Eu olho para todos os quadros e tudo me vem na mente é você, querida.
Não é como se eu fosse uma completa obcecada ou stalker, mas teus lábios têm gosto de maçã do amor. Difícil é esquecer deles.
Na verdade, sempre achei você digna de uma bela pintura. Uma obra prima, para ser mais exata.
É engraçado porque esses pisos e paredes brancas se parecem muito com teu coração. Ele é vazio, cheio de eco.
Por mais que sua face esculpida por anjos seja delicada e tua voz seja viciante, ainda falta algo em ti. Mesmo que sua personalidade seja interessante e eu morreria para ter outra noite com você, tu ainda é... Vaga.
Me fez transbordar até os limites. Deu-me amor, um veneno ácido. Depois chutou-me pra fora, sem antes falar de que você só me via como um mero brinquedo.
Mas está tudo bem. Não te culpo por sair correndo, culpo-me por ter permitido você me esvaziar de novo.
Todas as noites de chuva são presenteadas com pinceladas de trovões. Eles me remetem arte. Me dão inspiração para produzir repletos quadros, porém não faço. Sei que se eu fizer, em todas as telas terão sua face cheia de harmonia. Transbordando momentos nossos na ponta da língua pelos cantos enquanto absolvo cada pingo de mentira que cai.
Eu serei adicta a ti até minha mente ter um incêndio queimando os teus toques. Quando o cheiro de pétalas sair do seu corpo, posso descansar em paz.
Toco uma pintura de Claude Monet e paro, observando cada detalhe. Faço um singelo movimento permitindo-me à tocar na arte cheia de visuais. Há uma linda praia, com montanhas e um sol meio turvo de se ver.
Passo pelo corredor atracando minhas orbes nas pinturas de técnica óleo sobre tela, e então, me deparo com teu rosto. Tento tocar a parte em que suas bochechas se apresentam. Mas, quando faltava um segundo, tudo vai por água abaixo.
"Ei! Os quadros não podem ser tocados!" um segurança com uma farda grande se aproxima enquanto grita ríspido.
Olho de novo, reparando que tudo havendo naquele quadro era uma bailarina. E ao redor, tudo branco, só contendo os quadros de colorido. Apenas eu e um casal ao fundo observando O Nascimento de Vênus.
Minha mente está me matando, e é sua culpa, Park Chaeyoung.
Apenas olho pro canto e deparo com você, menos tudo. Seu rosto fez da minha cabeça o seu cativeiro, tua boca fez de meus lábios seus, teus olhos têm a minha alma.
Eu sou prisioneira do seu corpo, da sua genialidade, do seu coração.
Cada rascunho de uma versão feliz de mim some, sai por aí procurando por ti, pela, infeliz, dona.
Me perdi no teu você viciante. Na tua mente vazia e conturbada. No teu sorriso de todas as manhãs. No café meio amargo que você prepara. Nos teus toques delicados imprevisíveis que me causam arrepios.
O romance da Lua e do Sol é quase impossível, assim nos definimos.
Pois eu só queria sua alma pingando na minha carne. Queria sua mente cheia de problemas e sua alma cheia de nada do meu lado quando eu eu acordasse de manhã.
E, também, porque tudo que sobra para mim, Chaeyoung, é ser um pedacinho de você descartado em um lugar qualquer.
A arte da nossa paixão não chega nem perto de alguma obra de van Gogh, mas eu ainda assim travei e meu fôlego falhou quando percebi.
Provavelmente, daqui a alguns minutos, irei sentar na calçada em frente a sua casa, esperar tu abrir a porta e então vamos ter mais uma noite, cheia de delírios e beijos sufocantes. Depois, o tal café amargo. Talvez alguma briga, porém a gente vai rir e se abraçar. A paixão idiota vai continuar e eu quero isso.
E daí se irei, sem o intuito, reproduzir tu em alguma pintura. Comprarei todas as telas possíveis pra fazer o teu rosto de anjo.
Você já me chutou, mas esquece, eu já quebrei teu coração igualmente. Iremos ser o casal imperfeitamente perfeito.
Seja lá as noites, dias, estrelas, eclipses, eu pertenço a você.
Eu pertenço a você e sua futilidade como você pertence a mim e meu vazio cheio de luz.
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i belong to u ─ blackpink.
FanficJisoo pertencia à vagueza de Chaeyoung. ◞♡ ( jisoo + rosé | blackpink | oneshot ) ©paletmoon, 2019.