Jogos de pesadelos

CAPITÚLO 3- DE OUTRO MUNDO

               (Samara narrando)

    Mesmo com a minha irmã sumida, não podíamos faltar na escola. Nós combinamos de não falar nada para ninguém sobre isso. Assim que eu cheguei, me dei de cara com a Isabelly que estava me esperando com uma bola de vôlei. Nós temos um time da sala toda, no ano passado tivemos um intercolegial e, na nossa faixa etária, ganhamos em primeiro lugar.
- Tá afim de bater uma bola, Sá?-
- Tá, pode ser.- Nós jogamos um pouco e, eu não acertava nenhuma. Não tinha o mínimo de ânimo para poder fazer qualquer coisa.
- Sá, você está bem?-
- Sim.-
- Não parece.-
- Mas, eu tô.- Dei uma risada histérica.

                 (Isa narrando)

    Me enfiei na biblioteca e, até o sinal bater, daqui ninguém me tira! Como as duas sumiram assim, do nada?! Será que é alguém contra a nossa família que quer sequestrar todo mundo? Sinceramente, não tenho a mínima idéia!
- Oi Isa!!- Dei um pulo de susto.
- Ah, oi Ana.- Disse no maior desinteresse.
- Você viu a Sofi?-
- Ela não veio.-
- Por quê não?-
- É..... Dor de cabeça!-
- Dor de cabeça?!-
- Sim.- Meti a minha cara no livro e, fingi que estava lendo.
- Então tá.- Ela sai meio confusa.

             (QUEBRA DE TEMPO)

                    (Ana narrando)

    Passei o dia inteiro preocupada com ela. É impossível ela faltar por só uma mísera dor.
- Mãe! Tô indo para a casa da Sofia!- Peguei minha bicicleta e fui. Bati, bati mas, não tinha ninguém! Peguei minha bicicleta para ir para casa e, vi que havia algo enroscado na roda. Retirei uma folha com uma foto da Sofi dizendo "DESAPARECIDA". Meu coração acelerou. Mas... Por quê a Isa mentiu para mim? Não. Tem algo mais. Ela...não sumiria assim do nada.

(stfics011 gente, ela abriu um graphic shop, se quiser ela faz alguma capa, manip, etc)

    Senti algo me fazendo cair da minha bicicleta. Um vulto. Meu corpo ia ficando paralisado, meu ar ia ficando pesado, e, senti algo me puxar.

                  (Sofia narrando)

    Eu acordei em um lugar horrível. É cheio de musgos pretos, sangue espalhado pelo o chão, eu via tudo embasado e, não conseguia falar nada. Com muita dificuldade, me levantei e, fui andando. A gravidade era diferente. Tudo era ruim. Desci uma escada que parecia não acabar mais. Fiz uma força inacreditável. Até que, caí novamente muito ofegante. Escutei um barulho muito forte. Com medo, entrei no quarto mais próximo.

     Era o mesmo monstro que havia me levado para cá mas... ele não está sozinho.

(Gabi narrando)

    Eu preciso falar com alguém. Já estou presa aqui a dias e, o mais inacreditável ainda é que estou aqui com... ela. Como é possível? Não pode ser um sonho. As sensações são reais. Eu preciso pensar em algo e, rápido.

(Ana narrando)

    "Me ajuda! Me ajuda!" Era tudo o que eu conseguia pensar. Eu mexia os lábios como se estivesse falando mas, não saia som nenhum. Um monstro farejava algo. Me virei de lado e, vi uma menina!
- sofi- Foi tudo o que consegui dizer. Ela me viu mas, não mexeu um músculo. Tudo o que consegui ver foi um de seus dedos de mexendo. Ela parecia desesperada em seu rosto, uma lágrima estava escorrendo. Um rugido e...
- soc...-

(Sofia narrando)

- ANA! ANA! ANAAAA!- Sussurrava enquanto o monstro a devorava. Eu não consegui fazer nada! Sangue se espalhava  e, eu simplesmente fiquei paralisada. O pior de tudo é que tive que assistir tudo. Sem poder ao menos fechar os olhos. Senti o monstro se aproximar de mim. Seria a minha vez?! Que seja!

(Gabi narrando)

    Lembrei do dia em que estava em uma festa e uma das brincadeiras era ter que escapar de uma sala. Tive que usar as mesmas técnicas. Avaliei bem o lugar e, reparei que era muito parecido com meu quarto no outro mundo. Talvez, haja algo que eu não me lembre sobre ela. Alguma fraqueza ou algo do tipo. Eu... acho que sei onde posso encontrar isso.
 - Ei! Curiosa! Eu... posso falar com você?- Vi ela se aproximar flutuando de uma forma macabra. - Você lembra do dia em que brincamos de guerra d'água? Foi tão legal!-
- Sim. Eu adorava brincar com você.- Ela dizia lentamente
- Lembra daquele outro dia em que brincamos de boneca? Eu era a mamãe...-
- E eu era a filinha.-
- Onde está o meu diário? A gente pode relembrar algumas coisas.- Ela abre a mão e o meu diário surge.

Ela tira um colar de seu pescoço que era a chave. Ela abre e começo a ler como se estivesse contando histórias para ela. Mas, não estava.

(QUEBRA DE TEMPO)

    Já fazia um tempo que ela havia dormido (Sim, ela dorme sim. Até hoje, uma das coisas que eu mais gosto de fazer é dormir.), comecei a folhear- lo na esperança de achar alguma coisa. Do nada, o diário fica molhado. Olho para cima mas não havia nenhuma goteira ou algo do tipo.

(Isa narrando)

    Eu estava ficando louca! Como era possível?! Enquanto lia o diário antigo da minha irmã, chorava como se o mundo fosse acabar. Pego uma caneta e, escrevo um coração em uma das folhas.

(Gabi narrando)

     Um coração? Alguém desenhou um coração? Revirei minha jaqueta e achei um lápis que havia deixado em meu bolso. Escrevi meu nome. Se minha teoria de que onde eu estou seja um mundo alternativo e que há outro alguém em outro mundo estará correta.

(Isa narrando)

- AAAH!- Joguei o diário no chão com tudo. Espera? "Gabriela"? - GABI!- Comecei a escrever no diário.
"Gabi, é você?"
"Quem está falando?"
"A Isa!"
"Isa! Eu estou num mundo alternativo. Você lembra daquela minha amiga imaginária,  Curiosa? Ela de algum jeito, me trouxe para cá!  Preciso que você me tire daqui."
"Como?!"
" Eu não sei."
"A Sofia está com você?!"
"Não."
"Ela também sumiu. Ela deve estar nesse lugar também."
"Eu posso tentar descobrir."
"Eu estava muito preocupada! Quero ver você de novo." Esperei um tempo e ela não me respondeu. "Gabi?".
    Sai correndo do meu quarto para provar para minha mãe que ela realmente existia.
- MÃE!!!!-
- O quê foi?!-
- Olha isso.- Mostrei o diário. Mas, ela nem deu atenção.
- Vai dormir!- Voltai irridatissíma para meu quarto. Bati a porta e deitei na minha cama chorando horrores.

(Gabi narrando)

- Gabi, o que estava fazendo?-
- Nada! Só desenhando.-
- Pensei que não gostasse de desenhar.-
- Err.. as pessoas mudam.-
- Precisamos colocar o papo em dia.- Ela disse com um sorriso maníaco.
- Sim. Precisamos mesmo.