O famigerado trabalho em grupo

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– Bom dia, Jungkook! – levantei com dificuldade e esfreguei os olhos, meio tonto com a claridade que vinha da janela.

– Jimin? – questionei meio confuso.

– Sim, e quem mais seria?  – ele deu um sorriso e sentou na minha cama ao meu lado.

– O que faz aqui?

– Vim te acordar, já que você não foi na aula.

– O que? Eu não fui? Que horas são?  – arregalei os olhos.

– São duas da tarde. Você ficou jogando até tarde ontem e acabou não indo a aula. Seu pai queria te acordar, mas eu disse que não tinha nada importante e que você me ajudou com o dever de casa ontem até tarde.

– Muito obrigado, te devo uma. – sorri. Sabia que não deveria ter ficado até tarde jogando com Taehyung, mas ele é aquele tipo de pessoa que pode dormir por apenas trinta minutos e vai acordar revigorado. Já eu...

– Tudo bem não se preocupe.

– O que a professora deu na aula hoje?

– Nada demais. Aula normal e no final um trabalho em grupo. – foi aí que eu senti um arrepio na espinha.

Trabalhos em grupo  eram um pesadelo. A professora sempre fazia sorteio, porque segundo ela, isso promovia a interação entre a turma e fazia com que a gente se acostumasse a trabalhar em equipe com qualquer pessoa. Porém, eu e Jin sempre caíamos em grupos diferentes e eu sempre caía com Kim Jennie. Basicamente, era um caos.

– A professora já sorteou os grupos?  – questionei com um certo receio.

– Sim. Eu, você  –  até agora tudo bem –, Taehyung –  boa – e a Jennie – nós dois suspiramos desanimados.

– Droga!

– Taehyung chamou a gente pra ir na casa dele fazer o trabalho mais tarde.

– Hoje?

– Sim, porque hoje é o único dia que ele pode.

– Como ele consegue fazer tanta coisa e nunca cansar? Eu vou para escola andando e já morro. – Jimin riu, mas minha indignação era verdadeira.

– Somos dois. –  disse ele ficando de pé –  Agora vamos levantar, comer alguma coisa e ir fazer o trabalho.

– Tá bem.

***

Eu e Jimin estávamos parados na frente da casa do Taehyung, e antes que tocássemos o interfone, um carro chique parou ali e dele saiu Jennie.

– Eu já disse que eu ligo quando eu terminar! –  a morena gritou e bateu a porta. – E vocês, fracassados, o que estão olhando?

– N-Nada. – respondi no desespero. Não é que eu tivesse medo da Jennie, ou algo assim, mas hoje ela parecia especialmente brava.

Ela veio até nós com o nariz empinado e limpando a sujeira – não existente – nos ombros.

– Achei que Rosé ia vir com você. – Jimin comentou, já que a Rosé era quase uma empregada pra Jennie, e nunca saía do pé dela.

– Ela ia, mas aparentemente ela precisou resolver uns "problemas pessoais". – Jennie fez aspas com as mãos e revirou os olhos. – Já tocaram o interfone?

– Ainda não. –  ela abriu espaço entre nós dois, quase que nos empurrando e bufou irritada.

– Residência do senhor Kim, quem gostaria? – uma voz feminina disse após  Jennie ter apertado o botão do interfone.

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