Rave

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Sexta-feira, dia da rave.

Aparentemente Rae não vai mesmo e eu pretendo continuar com o que eu disse, se ela não for, eu também não vou.

Qual seria o intuito de estar em um lugar em que eu deveria me divertir, quando eu tenho certeza que meus pensamentos estariam nela?

Eu poderia chamar ela pra vir aqui em casa, ficar ouvindo músicas e batendo papo, ou poderia chamar ela pra sair.
Poderíamos ser só nós dois por um momento, e também seria bom, tanto quanto a rave.

Ouço a campainha tocar e desço pra atender, é ela! Ela não diz muito, mas pela sua expressão e seu olhar eu sei que hoje é ela quem precisa ser confortada.

Abro a passagem, e ela entra em casa.
Chamo ela pra vir até meu quarto e ela me conta o que houve.

Aparentemente ela teve uma briga com a mãe, por ter soltado os pássaros do padrasto, a mãe dela lhe deu um tapa no rosto e ela saiu de casa. Eu ofereço pra que ela durma aqui e fique até tudo se acalmar e ela aceita.

Preciso dizer que fico feliz que ela pensou em mim para estar com ela nesse momento, ofereço um abraço e ficamos ali abraçados por um longo tempo.
Decido fazer um chá pra ela, então saio e a deixo deitada em.minha cama. Quando chego lá em baixo encontro meu pai, e deixo já contar o que houve.

— Pai, Rae pode ficar aqui uns dias? Ela teve uma briga com a mãe, mas tenho certeza que logo estará tudo bem.

Meu pai não nega, ele é um pai excepcional. Não porque deixa eu fazer tudo que peço, mas porque ele entende.

— Claro filho, vou arrumar alguns lençóis limpos pra ela.

Ele sai a procura dos lençóis e eu acabo de fazer o chá, levando pra ela.

— Aqui está, tenho certeza que tudo se resolverá quando vocês tiverem algum tempo sozinhas — Digo tentando confortá-la— Meu pai está arrumando os lençóis pra você.
— Oh meu Deus não deixe ele fazer isso.
— Ninguém pode segurar ele Rae.
— Que horas vocês vão pra rave?
— Sairíamos daqui uma hora, porque você resolveu ir???
— Oh, não! Eu iria atrapalhar as caronas.
— Não, não atrapalharia, posso pedir pra Chloe ir com Chop e você vem comigo de Scooter. — Ofereço animadamente.

Espero que ela aceite, foi isso que planejei desde o começo, até Chloe pedir carona e ela dizer que não iria.

E para o meu delírio e felicidade ela aceita!

Ela pede pra passarmos na casa dela pra pegar algumas roupas e eu a levo até lá. Na volta resolvemos nós arrumar, ela se troca no meu quarto, enquanto eu me arrumo no banheiro.

Quando ela abre a porta do quarto e eu a vejo, sei que minha boca cai. Ela estava linda! Com um vestido azul e meia calça, hoje ela não usava seus típicos AllStar... Ela usava uma bota militar muito sensual.

Ela fica um tempo olhando pra mim também, um olhar diferente... Um olhar de desejo, acho que ela também gostou do que viu.

Ela pega uma mochila e veste sua jaqueta de couro, eu também coloco a minha e partimos para a estrada. Curtimos cada momento do caminho, a sensação era de êxtase e cumplicidade. Ela e eu parecia tão certo, que eu confirmo que realmente não teria vindo sem ela.

Ela abre seus braços, curtindo a liberdade, depois me abraça juntando as mãos na minha barriga. Me sinto em êxtase!

Chegamos ao local da rave, eu a ajudo a descer da moto e tirar o capacete. Ao tirar seu cabelo bagunça um pouco o que me deixa enfeitiçado, o cabelo dela é tão lindo.

Partimos então ao encontro da gangue,  todos estavam muito felizes que Rae veio, foram muitos gritos e abraços, ela é amada por todos nós.

Archie faz uns desenhos no rosto de Rae e ela trocou de jaqueta, colocando uma blusa cheia de lantejoulas douradas, ela estava literalmente brilhando!

My Mad Fat Diary Aos olhos de Finn Tp.1 Onde histórias criam vida. Descubra agora