5 - "Onde Ías?"

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As palavras do André eram as mais sinceras que já tinha alguma vez, ouvido até Hoje. Contei-lhe mais coisas sobre a minha vida, após o que me aconteceu.
E ele, tinha sempre uma palavra das que realmente valem a pena ouvir. As nossas Pizzas chegaram e ele quis que jantassemos na Sala.
Sentamo-nos no sofá e ele trouxe uma cadeira para pôr as caixas das Pizzas e as Coca-Colas. Escolheu um filme para vermos e era de terror.
Apesar do filme, íamos falando sobre diversas coisas e até nos riamos. Quando o filme terminou, ajudei-o a arrumar tudo.
Voltamos à Sala e escolhemos outro filme, desta vez, comédia. O que nos levou a rir imenso, realmente ele era incrível.

- André, o filme está a dar na televisão. -disse mas ele parecia não me ouvir. - André, acorda!

- Desculpa, disseste alguma coisa?

- Estava a dizer que o filme está a dar ali! -disse apontando para a TV e ele olhou para lá, sem sequer abrir a boca.

Comecei a ficar com sono, até que de repente, adormeci. Realmente tinha sido um dia longo e o filme, me estava a despertar mais aquele interesse.

❤️❤️❤️

A.Horta:

Saber tudo o que a Cristiana passou, fez-me olhá-la ainda mais com outros olhos. Não de pena, mas sim de admiração, respeito e alguma preocupação.
Ela tinha passado por muito e eu, só sentia que deveria ajudá-la. Algo dentro de mim me dizia para não a deixar fugir, para estar perto dela.
O filme acabou, olhei para ela e vi que tinha adormecido. Dormia tão bem que era incapaz de a acordar, até que o meu olhar foi parar novamente ao seu corpo.
Tal como tinha acontecido durante o filme, o pijama que ela usava era curto, dando para perceber as formas do seu corpo, e as pernas que estavam despidas. Ela não se achava nada de interessante, mas enganava-se e eu, podia provar-lhe isso mesmo.
Controlei-me ao máximo, tinha que o fazer, ela merece alguém que a trate como nunca foi tratada. Não sabia o que estava a sentir por ela, mas sentia que queria fazê-la feliz.
Levantei-me, pegando nela ao colo, sem a acordar, levei-a até ao quarto onde ia dormir. Deitei-a na cama, ainda fiquei um tempo só a olhar para ela, vendo-a dormir, até que apaguei a luz e saí.
Entrei no quarto ao lado e resolvi ir me deitar também, e dormir. Acordei assustado, pois pareceu-me ouvir gritos, olhei para as horas e eram 03h da madrugada.
De repente, voltei a ouvir os mesmos gritos, era a voz da Cristiana. Acabei por me levantar e correr até ao seu quarto, ela gritava, tremia e chorava imenso.

- Calma, são só uns pesadelos. Está tudo bem! -disse abraçando-a é ela chorava contra o meu peito.

Nada disse, apenas chorava e aos poucos, foi-se acalmando. Quando dei por isso, ela já tinha adormecido outra vez.
Voltei a deitá-la, mas desta vez, não me fui embora, não sabia como ela poderia reagir, mas quis arriscar. Deitei-me ao seu lado, ficando perto dela e passados alguns minutos, também acabei por adormecer.

❤️❤️❤️

Os pesadelos tinham voltado e eu, acordei num sitio estranho, o que me assustou ainda mais. Até que o André apareceu e uma vez mais, conseguiu me acalmar.
Acordei e ele estava a dormir ao meu lado, achei-o super fofo. Era como se fosse um bebé só que grande, estava fascinada a olhar para ele.
Percebi que o meu coração batia de uma forma diferente, não podia, eu não queria estar a sentir alguma coisa pelo André. Ele era tudo o que qualquer rapariga gostava, ele tinha tudo, era bonito, divertido, carinhoso, cuidadoso, compreensivo, sincero, todas as qualidades estavam lá.
Para além disso, ele nunca se iria interessar por uma pessoa como eu. Sem qualquer interesse, cheia de problemas, quando ele tem todas as raparigas que quiser aos seus pés.
Tipo como as bolas de futebol, com as quais ele jogava... Levantei-me e fui à procura das minhas roupas que já estariam lavadas e secas.
Vesti-me, peguei nas minhas coisas e saí daquela casa. Não conseguia ficar ali, quando sei que algo não está bem.
Estava a sair o portão, quando sinto-me ser agarrada pelo braço. Parei e baixei a cabeça, sabia que era ele, então fiquei sem coragem de o encarar.

- Onde ías?

- Embora, já te dei trabalho que chegue. Obrigada por tudo, mesmo, mas sei quando devo ir. -disse e de repente, ele puxa-me para si, virando-me de frente e fazendo-me olhar para ele.

- Por acaso ouviste da minha boca, dizer que estavas a dar-me trabalho e que queria que fosses embora?

- Não, mas...

- Fica e sem mas! -disse sorrindo.

- Não tens mais nada para fazer do que me aturar?

- Sinceramente? Não, e além disso, estou a gostar de te aturar. -disse dando-me um beijo na testa, o que me fez sorrir.

Acabei por ceder e regressar ao interior da casa com ele. O André fazia-me sentir bem, o que me deixava algo reciosa.
Fomos para a cozinha e ele, quis fazer o pequeno-almoço. Mas eu, acabei por o ajudar, mesmo contrariando-o.
Depois comemos e ele foi-se vestir para que pudéssemos sair. Ele convidou-me a ficar uns dias com ele ali, sem me dar qualquer hipótese de dizer-lhe que não.
Então tive que aceitar, com uma condição, teria que me levar até casa da minha Tia. Assim que se despachou, saímos e fomos então até casa da minha Tia, para eu ir buscar algumas coisas minhas.

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Olá Meninas!!
Em primeiro lugar, quero vos pedir desculpa pela demorar em publicar este Capítulo. Segundo, espero que esteja do vosso agrado.
E terceiro, prometo que não levarei tanto tempo a publicar um novo Capítulo!!
Para terminar, espero pelos vossos comentários que são super hiper mega importantes para mim. E claro, Votem muito e partilhem esta História, tenho a certeza que não se irão arrepender!!!
Beijinhos 😘 ❤️

Love Someone (André Horta) Onde histórias criam vida. Descubra agora