CAPITÚLO 2- O SUMIÇO

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 - Como assim?! Ela...mora nessa casa, tem 21 anos e, é idêntica a você só que, mais baixa!-
 - Olha Isabela, para de brincadeira e, anda logo! Você tem escola.-
 -Mas..., eu vou te provar!-
 - Aff!- Resmungou ela para si mesma.
   Subi até o andar de cima e, fui até o quarto dela. Assim que eu abri...
 - Viu, não tem nada!-
 - Ma- Mas... estava...-
 - Você está assistindo filmes demais!- Ela sai andando.
    Comecei a ficar com medo. Primeiro minha irmã desaparece e, depois não há indícios de que ela ao menos pudesse ter existido!

(Sofia narrando)

    Já havia chegado na escola faz um bom tempo. Estava escrevendo (tentando, pelo menos) a bendita redação.
 - Oi Sofi!!-
 - Ah, oi Ana!-
 - Você está bem?-
 - Ammmm... Essa redação é para hoje?- Ela me olha com um olhar de desprezo
 - Não e, você não me respondeu.-
 - Eu...- Dei um leve suspiro. - Tô bem. Só meio cansada.-
 - Foi a paralisia de novo?-
 - Sim.- Digo meio sem graça.
 - Sabe que pode contar comigo, né?-
 - Sim, obrigada.- Dei um sorriso triste.

(QUEBRA DE TEMPO)

(Lucas narrando)

    É hora do recreio. Me sento em uma mesa sozinho. Até que...
 - E aí cara, quer jogar bola??- Era o Murilo, meu amigo.
 - Não tô afim.-
 - Ah! Vamos logo!-
 - Eu não quero!-
 - Bom, eu tô indo. Caso mude de ideia...-
 - Uhum. Okay.- Ele meio triste, vai embora.
 - Lucas!- Ouço Samara me chamar.
 - O quê foi?-
 - A Isa quer falar com a gente.- Nós vamos até um canto do laboratório.
 - Você está com a sua autorização?- Pergunto.
 - Não, e você?-
 - Também não.-
 - Você deveria estar!- Ela me repreende.
 - Você também!- Rebato.
 - Você é o mais velho entre nós!-
 - E daí?!-
 - Deveria ser o mais responsável!-
 - Não é justo!-
 - Meu querido amigo, você tem que entender que a vida NÃO É JUSTA!- Nessa hora, debaixo da porta, aparece um bilhete de autorização.
 - Será que é passar?- Ela pergunta.
 - Sei lá.- Eu chuto o bilhete debaixo novamente. Isa abre a porta com cara de desprezo e soca o bilhete em minhas mãos.
 - Vai ter que me dar o seu.- O bilhete estava com marcas da sola do meu tênis. Entramos na sala de limpeza e dentro há outra porta. Entramos e Sofia estava nos esperando.
 - Este é um assunto sério!- Sofia (Como líder do clube permite que a reunião comece). - Vocês lembram da Gabi, minha irmã?-
 - Sim.- Disse Sofia confusa. Concordamos também.
 - Porque parece que minha mãe não conhece ela. Tipo, nem sabe que ela existe!-
 - Ela só deve estar brincando!-
 - Não! Hoje eu entrei no quarto dela é, não havia nada!-
 - Impossível!- Eu disse.
 - Gente, vamos perguntar aos adultos. Ela não vai escutar crianças! Se eles lembrarem, podemos recorrer a polícia e registrar como sequestro! Só pode ser isso!- Disse Sofia.
- Você tem fotos dela?- Perguntei. Ela pegou o celular e, todas as fotos, não havia nada da Gabi. Senti um leve arrepio.

(QUEBRA DE TEMPO)

(Samara narrando)

    Entramos no carro. Eu e Sofia já havíamos combinado o que iríamos falar para a mãe.
 - Oi meninas!- Ela cumprimenta.
 - Oi mãe!- Dizemos em uníssono.
 - Mãe! Sabe a Gabi...-
 - Não.- Ela interrompe. Eu e Sofia trocamos olhares de espanto.
 - A Gabi mãe! Irmã da Isa, filha da tia Raquel.-
 - A Raquel não tem nenhuma filha além da Isa.-
 - Tem...- Sofi sinaliza como quem quer dizer: Deixa!

(Lucas narrando)

- Está atrasado!- Léo me puxa pelo braço.
- Ai!!- Ele me joga no carro.
- Leonardo, eu já mandei não tratar seu irmão assim!- Ele revira os olhos.
- Mãe, lembra da Gabi.-
- Quem?-

(Gabi narrando)

    Acordei num lugar estranho. Muito quente e mal conseguia andar direito. Achei uma lanterna no chão e, a peguei. Iluminei a parede ao lado e, estava repleta de uma gosma preta. Dava para ver riscos como se alguém tivesse contado os dias para algo. Iluminei minha frente e...
- Gabis!!!! Senti tanto sua falta! Sobraram alguns! Eu guardei para você. Não deixei NENHUM mosquito ao menos chegar perto. Sei como você ODEIA ELES.- Vejo uma adolecente loira sentada em uma cama chorando com dois cupcakes em uma mesinha.
- Como?-
- Quem está sendo curiosa agora?- Ela diz com um sorriso maligno.

(QUEBRA DE TEMPO)

(Sofia narrando)

    Todos já foram embora. Nos reunimos no velho sítio do meu pai (sede do clube) para discutir a situação de Gabi. Eu fui a última porque gosto daqui. Estava caminhando em direção a capela para simplesmente dar uma olhada. Fiquei um tempo parada olhando para a parede. Do nada, sinto uma falta de ar imensa. Olho para cima para poder respirar melhor e, vejo uma criatura com dentes e garras afiadas, altíssima, e com olhos negros.
 - AAAHHHH!!!!-

(QUEBRA DE TEMPO)

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(QUEBRA DE TEMPO)

(Renata narrando)

    Assim que eu chego em casa, me deparo com meu pai desesperado e Samara chorando.
 - O quê aconteceu?!-
 - A Sofia sumiu.-

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