Quando a sopa já estava pronta para ser devorada, a colher simplesmente dizia, "Come! Come logo! Devora!! Devora agora!!" Assim deu-se a endossimbiose celular.
Milhões de anos atrás eu fui vítima da grosseria do útero, aquele que não aprendeu a ser dócil desde a endossimbiose, pois a vida é assim; um acúmulo de sentimentos..
Útero: Sai!
Eu: Que?
Útero: Apenas saia, corpo insuportável!
Eu: como viverei sem ti?
Útero: A vida não depende de mim, você viverá de verdade agora.
O estranhamento do Eu ao dar de cara com vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta foi algo traumático, o branco assusta a escuridão. Mas como o branco se fez branco antes mesmo do nascimento do Eu? Gases, partículas, ondas ou qualquer teoria nos são vagas para explicar o branco. O branco é a confirmação da vida. E, a confirmação de que além disso se está vivendo. O Eu saiu do útero. Tudo, ainda, eram apenas cores definidas!
Todos que conhecem a verdade conseguem enxergar o branco. Já outros fecham os olhos, pois o branco dói e arde. Além disso, enxergar o branco é arriscado, pois só conseguimos enxergá-lo através do arco-íris. Por isso, uns optam pela monocromacia, pois o preço de enxergar é o mesmo da rápida morte. Cigarros e bebidas? Estes não deveriam vir colados com um aviso do Ministério da Saúde. Já a realidade? Ah... A realidade causa até depressão! Realidade realizada, alguém viverá as consequência duma antítese danada.
Quando a sopa foi digerida, todos necessitavam de padrões, mas como farei isso? Desculpe pela grosseria, mas o Sol não é o inicio do meu dia. O meu passado pode viver dentro de mim por anos, séculos, milhões de anos. A alma é imortal, eu sei, mas o passado não! Uma hora ele morre.
Doze horas para acordar e doze para dormir? Não posso simplesmente ir contra o relógio?? Bem, o relógio tende a passar, o passado tende a ir, tende a nos deixar bem e bens fortes. Contudo, o tempo é um ciclo padronizado e interminável. Quem sou eu ao passar o tempo? Quem sou eu após ser corroído pelo tempo? Nada, apenas nada! Deus, por quê? Por que tu, Deus, sabes do injustificável e não o justifica? Por que através dos movimentos lunares e solares criaste essa falsa ideia de tempo? Logo eu... Tão pequeno, impuro de carne, mas de coração puro que vive em apuros. Como explicarei isso para mim, para as futuras gerações, etc, etc, etc?? Einstein o conseguiu? Lógico que não! O tempo é relativo, mas por que tendo a viver o tempo de quem está mais à frente ou atrás do meu? Geógrafos são o diabo! Já me convenci... É hora de entrar na sopa junto com todos, evoluir e viver na Terra.
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A Guerra Fria: O amor x O desapego
PoetryNa contemporaneidade, o amor e o desapego se unem. Dentro disso, o Eu, a Solidão e os Desconhecidos vão esperando que a semente do amor seja germinada conforme o desapego vai sendo aplicado. O resultado disso? Um amor briófito. Os personagens oscila...