Assim que chegamos ao dormitório, eu e Liam nos atiramos nas primeiras poltronas que vimos. Ambos parecendo duas pessoas completamente irritadas. O que, de fato, era verdade. Eu ainda não compreendia o que tinha acontecido entre mim e o Tomlinson. Porque ele precisava fazer aquilo? Sinceramente, eu não era nenhum monstro que a perseguiria pela eternidade cobrando o favor.
Eram só 40 galeões, ninguém ia morrer por isso. Mas não. Claro que não, eu era um Styles e isso era uma prova de que eu não merecia confiança. Uma extrema vontade de socar alguma coisa me atingiu, mas eu me controlei e olhei para Liam. Sim, eu estava mal, mas Albus estava um caco. O garoto parecia estar vivendo o pior dia de sua existência.
Eu nunca levei a serio a 'paixão' que ele dizia sentir pela Sophia. Para falar bem a verdade eu nunca o levei a sério em nada. Liam era o tipo de pessoa que sempre estava de bom humor, que faziam qualquer um rir de piadinhas bobas. Não um cara sério.
– Hey, você realmente gosta dessa garota? – perguntei à ele, meu tom de voz um pouco incrédulo. Albus me encarou com uma sobrancelha erguida.
– Eu tenho cara de quem está brincando? – ele perguntou. Encarei-o por algum tempo, analisando sua expressão. Ele realmente não parecia alguém que estava brincando. O que era muito, muito estranho.
– Okay – eu fiquei ereto na poltrona e suspirei. – Precisamos de um plano – disse e ele me encarou sem entender.
– Plano? Para quê? – ele resmungou e eu revirei os olhos.
– Um plano para você conquistar Sophia – eu disse e ele ergueu as sobrancelhas.
– Não precisa – ele disse e eu revirei os olhos.
– Olha Li, não é por nada não, mas é que seus métodos para conquistá-la não estão dando muito certo – eu fiz uma careta e ele deu de ombros.
– Não importa, de qualquer forma. - Franzi a testa sem compreender.
– Como assim 'não importa'? – perguntei e ele levantou da poltrona.
– Eu não me importo com isso, porque eu desisto – ele bufou. – Se ela acha que eu não sou legal, então ela que se dane. Nem queria mesmo – deu de ombros novamente e eu ri.
– 'Nem queria mesmo'? Você sabe que está parecendo uma criança assim, não sabe? – disse à ele que revirou os olhos.
– Que se dane – Liam disse e deu as costas para mim, subindo as escadas para o dormitório dos meninos, deixando-me sozinho. Parecia que ele adorava fazer aquilo. Suspirei fortemente e me espalhei novamente pela poltrona.
– Ótimo, ele não quer minha ajuda – eu resmunguei comigo mesmo. Eu sobreviveria àquilo, afinal tinha muitas coisas com o que me importar, como por exemplo... Bem, é claro que eu tinha outras coisas para fazer. Tipo meus deveres de casa que estavam acumulados.
Olhei para o lugar onde sempre atirava minha mochila depois que chegava das aulas e gemi antes de me levantar da poltrona para ir pegá-la. Eu realmente queria fazer meus temas, mas essa vontade fugiu assim que vi o livrinho verde. Quero dizer, eu tinha tido um dia péssimo, e a culpa era principalmente do OGD, porque se ele tivesse ficado conversando comigo eu não teria ido a Londres e, assim sendo, não teria brigado com Louis Tomlinson. De novo. Peguei o maldito diário e encarei-o por algum tempo antes de abri-lo.
"Como foi sei passeio até Londres?" - Escrevi, olhando a pagina com certa irritação.
Talvez fosse bobo da minha parte, ficar assim tão dependente de um livrinho maldito que respondia, sendo que talvez fosse um gay enlouquecido tentando me passar a perna do outro lado. Mas o problema é que – e isso era muito assustador – eu precisava falar com o OGD, eu sentia-me completamente... Vazio – cara, que coisa mais gay – quando não falava com ele.Talvez eu precisasse de tratamento.
Estava quase fechando o diário quando ele respondeu.
"Hey... meu dia foi... p... ótimo e o seu?" - Alguma coisa – parecida com felicidade – pareceu se revirar em meu estômago, logo em seguida sendo substituído por uma pontada de irritação. Ele tivera um dia bom, enquanto eu havia ficado extremamente frustrado por causa de um Tomlinson idiota.
"Meu dia foi ótimo também."
"Ah, que legal... O que você fez?" - Droga, ela não precisava perguntar aquilo. Passei as mãos pelo cabelo antes de responder.
"Eu dei umas voltas com meu amigo... alguns garotos... coisas comuns..." - E no mesmo momento me senti um imbecil por dizer aquilo.
"Oh, garotos? Que legal..."
Eu estava me sentindo incomodado com aquela conversa, parecia-me uma traição da minha parte mentir para ele, já que geralmente ele era o único para quem eu contava toda verdade.
"Ah, OGD, eu acho que preciso da sua ajuda..." - Eu falei, disposto a mudar de assunto.
"Ajuda? Com 'garotos'?"
E o mais incrível é que eu parecia ouvi-lo perguntar aquilo ceticamente.
E estranhamente eu sorri com isso.
"Mais ou menos, mas não é para mim."
"Huh? Então para quem?"
"Para o meu amigo."
"Tem certeza de que não é para você?" - Revirei os olhos.
"Nossa, sim, é para o meu amigo... Mas porque todas essas perguntas? Isso é ciúme?" - A resposta não veio e eu fiquei encarando a pagina sem entender.
"OGD?"
"Ah, desculpa, me esqueci que você não pode me ver... Estava revirando os olhos." - Eu tive de rir com isso.
"E depois você diz que eu sou o estranho."
"Ah, cale a boca!"
"Ela está calada."
"Você entendeu o que eu quis dizer."
"Tá legal, mas então, você vai me ajudar ou não?"
"Ótimo, acho que tenho um plano..."
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The Daily Boy - Larry Stylinson
FanfictionO que fazer quando você não consegue dormir sem pensar em uma pessoa? E quando essa pessoa é parente do seu melhor amigo? Questões como essa não saem da cabeça de Harry, até que ele encontra um diário e descobre que o mesmo tem um par e sem conhece...