O Retorno

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- Duas semanas se passaram e nada de maldades de nenhum daqueles dois que te odeiam, não está achando isso meio estranho, Arthur? Diz Jack

- Eu até tô, mas né....

TOC! TOC!
- Arthur? É... Quem é esse?
Pergunta Helen, mãe de Arthur

- É meu amigo, mãe.

- Fico feliz que tenha feito novos amigos! Eu vou trabalhar hoje e amanhã o dia inteiro no hospital, volto no sábado pela manhã, ok?

-Ok mãe.
Responde Arthur

Helen fecha a porta com um sorriso no rosto e sai para trabalhar.

Demora a chegar a noite com o tédio, mas ela chega, fria e solitária, porém, uma linda lua cheia brilha lá em cima majestosa! Alguns bruxos fazendo feitiços ou meditando, como Arthur nesse momento. Dentro do quarto ele fala:

- Virtus mea, amis Virtua mea est
Arthur repete essas palavras enquanto era só para ele levitar, não só ele como a cama e os objetos do quarto levitam também. A cada dia Arthur está mais forte.
Do lado de fora da casa, Jack e Vinícius admiram a beleza da lua, afinal são bruxos e para todos eles a lua é especial de alguma forma.

- Eu nunca achei que ficaríamos mais próximos.
Diz Jack

- Eu também não, te achava asqueroso.
Responde Vinícius sorrindo

Jack que estava deitado ao lado de Vinícius rola e sobe em cima dele

- Você disse que me "achava" asqueroso, e agora? O que acha então?

- Acho a coisa mais linda que os meus olhos já viram!
Responde Vinícius
E eles iniciam um beijo lento e molhado.

Enquanto isso a meditação de Arthur assim como a levitação das coisas no quarto é interrompida por um barulho que parecia vir da porta. A maçaneta girou bem devagar e a porta abriu rangendo e lentamente mostrando o corredor vazio, não havia nada nem ninguém que pudesse ter abrido a porta além de um vento frio que entra no quarto assim que a ela se abre.
Arthur levanta da cama e fecha a porta, ele vira para voltar a se sentar porém, sentado em sua cama está um homem, vestido todo de preto, uma capa, um chapéu também preto e segura uma bengala com o que apoia as duas mãos, uma delas com um anel que parecia antigo e caro em seu dedo anelar e olhava pra baixo.
Arthur se assusta com a figura em seu quarto e pergunta

- Quem é você e como entrou aqui?

Com uma voz grossa e intimidadora aquele "homem" respondeu o seguinte:

- Não importa quem sou, venho para dizer que tome cuidado, garoto. Ter mais significa também incomodar mais.

- Do que você está falando?
Questiona Arthur

- Seu poder cresce a cada dia, você está se tornando mais do que todos imaginavam que poderia se tornar. Isso pode ser ameaçador e dar um rumo diferente a sua história, talvez à história do mundo.
Você está a poucos passos de ser o bruxo mais poderoso já existente coisa que não vemos a muito tempo, mesmo com os antigos donos do livro. Antigamente, mulheres eram queimadas vivas ao serem acusadas de pacto com satanás. As bruxas!

- O que era mentira.
Interrompe Arthur

- Você pode confirmar isso? Pergunta o homem
- Talvez fosse verdade, quem sabe, mas não acha que poder demais começaria a incomodar ou intimidar o submundo? O equilíbrio entre o bem e o mal?
O mundo está acostumado com apenas esses dois lados da história, desde sempre foi assim.

Levantando a cabeça e revelando olhos vermelhos e um sorriso macabro e perigoso o homem pergunta:

- Estaria você comprando briga com o próprio diabo?
AQUELE SER DÁ UMA GARGALHADA HORRÍVEL.
Quando num piscar de olhos, some.
Arthur sem entender e com um calafrio percorrendo sua espinha, senta na cama.

- Puta merda! Acho que essas duas semanas foram só uma folha. Nada mais me surpreende.
Ele olha para o espelho que está na sua frente onde vê o seu reflexo.
- É garoto, de volta a realidade.

Um pouco distante dali, no meio da mata um ser caminha entre as folhas secas e caída das árvores trazendo consigo um segredo inesperado.

Arthur - O Bruxo SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora