prólogo

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*HELENA POTTER* é uma mimada.

Não há outro jeito de a descrevê-la. Sua vida se resumia a "Eu vejo, eu gosto, eu quero, eu tenho".

Aos 15 - quase 16 anos - Helena Potter tem mais de 87 pares de sapatos dentro de seu closet enorme, em seu quarto enorme, em sua mansão enorme localizada em Godric's Hollow.

Os Potter eram aquele tipo de família rica, de linhagem extremamente conhecida como boa, mas que ao longo do tempo perderam essa essência, se tornando arrogantes, mimados e desprezíveis. Eram ricos e influentes, mas eram a escória do mundo bruxo, só que ninguém tinha coragem de falar isso na cara deles.

Até 17 anos atrás, em 1980, os Potter eram descentes. Não esbanjavam a riqueza que tinham, eram leias e gentis, legais, honestos e bondosos. Então, Harry Potter nasceu, o primogênito de James e Lilian Potter.

Os amigos de James - Sirius Black, Remus Lupin e Frank Longbottom- fizeram a festa. As amigas de Lilian - Marlene McKinnon, Dorcas Meadows e Alice Fawley - encheram a casa de roupinhas, brinquedos e fraldas. Eles estavam felizes com a chegada de Harry.

Então, Lord Voldemort, o bruxo das trevas mais perverso que o mundo bruxo já viu, atentou contra a vida de Harry e o menino de algum modo o matou em 31 de outubro de 1981, um ano e poucos meses depois de seu nascimento.

A fama dos Potter cresceu aí. Decolou, para ser mais exato. Em 1982, em meio a inclusão dos Potter na Elite do Sagrado Vinte de Oito novamente, nasceu Helena Potter. Esse foi o ano que Sirius Black, melhor amigo e quase irmão de James Potter, se afastou dos Potter. A ganância e a procura pelo poder o irritou e ele deu um basta naquilo.

Em 1984, nasceram os gêmeos Charles e Johan. A esse ponto, a família Potter, ao menos Lilian e James, já não queriam mais colocar filhos no mundo. Estavam satisfetios com seus quatro e perfeitos filhos.

Tudo bem, mas o que isso tudo tem a ver com Helena Potter? Vou chegar lá, senhoras e senhores.

Em 1986, Harry Potter tinha seis anos, Helena Potter quatro anos e Charles e Johan dois anos. Os amigos verdadeiros de Lilian e James já tinham se afastado a muito tempo. O ciclo social dos Potter contavam com os Malfoy, os Parkinson, os Zabini, os Nott e os Grengrass, e nenhuma dessas famílias eram exatamente conhecidas como boas e generosas.

Ninguém nunca chegou a entender o porque dos Potter se juntarem a essas famílias, uma vez que todas elas, em algum momento, foram aliadas de Voldemort durante os anos 70 e início dos 80.

Mas o choque mesmo veio quando perceberam que os Potter - mais James e Lilian - começaram a ligar com o status sanguíneo com quem andavam. O desprezo é hereditário, se querem realmente saber, e hipócrita, afinal, tinha uma nascida-trouxa e quatro mestiços na família.

Tempo vem, tempo vai. Harry Potter embarca no trem de Hogwarts rumo á seu reinado de terror em Hogwarts ao lado de seus melhores amigos Draco Malfoy, Blásio Zabini e Theodore Nott.

Harry nunca foi um bom rapaz. E Helena, Charles e Johan nunca foram crianças legais e inclusivas. Hogwarts era o palco deles, e eles o dominavam sem nem se importar. Eram grossos, frios, mesquinhos, egoístas e desprezíveis, afinal, eram Potter's e Sonserinos e ninguém nunca confiava em nenhum dos dois.

James Potter era um pai incrível, até a linha dois da página um. Seu maior problema era Status e ele queria ter o maior de todos. Não tinha tempo para os filhos, mas dizia "sim" a cada "a" que davam. "Pônei, papai?", "Claro". "Campo de Quadribol, papai?", "Claro". "Uma mansão em bahamas, pai?", "Claro". Não tinha um "Porque?, para que?, como?", James Potter só dava o dinheiro e eles se afastavam rapidamente, prontos para comprar o que quisessem.

Lilian Potter era a mãe mais carinhosa que existia no mundo bruxo, até a festa acabar e ela pensar na próxima festa que poderia ser a anfitriã. Pariu quatro filhos, mas a conversa com os quatro não passava de "Tudo bem? Precisam de algo?" Se fosse sim, os mandavam direto para o pai, se fosse não, a conversa morria ali e cada um se separava e retornava a vida deles.

Sim, Harry, Helena, Charles e Johan foram extremamente negligenciados, mas sabiam o que era certo e errado. A podridão dos Potter não começava e nem terminava ali.

Então, chegamos ao nosso maior ponto. Helena Potter. A garota que começou a se "cansar" de ser da elite. Queria comprar coisas no shopping ao invés de ficar se divertindo em festas regadas a álcool e muita pegação. Sua vida perfeita estava começando a ficar chata após seu pai começar a mandar os filhos diminuirem na indução do álcool depois de um deles quase ser atropelado por estar bêbado.

Falar não significa nada se você não age. E de nada adiantou o pedido de James, porque nenhum deles obedeceu e ele também nada fez para isso mudar. Naquela casa, todos se preocupavam com todos até a segunda página. Pediam, mas não ajudavam. Falavam, mas não faziam.

Nada teria mudado se ele - o Deus Temporium - não aparecesse durante a festa de Helena com o intuito de fazer os Potter perceberem que dinheiro, status e sangue não significam nada e que o que eles precisavam era de amor e amigos antes que eles mesmos sejam sua própria ruína.

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