Mistake 1

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The family trip

The  family trip

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2011

Era o primeiro fim de semana de inverno e, como todos os outros, a família Holland se preparava para passá-lo em sua cabana, nas montanhas. É claro que Dom e Nikki convidaram os Osterfield's para se juntarem á eles, era por isso que, nesse momento eles estavam no carro da família, seguindo o caminho até lá. Tom estava com eles, afinal o carro de sua família já estava lotado com seus pais e três irmãos, não deixando espaço para o mais velho. Não que ele reclamasse, afinal ele agora sentava ao lado de Josephine, admirando seus cabelos ao vento, por conta da janela aberta.
—Fecha essa janela, Jo! Está frio! — exclamou Harrison, incomodado com a ventania.
—Não chegamos nem perto das montanhas ainda, Haz! Nem está frio! — respondeu a garota.
—Filha, tem mais gente no carro. Tom deve estar com frio, não acha? — questionou Phil, mantendo a atenção na estrada.
A loira então olhou para Tom, como se perguntasse se ele estava realmente com frio, fazendo o garoto coçar a garganta e finalmente responder.
—Oh, n-não, por mim, tudo bem! — respondeu ele.
—Viu, só? — murmurou Jo, mostrando a língua para o irmão e dando um de seus estonteantes sorrisos para Tom, que sentiu as bochechas corarem.

Quando eles finalmente chegaram e estacionaram os carros em frente á casa, já havia anoitecido e o clima mudado completamente. Enquanto na cidade, era sentido apenas um vento gelado, ali a temperatura baixava a cada minuto, enquanto pequenos flocos de neve começavam a cair.
Depois de um delicioso jantar preparado por Nikki e Phil, os adultos decidiram ir pra cama, enquanto os adolescentes jogaram alguns jogos de tabuleiro que haviam levado. É claro que, no fim das contas, os garotos acabaram contando histórias de terror, que deixaram Jo assustada, fazendo a loira acabar com a brincadeira mais cedo e todos irem dormir.

Na manhã seguinte, como uma tempestade de neve havia caído durante a noite e completamente coberto as montanhas de gelo, as duas famílias decidiram que passariam o dia esquiando.
Depois de tomarem café da manhã, vestirem roupas apropriadas e organizarem seus equipamentos, o grupo subiu uma das montanhas mais baixas, para começarem a esquiar.
É claro que, como faziam isso muitas mais vezes, os Holland's tinham mais prática com o esporte do que Jo, seu irmão e Phil. Mas com muita calma, Sam (o mais talentoso da família nesse aspecto), os ajudou a entender melhor como todos aqueles equipamentos funcionavam. Quando eles finalmente estavam prontos, todos começaram a lentamente descer a montanha congelada. Bom, todos menos Josephine, que se sentia paralisada no topo.
—Jo, você não vem? — perguntou Tom, que não por acaso havia ficado para trás.
—Sim, quer dizer... não! Eu não consigo! — disse a loira claramente frustrada.
—Você consegue sim, Jo! Olha, é só se soltar e vai começar a deslizar. — respondeu o garoto enquanto demonstrava o que falava para a loira, que ainda assim continuou insegura. —Você... você quer que eu te ajude? E-eu posso segurar sua mão! — ofereceu o moreno, vendo a expressa de Jo mudar e assentir.
Enquanto Tom a ajudava com os esquis, Harrison, que já havia chegado lá embaixo, observava a cena com dentes cerrados.
—Ela podia ter pedido minha ajuda! — resmungou, ouvindo um riso da mãe. —O que? — questionou ele.
—Não seja assim, Harrison! Não tenha ciúmes da sua irmã! - disse a mulher mais velha, recebendo uma bufada do filho.
—O que? Eu não... tenho ciúmes dela. — disse o loiro, novamente a fazendo rir.
—Tá bom, como você quiser! — ela respondeu dando de ombros e voltando sua atenção á Dom e Nikki.
Depois da ajuda de Tom, Josephine foi perdendo o medo e aos poucos, se aventurando entre caminhos um pouco mais difíceis do que a primeira montanha.

Quando a hora do almoço estava se aproximando e o cansaço começando a bater, Nikki e Phil avisaram que estavam voltando para a cabana, para preparar a refeição. Elas foram acompanhadas por Dominic e Paddy, enquanto Harry, Sam, Harrison, Tom e Jo decidiram ficar lá fora mais um pouco.
Já sozinhos e sem a vigilância dos pais, os gêmeos subiram ainda mais para esquiar e mesmo Tom não concordando com a escolha dos irmãos, ele mesmo, Harrison e Jo acabaram se rendendo e se juntando aos mais novos.
Em uma das últimas descidas antes de voltarem para dentro da cabana, Tom e Jo desciam de mãos dadas, quando a loira se desequilibrou e acabou caindo, levando Tom com ela. Como Harrison estava ao lado deles, ele foi o primeiro á socorrê-los.
—Jo!!! Você tá bem? — gritou o loiro, se ajoelhando ao lado da irmã.
—Sim, eu... eu to bem! — respondeu ela, vendo que Tom não podia dizer o mesmo.
—Você se machucou? Vem, vamos lá pra dentro, eu te ajudo a levantar! — disse Harrison.
—Harrison, eu to bem!!! Foi o Tom que se machucou! — exclamou a loira, enquanto os gêmeos se aproximavam.
—O que aconteceu? — questionou Sam.
—Eu caí e como estávamos de mãos dadas, acabei o derrubando. — explicou a garota.
—Tom, consegue levantar? — pediu Harry, vendo o irmão assentir, mas sentir dor ao tentar ficar de pé.
—Acho que é meu tornozelo! — exclamou o moreno, enquanto contorcia o rosto.
—Tudo bem, é... vamos levar ele pra dentro e depois vemos o que aconteceu. — disse Haz, ajudando o amigo a se levantar.
Com um braço apoiado no amigo e outro no irmão, Tom foi carregado até a cabana, enquanto Sam e Jo levavam os equipamentos. Ao entrarem na casa, o choque tomou conta da família, que os bombardeou com perguntas sobre o que tinha acontecido, mas depois de os ouvirem, ficaram mais tranquilos ao saber que não tinha acontecido algo mais sério.
—Torcer o tornozelo é normal nesse esporte, nada que um spray anti-inflamatório e um pouco de gelo não resolva. — disse o pai de Tom. —Mas mais nada de esqui pra você, garoto! Agora é deixar esse pé pra cima e descansar. — afirmou Dom, passando spray no tornozelo, antes de enfaixa-lo.
Tom foi levado até o seu quarto, onde depois de se deitar, tomou um comprimido para dor e acabou dormindo.

Com o acidente, ninguém mais se arriscou á sair para esquinar, ao invés disso, passaram o resto do dia dentro de casa, assistindo filmes e comendo pipoca.
Na hora do jantar, Nikki preparou um prato para Tom, afirmando que ele precisava comer, pois estava sem se alimentar desde o café da manhã. Antes mesmo que ela pudesse levar á bandeja com o prato de macarrão para Tom, Josephine já estava a tirando de suas mãos.
—Eu levo Nikki, pode deixar! — gritou ela, já subindo as escadas.
O leve som de violão foi ouvido assim que a loira se aproximou da porta do quarto de Tom, mas depois de algumas batidas, o barulho foi substituído pela voz do garoto, dizendo para entrar.
—Hey, eu trouxe o jantar! Sua mãe fez o seu preferido. — disse a loira ao se aproximar da cama.
—Oh, obrigada! — respondeu ele, deixando de lado seu violão.
—Tudo bem! — Jo sorriu, deixando a bandeja em cima da cama. —Como você está? — indagou ela.
—Melhor... obrigada! — respondeu o garoto.
—Eu... queria pedir desculpas pelo seu pé. — disse a loira.
—E porquê você seria culpada, Jo? — questionou ele, confuso.
—Porquê você estava me ajudando quando se machucou. — respondeu a loira.
—Tá tudo bem, Jo! Não foi sua culpa! — afirmou ele.
—Mesmo assim, eu quero pedir desculpa. — insistiu a garota.
—Eu aceito suas desculpas, então! — Tom respondeu sorrindo.
—Então, o que estava tocando? — questionou ela apontando para o violão.
—Oh, não... nada demais! — ele respondeu envergonhado.
—Posso ouvir? — pediu Josephine, subindo na cama e cruzando as pernas.
—Não, Jo... sério, não é nada! — afirmou ele.
—Por favor, Tommy?! — insistiu ela e com aquele olhar, como ele podia negar?
Pegando novamente o violão, Tom passou os dedos pelas cordas antes de voltar a tocar as notas que ensaiava antes da loira entrar. A música era Can't Help Falling In Love e naquele momento, ele achou aquilo até irônico. Com toda a coragem que tinha no corpo, Tom começou a cantar os primeiros versos da música, em um volume tão baixo, que era quase inaudível, apenas para ver a reação de Josephine. Mas, ao olhar pra garota e encontrar o mais belo par de olhos azuis que ele já havia visto, acompanhado por um sorriso, ele lentamente aumentou o tom de voz, cantando a canção de Elvis Presley sem tirar os olhos da loira. Tom tocava uma das últimas notas, quando viu Jo se inclinar e sentiu os lábios da loira nos seus. Sua primeira reação foi de completo choque, mas ao sentir o sabor de morango do hidratante labial de Jo, ele se entregou ao beijo. Mas, antes mesmo que eles pudessem o aprofundar, eles foram interrompidos e se afastaram imediatamente ao ouvirem a voz de Harrison no andar de baixo.
—Jo, você vem? — questionou o loiro.
—Sim, já to descendo! — respondeu ela, levantando.
A garota foi até a porta e, antes de sair, sorriu para Tom, que estava sem reação.
—Só... não contra pro Haz! — disse ela fechando a porta.
Já sozinho, Tom passava os dedos pelos seus lábios, pois era como se ele ainda sentisse o sabor dos da garota. Naquela noite, depois de comer, ele foi dormir com um sorriso no rosto, repassando a cena várias e várias vezes em sua cabeça, até o cansaço ganhar e ele finalmente pegar no sono, mas não antes de lembrar das palavras de Harrison e da promessa que ele havia feito, uma promessa que agora, parecia ainda mais difícil de manter.

7 mistakes | tom hollandOnde histórias criam vida. Descubra agora