Capítulo 3

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Naquela noite eu custei a dormir, não parava de pensar nele, apesar de não querer isso, e não ter a menor esperança. No dia seguinte eu estava contando todo o ocorrido para o Jin, que ficou muito revoltado.

— Você ainda tem aquele guardanapo com a mensagem.

— Tenho sim, deixa comigo que a gente vai queimar essa droga agora. — Ele respondeu se abaixando para pegar.

— Não, não! Não precisa queimar. Me dá ele que eu mesmo darei um fim.

— Sabe o que gente devia fazer? A gente devia imprimir várias cópias e espalhar por todo o Café. E não só pelo Café, por toda a rua.

— Jin, só fale essas coisas quando estiver comigo. Não fique perturbado assim na frente do seu noivo. Agora eu preciso ir trabalhar, até mais maluco.

Eu voltei ao meu trabalho e guardei o guardanapo nas minhas coisas. Acho que no fundo queria ter uma lembrança de tudo aquilo. No mesmo dia, Jin e eu fomos ao Café, lá estavam Jungkook e todos os seus amigos. Ele só acenou com a cabeça para mim, seus amigos apenas sorriram.

— Se você quiser a gente vai embora. — Jin me confortou.

— Não, não precisa. Não vamos deixar de vir aqui por causa desses caras.

E assim sucedeu, todos os dias nós íamos ao Café no fim da tarde. Às vezes, Jungkook estava lá com seus amigos, mas só me cumprimentava de longe com a cabeça.

Em um determinado dia eu tinha acabado de tomar banho, ia ficar em casa assistindo televisão, até a campainha tocar. Eu fui atender e era Jungkook quem estava lá, em uma camisa vermelha apertada e uma calça jeans azul. Simples, porém como sempre, muito bonito. Eu notei que tinha uma arma presa a coxa esquerda dele, por um daqueles aparelhos específicos para isso, acho que se chama Coldre de perna. Na verdade, o deixava bem mais sexy do que o usual.

— Ah minha nossa! Você perdeu outra aposta e seus amigos te desafiaram a me matar?! — Debochei.

— Eu jamais cumpriria esse desafio. — Sorriu. — É que eu saí do trabalho só agora, e ainda estou com essa arma.

— Então... Se você não veio me matar, o que veio fazer aqui?

— Eu estava lembrando de você enquanto dirigia, e pensei em passar para ver como você estava.

Eu não disse nada e apenas permaneci junto à porta admirando o quanto ele era bonito.

— O que foi? — Ele disse encabulado.

— Nada, eu só estou pensando se devo deixar um cara armado entrar na minha casa.

— Nesse caso eu mesmo posso forçar você... Mas, eu não vim aqui para entrar, na verdade eu quero que você vá comigo a um lugar.

— Que lugar?

— Você vai ver, só precisa confiar um pouco em mim. Dessa vez não tem nenhuma aposta eu juro.

Eu me afastei da porta, estava apenas de pijama.

— Tudo bem então, vem, entra. Me espera enquanto eu troco de roupa.

— Você pode ir assim se quiser.

Ele falou de um jeito bem safado, de um jeito que eu ainda não tinha ouvido ele falar.

— Haha... Bem que você queria né?

Eu entrei no meu quarto e antes de fechar a porta eu o ouvi dizer bem alto:

— Eu queria mesmo...

Eu me vesti rápido, coloquei uma camisa social azul, que se ajustava perfeitamente em mim. E uma calça preta jeans, não era justa nas pernas, mas era justa no bumbum, todas as minhas calças eram assim. Quando eu saí do quarto ele estava sentado no sofá com o gatinho na mão. Ele me olhou por uns instantes, e pareceu ter dificuldades para falar.

Entre os braços do meu homem (Jikook) || ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora