Capítulo 01.

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Lauren Jauregui Point of View.

Sentei na minha cadeira e encarei a montanha de papéis na minha frente, meu irmão entrou na sala e se sentou na cadeira a minha frente.

- Oi Laur.- Ele disse enquanto acendia seu cigarro e dava um trago.

- Eu não sei como você pode ficar assim, tão tranquilo.

- Lauren, eu não tenho porra nenhuma pra fazer... Você quer que eu faça o quê? A cidade está na época de ficar tranquila e dar um descanso para nós policiais.

- Nós não precisamos de descanso... Esse é nosso trabalho.

- Irmã, você não sabe o que uma noite de descanso desde que Lua morreu... Sei que isso dói em você mas você não é a merda de uma máquina, você é um ser humano que precisa ter seus momentos de lazer.

Não disse nada apenas peguei uma pasta com alguns papéis escrito bem grande CASO ARQUIVADO na frente.

- Quer ir fazer uma ronda comigo? As ruas estão cheias de neve e é perigoso, quer ir comigo?

- Não... Pode ir.

Ele não disse nada apenas suspirou e saiu, me deixando sozinha com todos aqueles papéis comigo. Abri a pasta e encarei a foto de um homem mais velho. Alejandro Cabello. Bonito o nome. Cinquenta anos, um e setenta de altura casado e com duas filhas. Morto em assalto à mão armada, quatro facadas no peito e dois tiros no rosto. Não dei muita importância e me levantei da cadeira e fui andando para o carro com o meu irmão.

- Sabia que viria

- Eu também... Agora vamos lá.- Ele deu risada e logo em seguida deu partida no carro. Encaro a rua cheia de neve a nossa frente, nada mais além de neve, neve e mais neve.

- Você sabe que o que está fazendo é errado não é?

- Não começa com esse assunto de novo, Chris, por favor.

Pedi pra ele, meu irmão era como nossa mãe, sempre muito protetor. Às vezes isso pode ser bom mas tem vezes que ele passa dos limites. Chris e eu somos dois irmãos de pais que foram mortos por um maluco que até hoje não foi pego, mas que eu e meu irmão lutamos para por ele atrás das grades. Tenho quase vinte e três anos, perdi a minha namorada quando tinha vinte e um e até hoje me pego pensando se teria sido diferente se eu não estivesse no meu turno naquela noite.

Ela morreu do mesmo jeito que meus pais, e eu presumo que pelo mesmo cara também. Eu e meu irmão temos uma ideia do que pode ser um Serial Killer, ele mata as pessoas de uma só forma.. Quatro facadas no peito e dois tiros no rosto. Meu pai, minha mãe e minha ex namorada morreram da mesma forma... Pode parecer bem ruim, o que no caso é ruim demais... Perdemos pessoas próximas de nós com datas muito próximas, sim é horrível mas nós dois soubemos dar a volta por cima e nos sobressair perante o sofrimento da perda.

- Irmã... Você precisa ter uma vida.

- Eu tenho a minha vida.

- Que vida Lauren? Dá o sangue no trabalho de dia, e de noite você sai fode qualquer uma? Desde quando isso é uma vida Lauren?

- Chega, por favor chega. Eu te amo demais, mas eu não vou deixar você dar palpite de como viver a minha vida.

- Você não consegue perceber que isso está acabando com você?

- Chega, Chris. Chega. Me deixa em paz.

Talvez ele tenha a sua razão, já vai fazer quase três anos que eu perdi as pessoas mais importantes da minha vida, e desde esses dias de dor eu não consegui ter a minha própria vida. Mas na minha cabeça eu não consigo encontrar a minha paz.

- Eu sei que você só vai ter paz quando esse cara for preso, eu sei disso... Mas isso não machuca só você por dentro, me machuca porque você é minha vida agora Laur, eu não tenho nada nem ninguém além de você, e eu não posso perder você porque você não consegue deixar o passado no passado e viver o presente e pensar no seu futuro.

E mais uma vez ele está certo, como sempre.

- Não posso perder você... Sei que isso parece idiotice porque fazer chantagem emocional pode não mudar porra nenhuma pra você, mas se isso funcionar coloca a sua cabeça pra pensar e pensa que eu só tenho você e você só tem a mim... Nós dois dependemos um do outro, e eu só estou falando essas coisas pra você porque eu te amo e não conseguiria perder você porque você não consegue viver a sua...

- Para o carro.

- O quê?- Ele me encarou e eu rapidamente peguei minha arma.- Vai me matar?

- Lógico que não imbecil, tem um carro ali... Para o carro.

Ele olhou para frente percebeu o carro parado na beira da estrada cheia de neve, assim que ele parou o carro eu desci e engatilhei a pistola e fui andando até o carro. O farol está ligado e tem cinco pessoas dentro de carro, um carro de luxo eu posso dizer. Liguei minha lanterna e coloquei para dentro carro, e assim que vi a cena na minha frente rapidamente chamei pelo meu irmão.

- Chama reforço... Homicídio. Chama a ambulância também.

Janelas quebradas e o vidro espalhado pelo asfalto, na parte do banco de trás tem duas mulheres e um homem rapaz, na frente no banco do carona tem uma senhora de meia idade com a cabeça para fora do carro e no banco do motorista uma garota morena com a cabeça no volante.

Eu abri a porta do motorista e coloquei meus dois dedos no pescoço da menina morena e percebi que sua pulsação está bem franca, andei até a porta do passageiro e como a senhora estava com a cabeça para fora eu não precisei abrir assim que coloquei meus dedos no seu pescoço percebi que ela não tinha nenhum sinal de batimento cardíaco, andei até a parte de trás e abri a porta... Coloquei meus dedos no pescoço do menino e seus batimentos também estão fracos, na menina ao lado nada... Mas a outra garota também está bem fraco.

- Vivos?- Escurei a voz do meu irmão.

- Três vivos com batimentos cardíacos bem fracos... Dois mortos.

- Quanto tempo?

- Eu não sei.... No máximo a duas, três horas atrás.

Ele foi até o carro e depois de quinze minutos os carros chagaram, duas carros da polícia e três da ambulância.

-E aí? O que aparece?- Eu encarei um corpo que estava em cima do saco preto.

- É o mesmo... Parecem vítimas da mesma pessoa.

- Foi esse mesmo que matou meus pais, minha ex namorada e as outras quatro garotas?

- Sim... É um serial killer. Vocês estão certos.

- Obrigado mas eu já sabia... As três pessoas que estão vivas eu quero elas no hospital e ainda hoje acordadas, vou precisar de um relatório de todos eles, preciso ver se algum dele viu alguma coisa, veja quem são. Preciso de nomes, idades, altura, o número que calça e se for necessário a última vez que foram ao banheiro... Quero uma pasta com todas as informações sobre cada um deles.. Entendeu?- O menino me encarou com os olhos arregalados.
- Sim, sim entendi... Estará tudo na sua mesa ainda hoje.

- Muito bem.

Encarei o corpo na minha frente e percebi que realmente é igual, as quatro facadas no peito e dois tiros na cabeça. Mas quando eu fui encarar as uma das três pessoas que estavam vivas percebi que tinha algo de errado... Encarei o abdômen da menina morena e percebi que tem uma só facada, mas ela vem desde o começo da sua barriga até acima do seu umbigo... Sua perna direita está com um buraco de tiro. A questão é... Por que essa pessoa seja ela quem for matou dois e não os cinco?

Fic nova, o que acharam desse início? Uma fic bem diferente, uma fic policial.. O que acharam do assunto? Me digam o que acharam e se querem que eu continue com ela, quero opniões e teorias. Sejam bem-vindos a Minha Policial. Minha primeira história e é uma adaptação, se quiserem ler a original podem ir no perfil da VictoriaKCB, é uma fic dayrol.

Desculpem pelos erros ortográficos

Beijos até o próximo.

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