7 mistakes | tom holland

Prologue

The Promisse

2008

Se perguntassem para qualquer aluno naquela sala de aula o que o dia tinha de especial, provavelmente todos eles diriam que nada. Bom, todos menos Tom. Para ele, o dia era um dos mais importantes da sua vida, pois hoje ele finalmente iria se declarar para a garota que ele gostava. Josephine Osterfield. A loira de olhos azuis que, com seu lindo sorriso e curioso senso de humor, conquistou totalmente o coração do moreno. Só tinha um problema, na verdade, Tom esperava que não fosse bem um problema. Josephine era a irmã mais nova de Harrison, seu melhor amigo. Eles nunca haviam conversado sobre isso mas, com a grande amizade dos dois, Tom esperava mesmo o apoio do melhor amigo.
Tom sentia as palmas das mãos suarem, enquanto batia impacientemente com o pé no chão, esperando o sino, que indicava o fim da aula tocar. Quando isso finalmente aconteceu, ele jogou os materiais na sua mochila o mais rápido que pode, e saiu correndo.
Assim que Josephine saiu da sala de aula, Tom já estava a aguardando do lado de fora. Não que isso fosse incomum, afinal, eles moravam perto e iam caminhando juntos para casa todos os dias.
—Oi Jo! — disse o garoto sorrindo, já carregando a mochila da loira.
—Oi Tommy! Cadê o Haz? -- questionou ela.
—Oh, ele foi até a biblioteca pegar alguns livros pra uma pesquisa que temos que fazer. — explicou Tom.
—Vamos esperar ele voltar? —pediu Jo enquanto eles caminhavam até os portões da escola.
—Não!!! Não, quer dizer... ele disse que alcança a gente depois e... na verdade, eu... quero te mostrar um lugar. — disse Tom sentindo suas bochechas corarem.
—Um lugar? Onde? — disse a loira, um tanto confusa com o comportamento do amigo.
—Vem, é por aqui! — respondeu ele, segurando firme a mão da garota, que animadamente o seguiu.

Não demorou muito para que eles chegassem no tal lugar mencionado por Tom. Mas pra falar a verdade, não era bem isso que Josephine estava esperando.
—Uma casa abandonada? — indagou a garota, fazendo careta.
—É aqui atrás. — respondeu Tom, pulando uma cerca.
—Podemos fazer isso? — questionou a loira, segurando as mãos de Tom, a ajudando a subir.
—Sim Jo, não se preocupe. Vem! — Tom afirmou.
Depois de passarem pela casa, que parecia já ter sido abandonada há muito tempo atrás, eles chegaram até uma grande árvore, que tinha uma pequena casa entre seus galhos. Ao ver aquilo, Jo imediatamente abriu um sorriso, que já foi o suficiente para derreter o coração de Tom, que subiu as escadas, largou as mochilas e novamente, a ajudou a subir.
—Isso é incrível! Como encontrou esse lugar? — a loira questionou, enquanto admirava o local.
—Haz e eu estávamos pegando um atalho pra chegar em casa um dia e... acabamos aqui! — explicou.
Enquanto a garota passava o olhar por cada detalhe, Tom lembrou dos cordões de luzes que ele havia instalado no dia anterior e correu ligá-los na tomada, fazendo a casa brilhar, assim como os olhos de Jo.
—Wow! É... lindo! — disse ela, olhando encantada para os cordões.
Já Tom, ele só tinha olhos para a garota á sua frente, que corou, assim que percebeu o olhar do moreno. Respirando fundo, ele deu alguns passos até ela e segurou suas mãos.
—Jo, eu... preciso te contar uma coisa. — disse ele.
—O que foi, Tommy? — questionou a loira, segurando firme as mãos trêmulas do garoto.
—Já faz um tempo que... que eu... — Tom buscava as palavras certas, mas antes que ele pudesse falar, a porta se abriu, revelando um Harrison furioso do outro lado.
—Jo? Tom? O que está acontecendo? — questionou o loiro, largando sua mochila.
Com o susto, Tom e Jo imediatamente soltaram as mãos e agora olhavam assustados para Harrison.
—Haz, eu posso explicar! — disse o moreno.
—Esse lugar era pra ser só nosso, Tom! E agora você estragou tudo trazendo ela aqui! — exclamou ele.
—Haz, eu não... — Josephine tentou falar, mas foi cortada pelo irmão mais velho.
—Não, você... só vai embora! Vai pra casa e não conta pra mamãe desse lugar! — ordenou o loiro.
—Não, eu não vou até me prometer que não vai ficar bravo com o Tom! — disse Jo, cruzando os braços.
—Josephine! — Harrison insistiu, mas tudo que a irmã fez foi levantar as sobrancelhas. —Argh, tá! Eu não vou ficar bravo com ele. — murmurou o loiro, recebendo um olhar de Jo. —Eu prometo! — disse ele, com a voz mais calma. —Agora vai! — falou, pegando a mochila de Jo e a colocando em um de seus ombros.
—Tchau Tom! Te vejo em casa, Haz! — a loira deu um sorrido torto para Tom e um beijo no irmão, antes de descer as escadas.
Agora sozinhos, Harrison andava de um lado pro outro da casa, olhando confuso para os cordões de luzes, que não estavam ali no dia anterior.
—O que... o que é tudo isso, Tom? Porquê trouxe ela aqui? E porquê estavam de mãos dadas quando eu cheguei? — questionou o loiro.
—Eu gosto dela, tá? E.., eu a trouxe aqui pra contar isso pra ela. Mas você estragou tudo! — disse Tom, surpreendendo o amigo.
—Me desculpe, o que?! Você... gosta dela?! — Haz questionou, vendo o amigo assentir. —Não, não, não! Você não pode gostar dela! — exclamou ele.
—Porquê não, Harrison? — pediu Tom, irritado.
—Porquê?! Porquê ela é minha irmã?! — Harrison disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
—Qual é, cara! Isso não tem nada a ver! — disse Tom.
—Tem tudo a ver, Tom! Você tá ficando maluco? Ela é minha irmã mais nova, eu não vou deixar que nada aconteça com ela. — defendeu o loiro.
—Harrison, eu não ia fazer nada com ela! — Tom tentou explicar ao amigo.
—Eu não ligo, só... me prometa que nunca mais vai tentar nada com ela! — exclamou o loiro, chamando a atenção de Tom.
—O que?! Como assim?! — indagou ele.
—Prometa que não vai tentar nada com ela! Nunca mais! — Haz repetiu, pondo seu mindinho ente eles.
—Harrison, isso é ridículo! — explicou Tom.
—Eu não me importo, Tom! Só prometa! Ou não seremos mais amigos! — exclamou o loiro.
—Haz, por favor! Não faça isso! — implorou o moreno, esperando convencer o melhor amigo, mas tudo que ele recebeu foi um olhar de reprovação.
Naquele momento, com a cabeça de uma criança de apenas doze anos, Tom ponderou suas alternativas. Não aceitar a proposta e não ser mais amigo de Harrison, perdendo assim não só a amizade do loiro, mas como a de Jo também, ou aceitar o acordo, embrulhar seus sentimentos pela garota e assim, continuar com seus dois amigos. Frustrado, ele respirou fundo e fez a sua escolha.
—Promete? — Harrison questionou pela última vez.
—Eu prometo! — suspirou o moreno, entrelaçando seu dedo com o do amigo e selando a promessa.

É, isso com certeza seria um problema!