Você deve estar dormindo quando ele estiver aqui.

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Yo, essa é a minha primeira Oneshot e história aqui! – a primeira de muitas outras...

Espero que curtam!
Agora peguem seus cobertores protetores e já podem ler 💜
Ah, mais uma coisa, se ouvirem barulhos estranhos á noite, é melhor que não vão ir procurar os causadores, ainda mais se for em uma madrugada de páscoa.

Boa leitura!

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Are You Scared, Lil Rabbit?

— Pronta? Agora você precisa dormir. — Minha mãe me dizia na beirada da cama, enquanto segurava minhas mãos gentilmente. — Sabe que dia é hoje? — Discordei com a cabeça. — É véspera de páscoa, e nessa madrugada, um coelhinho passa por aqui para deixar sabe o quê? — Ela sorri gentilmente.

— Ovos de páscoa? — Ela assente.

— Sim, mas ninguém nunca viu o Coelhinho da Páscoa, e é por isso que você precisa estar dormindo quando ele chegar.

— Mas, que horas ele chega? — Pergunto começando a ficar assustada. — E se eu levantar pra beber água e ele estiver lá e eu o ver?

— Ah, querida, não tem problema em beber água. Só feche os olhos e durma. — Ela se levanta e vem até mim começando a fazer um cafuné.

— Mas, mamãe, como ele entra na casa? — A encaro voltando a relaxar.

— Bom, tem coisas sem explicação. Mas, apenas durma e quando você acordar, será igual ao ano passado, tudo bem? — Ela bota as mãos nas minhas bochechas.

— Mas ano passado papai estava aqui... Quer dizer que ele vai voltar amanhã? — Sorrio eufórica.

— Espero que sim, querida. Milagres acontecem. — Minha mãe diz e me dá um beijo na testa. — Agora durma, sim? — Ela levanta e vai até o interruptor, apagando a luz.

Fecho os meus olhos e tento dormir.
• • •

Acordo com o som de um barulho. Sento-me na cama ainda cansada. O vento frio entrava pela janela aberta, as cortinas balançavam.

— Mãe? — Chamo. Não recebendo resposta, me levanto.

Sinto minha garganta seca, então decido ir tomar água. Péssima escolha.

Desço as escadas, passo pelo corredor que dá a sala e a cozinha, com uma abertura para a sala e a mesma. Entro na cozinha e abro a geladeira, logo pegando a jarra e depois um copo, pondo o líquido nele. Após beber, escuto um barulho vindo da sala. E passo pela abertura indo no cômodo.

Estava escuro, com somente a iluminação da lua, os postes de luz lá fora e a luz da cozinha. Mas vejo uma movimentação estranha no canto da sala, ao lado do sofá. Após minha vista se acostumar com a escuridão, consigo ver... Orelhas. Um humanóide com orelhas, horríveis orelhas. Me dá vontade de vomitar. É como se fossem de pele. O ser se vira pra mim, dando pra ver sua face horripilante de coelho sem pelos. Me assusto e me escondo na pequena parede da abertura do corredor, tapo minha boca para não escapar barulho e acabo deixando lágrimas caírem. Estou apavorada, totalmente assustada. Minha vontade é de sair correndo, mas nessa hora, minha mente resolve funcionar direito, e sei que se fizer isso, aquele bixo vem atrás.

Ando de lado até o fim da parede e vejo o corredor para as escadas. Maldita abertura para a sala! Me preparo para correr, e decido contar até três mentalmente.

Ok, agora estava pronta.

Um. Ouço barulhos de passos fortes.

Dois. Os passos se silenciam e só posso ouvir o barulho do vento pela porta dos fundos agora aberta.

Três! Disparo as escadas.

Estava quase conseguindo quando um bixo pula a minha frente me pegando de jeito, solto um gemido e abro os olhos. Vejo aquele rosto horrível de coelho medonho.

— Isso não é real, isso é um sonho! — Tapo meus olhos que já lacrimejavam.

— Sabia que ninguém havia me visto antes, garotinha? — O ser diz para mim, e sua voz era como a sinfonia do inferno.

— Desculpa, eu não queria te ver! Eu juro que não falo para ninguém, por favor! — Digo desesperada querendo me soltar.

— Ah, bom. Agora não tem mais jeito. Você já me viu. Precisa tomar o meu lugar. — O coelho puxa minhas mãos para que eu possa vê-lo

— Mas, e se eu não quiser?

— Você não tem opção, querida.

— Mas, e a minha mãe? — Mais lágrimas saem por meus olhos.

— Você nunca mais vai vê-la novamente. Tudo por causa da sua curiosidade. — O coelho dá um sorriso sinistro. — Agora você vai ficar longe dela, pela eternidade. — Ele começa a se tremer todo. Eu tapo meus olhos chorando, mas logo sinto mãos as puxarem novamente.

Agora vejo um garoto, ou um homem à minha frente. Com orelhas de cabelo e carne, caídas em cada lado da cabeça. Traços asiáticos, mas grandes olhos com orbes negras. Ele me dá um sorriso sinistro, mas sedutor, mostrando dentes semelhantes aos de coelho. Será que tem essa forma pra me seduzir a aceitar aquela tal coisa? Não sei. Mas pareço mais confortável com essa forma.

— Q-Quem é você? — Pergunto tentando encarar somente sua face.

— Oras, sou O Coelho da páscoa. Jeon Jungkook, o quarentésimo Coelho, para ser mais específico. Assim como você, eu fui um coelhinho curioso e assustado, e agora estou amaldiçoado pela eternidade, e já faz quase 100 anos que sofro essas dores constantes de coelho e humano. — Ele me dá um sorriso cínico. — Agora fique parada, e calma, querida.

— Mas... Eu não quero! — Digo recuando.

— Já disse que não tem escolha, querida. — Ele me agarra fortemente e tira um ovinho de seu bolso, botando na minha boca, depois começa a recitar palavras estranhas. Mas eu não consigo tirar o ovo da boca e me sinto muito tonta. Fico piscando, lutando contra a escuridão. E tudo que vejo antes de uma dor imensa e apagar, é o sorriso bizarro do garoto e sua frase, que recoa como um sussuro. — Sua vida agora virará um inferno, querida.
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Espero que tenham gostado dessa oneshot que fiz em uma das minha milhares de noites madrugadas!
Quem sabe um dia pode ter uma continuação...

Postei essa oneshot no Spirit também! O nick lá é: NellyChan

Beijos e até mais! 💜

Are You Scared, Little Rabbit?Onde histórias criam vida. Descubra agora