas as mãos no ombro do capitalista, que estava assustado — Não deixe nada sobrar, lute contra sua dor com mais dor, esqueça quem você é, esqueça que em seis semanas você estará de volta na estrada, quando a voz na sua cabeça diz que você estaria melhor morto não abra uma veia

O soviético caiu de joelhos no chão, pondo as mãos atrás da nuca, era como se uma forte dor estivesse percorrendo pelo seu corpo naquele momento, a vontade de matar o consumia cada vez mais

América já não sabia mais o que fazer, ficava ou corria? Fingia não ter visto nada ou ligava para polícia? Ignorou os fatos, e apenas se ajoelhou e abraçou o rival, que se acalmou um pouco ao sentir o calor do americano junto a si

Congele seu cérebro - CountryhumansOnde histórias criam vida. Descubra agora