Flower

465 78 46
                                    

Olá, pessoas. Como estão?

Estou de volta com o segundo capítulo e eu só reforço o que havia dito antes:

Depressão é uma doença e precisa ser tratada, não posso e nem devo romantizar algo que causa muita dor em alguém, inclusive quem já passou ou passa por isso. Única romantizacão que terá é o relacionamento entre a Camila e a (s/n), apenas.

Espero que gostem do capítulo e tenham uma boa leitura.

~~~~~~~~~~

"Eu venho com boas intenções
Deitado ao seu lado quando
você precisa de atenção
Eu serei a flor, serei sua flor"

O aquecedor estava ligado e meus lábios tremiam devido ao frio e por ter pegado chuva, porém era só isso que eu sentia. O carro se movia lentamente deixando-me cada vez mais calma, podia escutar o barulho da chuva bater contra o veículo e tornar aquele som agradável.

— Tome, coloque essa manta em seu corpo por enquanto, logo chegaremos e poderá se trocar. — Assenti enquanto me cobria e respirava fundo para tentar me aquecer. Apesar de querer alegar que queria estar em casa, a companhia dela me deixava confortável.

Ainda tremia devido ter ficado alguns minutos na chuva. Porém apenas deitei minha cabeça na janela e observei as gotas caírem com certa rapidez por ela.

Não demorou muito para chegarmos no que seria seu apartamento. De longe podia notar que era totalmente e mais luxuoso de onde eu morava, porém parecia ser confortável.

Assim que (s/n) estacionou o carro ela logo saiu e abriu a porta para mim, me indicou o caminho e acompanhei ainda em silêncio. Tentando de certa forma, absorver o que havia acontecido.

Fiquei tão imersa em meus pensamentos e memórias que nem notei quando havíamos entrado no elevador e nem quando chegamos no último andar do prédio. A mulher tocou em meu braço com certa relutância e quando ganhou meu olhar sorriu sem graça, soltou e se afastou com rapidez e pediu para que fôssemos. Era de se imaginar que tinha apenas uma porta ali e o local ser enorme.

Porém não me surpreendi quando ela abriu a porta me dando passagem, mas observei o lugar e estranhamente senti a sensação que por tempos não sentia, a de estar em casa. Neguei rapidamente achando estranho essa minha atitude e suspirei segurando com mais força a manta que ainda cobria meu corpo.

— Aqui, tem um conjunto de moletom, toalha e roupas íntimas ainda na embalagem, o banheiro é logo a segunda porta a esquerda. Sinta-se a vontade — Disse ainda um pouco sem jeito porém sorriu fraco. Entreguei a manta e fui para o lugar ainda em silêncio.

Assim que fechei a porta e tirei todas as minhas roupas, percebi o que ela havia feito por mim. Provavelmente eu não estaria aqui e acredito que tenha me salvado de ter feito alguma coisa ruim.

Suspirei ainda sentindo minha cabeça doer por ter pensado muito e tentando descobrir o que estava sentindo agora, já que estava acostumada com a sensação sempre ser oca ou nula.

|~~~|

Ao sair do banheiro enquanto terminava de enxugar meus cabelos, notei na mesinha de centro algumas peças coloridas de lego, apesar da maioria estar montada e me fazer lembrar que talvez fosse uma luva gigante e com diversas pedras, achei engraçado por saber que ela gosta de montar e talvez seja algo divertido de fazer com crianças. Observei ao longe, (s/n) na cozinha enquanto parecia concentrada em preparar alguma bebida, a pontinha da língua aparecia e sua testa estava franzida, franzi o cenho ao notar uma admirável covinha aparecer no canto direito de sua bochecha, além de vez ou outra ela bufar e ajeitar os seus óculos que escorregavam, apesar de estar vendo-a usá-los agora.

Diphylleia Grayi {Camila/You}Onde histórias criam vida. Descubra agora