As memórias do faraó Atem

Superando a tristeza

Superando a tristeza

Yugi

Faz uma semana que eu estou sem ir para a faculdade. Sem contar que fico o dia inteiro dentro do meu quarto, só dormindo, sem querer ver ninguém muito menos os meus amigos, Joe e Tristan, que vire e mexe vem me visitar. Como eles são insistentes, então acabei aceitando. Eles entraram no quarto, ficamos ali, conversando coisas aleatórias sobre a faculdade e sobre o Yami, claro. Meu avô vive dizendo para eu sair daqui e tentar espairecer a cabeça.
Aos poucos, fui me levantando para ir ao banheiro e, descer para almoçar e assistir um filme. Qualquer coisa para sair desse transe e tirar a Tea dos meus pensamentos.
Desde aquele fatídico dia em que fui me declarar para ela, não sai da minha memória, me deixa mais triste ainda e eu me seguro para não chorar.
Preciso retornar aos meus estudos, senão eu posso perder minha bolsa da faculdade, só não sei por onde começar... Por falar nisso, meu avô me chamou para passar o final de semana na casa da Rebecca, junto com ele, para ela não ter que ficar sozinha no sábado em Nova York. Eu não queria, mas acabei aceitando, já que eu fiquei a semana toda trancado no quarto. Eu só dormia e mal comia, sem contar que eu tinha vontade nenhuma de ir para canto nenhum; eu vivia sem ânimo para nada.
Joe me convidou para ir a casa dele, eu disse que tinha compromisso com meu avô, então marquei para outro dia e ficou por isso. Quando eu penso em voltar a estudar, tenho certo receio de encontrá-la no caminho, mas preciso tomar coragem para enfrentar a realidade e fazer o máximo para não vê-la ou encará-la como se nada tivesse acontecido.
Eu estava arrumando minhas coisas já que amanhã eu vou viajar com meu avô. Espero que eu venha espairecer a minha cabeça um pouco e seguir em frente...

Tea

Faz uma semana que eu não vejo mais o Yugi, desde o dia da lanchonete. Na semana passada, eu havia conversado com Joe e me disseram que ele estava muito triste pelo o que houve entre ele e eu. Eu expliquei os meus reais motivos e ficaram me dando sermão. Em momento nenhum tive a intenção de magoá-lo e nem tão pouco humilhá-lo; eu simplesmente fui sincera. Espero que essa fase ruim passe e que retornemos a sermos amigos. Apesar do que havia acontecido, estou me sentindo péssima com isso, sem contar que já pensei várias vezes ir a casa dele ou ir à loja de seu avô para saber como ele estava, mas meu medo falou mais alto. Espero que quando eu encontrá-lo, possamos conversar melhor. Hoje, eu irei sair com a minha prima - passarei o final de semana numa casa de praia, vai estar à família toda para se reunir. Há tempos que eu não os vejo, tenho que aproveitar bem esse momento...

No dia seguinte...

Yugi

Acordei mais cedo hoje e fui direto para o banheiro. Tomei meu banho, escovei os dentes e me arrumei. Após isso, desci para tomar café da manhã e ir para o aeroporto, para viajar para Nova York, com meu avô. E, como sempre, eu estava sem ânimo de ir para lá. Só de pensar nela, meu ânimo diminui mais ainda, mas mudando de assunto... Conhecer Nova York é meu sonho. Eu sempre quis conhecer, apesar do meu avô ir para lá pela primeira vez também.
O táxi chegou e nós dois entramos. Levamos as nossas malas e as guardamos, indo rumo à Nova York. Ao chegar lá, embarcamos e ficamos ali 13 horas no voo, sem contar às turbulências que me davam medo. Apesar de tudo, até que não foi tão ruim.
Parecia que não iríamos chagar, mas finalmente chegamos. Eu não aguentava mais.
Descemos do avião, pegamos as nossas malas e, lá estavam eles, nos esperando. Eles nos cumprimentaram, principalmente a Rebecca que foi bem gentil e educada comigo. Ela me abraçou e, confesso que fiquei todo sem graça e corado enquanto ela me abraçava. Depois, entramos no carro rumo a sua mansão que é enorme e muito bonita. Subimos para o quarto de hóspede, onde as empregada da casa haviam deixado tudo arrumado. A primeira coisa que eu fiz foi tirar os meus sapatos e me deitar na cama, pegando no sono logo depois...