Memorias

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  Por mais que faça parte do início da minha vida inteira, eu ainda não sei lidar com isso, tá eu sei que não devemos ser vingativos com as pessoas pois isso é errado, mas eu venho organizando isso a minha vida inteira, não posso desperdiçar todo esse tempo.

  Eu me lembro de quando eu era moleque, quase sempre ia em um parque no centro de minha cidade com meu pai, e era literalmente só um parque, não tinha bancos, nem parquinhos para crianças, só muitas e muitas árvores, e eu amava aquilo, quase sempre passávamos em uma padaria do meu bairro, para comprar comida para fazer um piquenique.

  Minha mãe separou do meu pai quando ela saiu do hospital, 2 dia depois do meu parto, ela me entregou para meu pai, entrou em um carro e foi em bora, ao decorrer da minha vida eu vi ela algumas vezes, mas não consigo me lembrar do nome dela, mas o rosto dela não sai da minha cabeça.

  Eu realmente não entendia como meu pai conseguia trabalhar para sustentar a casa e a gente, e ainda ser presente, eu nunca senti falta da minha mãe, e também nunca tive curiosidade de perguntar porquê ela tinha ido em bora, meu pai nunca teve uma namorada, ele sempre foi sozinho, mas nunca vi ele triste por isso, no meu ponto de vista, eu achava que ele não namorava para não ter que sustentar mais uma boca.

  Minha vida estava tudo em perfeito estado, nunca fui aquelas crianças chatas que, pedia as coisas e, se não ganhasse fazia manha, nunca tive medo e sempre protegia o meu pai, até de uma formiga, mas nem tudo na vida são flores, mesmo que eu fosse corajoso, não consegui proteger meu pai de tudo.

Cracko: O PlanoOnde histórias criam vida. Descubra agora