Enquanto isso... na cozinha.

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Mirajane on

Ao contrário de todos na guilda eu não me incomodava com o dia de faxina, na verdade eu até gosto de colocar as coisas em ordem e deixar tudo organizado. Eu só gostaria de poder fazer isso também com meus sentimentos e pensamentos que sempre estavam uma confusão... e o motivo disso? Saio do meu transe com um barulho de algo se quebrando e me viro no mesmo momento encarando o garoto alto e loiro a minha frente e a bagunça feita no chão.

- Será possível que você não sabe fazer nada mesmo? Eu só pedi para que você lavasse a droga da louça! - reclamo encarando o vidro quebrado no chão.

- Caramba porque você não relaxa um pouco docinho? É só um prato.

- Eu já lhe disse um milhão de vezes que não me chame assim Dreyar. -falo fechando a cara e o encarando

-  Por que não? - perguntou me fitando com um beicinho ridículo.

- EU NÃO SOU SEU DOCINHO! - grito jogando a vassoura nele. - E trate de limpar logo essa bagunça, quanto antes terminarmos essa maldita faxina melhor, assim me livro de você.

O destino era mesmo promissor, e cruel porque de tantas pessoas na guilda tinha que ser logo Laxus a ter que ficar comigo? Isso era cruel, e ridículo. Na verdade, Marakarov era cruel porque eu sabia bem que ele havia planejado direitinho aquelas duplas, eu conhecia bem o mestre de nossa guilda.

- Não seja tão cruel docinho. Minha companhia é uma dádiva, deveria estar agradecida por ficar ao meu lado por tanto tempo.

- Caramba, tomara que você exploda com tanto ego assim.

- Que malvada. - reviro os olhos e volto a limpar os armários tentando ao máximo evitar Laxus.

A maior parte do tempo e com todas as pessoas eu costumava ser extremamente gentil mas com ele isso simplismente era impossível de correr, porque se existia alguém com tamanha competência de me tirar do sério esse alguém é Laxus Dreyar. Continuo meu trabalho em silêncio sem olhar uma vez sequer para o garoto que praguejava baixinho enquanto catava os cacos do copo do chão. Sinto um sorriso se abrir em meu rosto ao ouvi-lo reclamar do dedo recém cortado sangrando, bem feito.

- Oh, que peninha acabou se cortando? - vejo seu olhar de reprovação e ele chupar o sangue do dedo. - Que nojo. - reclamo.

- Oque? Espera que eu deixe todo o sangue do meu corpo sair por esse corte?

- A por favor Laxus! Olha o tamanho desse corte, seja homem pelo menos uma vez na vida. Ou isso é muito dificil pra mariquinha conseguir?

Percebo no mesmo instante que afetei seu ego e ele fechou a cara e se concentrou em limpar as arquibancadas do outro lado da cozinha em silêncio. Dou de ombros não ligando se aquilo havia magoado ou não afinal ele não se importou de me magoar no passado.

Trato de juntar todo o lixo da cozinha, desvaziar a geladeira e os alimentos perdidos e depois de terminar aponto para Laxus.

-Leve o lixo para fora, vou limpar o chão e depois disso está livre pra ir, eu terminarei tudo sozinha.

- Não vou levar lixo nenhum, se quiser leve você.

- Deixe de ser infantil, leve o lixo e de o fora daqui.

- Já disse que não vou levar nada e tambem não vou sair.

- AAAA QUER PARAR DE ME IRRITAR? PORQUE INSISTE EM FAZER ISSO?

Ele dá um irritante sorriso de lado e me fita com os braços cruzados se recostando no balcão. Observo-o seria mas não deixo de notar como aquele sorriso era sexy e como seu corpo e sua presença me deixavam nervosa e com um calor insuportável. "Nada disso Mirajane, você já passou por isso. De novo não."

-Sabe que não? É divertido te irritar, sinto como se eu tivesse vindo pra terra com esse dever e eu até que gosto. - ele comenta se sentando no balcão.

O olho com raiva e sem pensar o bato com o saco que se abre derramando todo o conteúdo no chão.

- OLHA SÓ OQUE VOCÊ FEZ! - grito com raiva e com vontade de socar seu rosto.

- Eu? Foi você que me bateu com isso.

-Porque você me irritou.

- Claro... e como você não consegue se resistir a mim ficou fora de si.

-Cale essa sua maldita boca Dreyar eu o odeio, você me irrita.

- Eu consigo ver o quão irritada fica perto de mim. Mas me diga essa irritação é por mim ou pelo que você não quer confessar sentir por mim?

Estudo seu rosto e fecho a cara controlando minha respiração.

- Você só pode estar brincando, a única coisa que eu sinto por você é desprezo. - comento ajeitando os cabelos.

- Entendi. - antes que eu pudesse perceber ele me puxou pelo pulso e me prendeu entre o balcão e ele me olhando de perto. - Então me explique porque esse seu desprezo parece mais desejo. Porque fica tão alterada quando estou perto? Vai dizer que me superou?

- E... eu não sei do que está falando, não sinto nada por você. Absolutamente nada. - falo entre dentes

- Então suponho que não vá sentir nada se eu fizer isso. - disse segurando minhas mãos e aproximando seu rosto do meu pescoço e depositando um beijo ali. - E nem isso. - sussurrou em meu ouvido depositando uma mordida ali logo depois. Sinto meu corpo se arrepiar no mesmo instante e meu coração acelerar. Desgraçado. Ele sabia exatamente oque me tirava do sério.

- Desencosta de mim agora, e tire essas mãos do meu corpo. Você é um idiota.

- Não finge não Mirazinha, eu sei que você fica louca quando fica nos meis braços desse jeito. Sei que você tenta resistir, mas não sei se vai adiantar. - ao dizer isso ele deslizou o rosto para frente do meu, fazendo com que nossos narizes se encostassem depois colou seus lábios junto aos meus no mesmo momento subi meu joelho rapidamente e com força e acertei no lugar cuja dor era mais aguçada nos homens. No mesmo instante ele me soltou e se encolheu escorregando no lixo despejado no chão e caindo ali mesmo.

- Não ouse me encostar novamente. Essa foi a última vez, e fique a vontade em juntar essa droga de lixo. Não vou ficar no mesmo ambiente sozinha com você novamente então acho bom que termine de arrumar essa bagunça  se não quiser é claro que eu conte tudo que aconteceu aqui ao mestre, acho que ele já lhe disse pra não me encostar outra vez. - ao dizer isso passei por ele deixando a cozinha. Mas antes de sair pude ouvi-lo sussurrando sozinho:

- Essa maldita albina vai me enlouquecer. Como pode ser tão linda e ao mesmo tempo tão difícil?

Sinto meus lábios se repuxando em um sorriso, houve uma época em que eu daria tudo pra ficar com Laxus Dreyar e ele havia me rejeitado, agora era sua vez de correr atrás de mim e esse jogo só estava começando.



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