Eu estava com uns 9 anos mais ou menos, certo dia, eu e meu pai saimos para nosso passeio de rotina, quando descobrimos que, as ruas do caminho em que costumávamos passar estavam em reforma, então resolvemos pegar outro caminho pois, não iríamos perder um dia de parque so por isso.
Quando montamos em nossa biz vermelha, senti algo, uma pressão forte em meu peito, como se algo fosse acontecer, coloquei meu pequeno capacete e abracei meu pai, no caminho da ida foi tudo tranquilo, fizemos o piquenique e tomamos sorvete, estava tudo normal, era so mais um dia comum.
No caminho de volta, percebemos que o caminho que usamos para ir era mão unica, sendo assim, não poderíamos voltar por la, meu pai não sabia muito bem como voltar pois todos os caminhos que ele conhecia estavam interditados, então resolvemos sair entrando em ruas até acharmos a avenida principal.
Distraidos conversando, eu e meu pai entramos acidentalmente na temida Crackolandia, meu pai tentou tapar meus olhos para mim não ver aquela atrocidade, as pessoas estavam em estados críticos, ficamos com muito medo e rapidamente, meu pai virou na primeira rua que ele viu, enquando ele olhava pra traz para ver se não havia ninguém seguindo a gente, gritei para ele voltar pois, acidentalmente ele tinha entrado em um beco sem saida.
Ele freiou e tentou voltar o mais rapido possível, mas quando menos esperávamos, sairam homens das sombras, que ja nos abordaram desligando a chave da moto.
Estranho 1: Cóe tio da umas mueda ai pra comprar uns negocin ali.
Pai: Desculpa mas eu não tenho nada, por favor deixe eu ir, estou com uma criança.
Estranho 2: O moleque não importa, tamo perguntando se tu tem umas moeda ai pra nois.
Pai: Por favor deixa a gente ir em bora, eu não tenho nada eu juro...
Ele nem terminou de falar e, um homem chutou a perna do meu pai que estava segurando a moto, fazendo eu e ele cair no chão, um homem me pegou e me segurou, e meu pai ficou no chão...
*Estranho pega a carteira do bolso do pai*
Estranho 3: Olha só, ele não tem moeda mesmo, tem é 150 reais na carteira.
Pai: por favor não faz nada com meu filho
Estranho 4: E oque eu faço com a criança?
Estranho 1: Segura ele ai, faz ele olhar pra cá.
Eles pizam nos pulsos do meu pai, assim fazendo com que ele não consiga levantar.
Estranho 1: Poisé cara, ja conseguimo dinheiro pra comprar pedra pra 3 meses, mas infelizmente não vamos deixar você ir, vai querer envolver os gambé, e a gente não quer isso...
Ele pega uma barra de ferro que estava dentro de uma lata de lixo, e bate na cabeça do meu pai, sem mesmo deixar ele responder, ele bate, e bate, e bate, até eu não reconhecer se era o meu pai.
Eu só conseguia gritar, eu tentava não olhar o homem desfigurar meu pai, mas o homem que estavame segurando me forçava a olhar fixamente para aquele horror.
Meu mundo caiu quando vi o homem parar de bater no rosto do meu pai e pegar uma pistola da cintura, enquanto ele conferia se a arma estava carregada, meu pai com o rosto desfigurado olha para mim e fala:
Pai: Eu... Te... am.. BANG.
Vi a cabeça do meu pai sendo aberta com um tiro, eu estava em choque, as unicas coisas que se moviam em meu corpo era minhas lágrimas escorrendo pelo meu rosto.
Gritei quando senti uma agulha entrando em meu pescoço, o homem me soltou e me colocou em direção a saida do beco.
Estranho 1: Se não quer acabar igual ao seu coroa aqui, CORRA!
Quando escutei isso, eu corri em uma velocidade super humana, não sabia para onde estava correndo, eu so corria e chorava gritando pai, não pedi ajuda porque, ninguem ali iria me ajudar, ouvi mais tiros e corri muito.
Minha cabeça começou a girar e onde a agulha picou meu pescoço estava queimando, fiquei muito tonto, quando me dei conta ja estava no chão, senti um gosto de sangue na boca, e fechei os olhos.
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Cracko: O Plano
General FictionHistória de um garoto que perdeu o pai pra criminosos em uma espécie de Cracolândia, ele cresce cheio de problemas e decide um dia vingar seu pai matando os homens de fizeram isso, mas ele passa por outros traumas e isso desencadeia um ódio profundo...