O dia mais longo de todos com toda a certeza foi esse, quase dormi em uma de minhas aulas graças à demora das horas passarem. Assim que tudo terminou, não tinha forças para ir com Sungoo até a cafeteria, só precisava da minha cama naquele momento. Andando mais como um cadáver ambulante, quase arrastando meus pés de tanto tédio, coloquei a chave para destrancar a porta do quarto mas aparentemente estava aberta então só a empurrei, não era tão incomum estar aberta pelo simples fato de JinWoo matar aulas lá.A primeira coisa que vejo ao abrir e adentrar o espaço, é um corpo jogado ao chão, apoiado na cama. A demora para raciocinar foi mínima, minha bolsa caiu no chão antes que meu corpo pudesse se mover até lá.
- Meu Deus o que aconteceu com você? – abaixei-me diante dele colocando a mão em seu ombro. Na tentativa de olhar em meus olhos, ele levantou a cabeça e pude ver seu rosto ensanguentado. – Eu... eu vou chamar ajuda!
Antes mesmo de me levantar, ele segurou meu braço com a força que tinha e balançou a cabeça em sinal negativo.
- Só me ajude a deitar... – ele disse com uma voz rouca e baixa, como se doesse para falar. O ajudei a se apoiar em mim e o guiei até sua cama o deitando com cuidado. Ele soltou alguns gemidos de dor enquanto eu tirava sua camisa para ver seus ferimentos, ele tinha muitos vergões vermelhos e roxos pelo abdômen e braços, sua boca sangrava e sua testa também, além de sua maçã do rosto estar completamente inchada e roxa. Assim que o soltei, seu queixo pendeu para baixo e ele soltou um suspiro aliviado de olhos fechados relaxando todo o corpo dolorido.
Procurei nos armários do banheiro algo que pudesse ajudar a desinfetar as feridas, mas achei apenas algodão e um pano com um pequeno patinho bordado. Aproveitei o pano e o coloquei debaixo da torneira o torcendo em seguida para tirar o excesso.
Voltei para perto do ferido, me ajoelhando ao seu lado. Cada vez que colocava o pano em algum machucado ele puxava ar rapidamente e mostrava os dentes demonstrando dor.
- Eu sei que dói, mas só estou limpando o sangue. – quando acabei, percebi que ele me encarava pelo canto dos olhos, quase fechados. – o que está olhando? Só quis ajudar porque... – pressionei o pano em sua barriga o fazendo desviar os olhos para lá com a mesma expressão de quando sentia dor. – afinal, quem fez isso com você?
Ele simplesmente ignorou o que eu havia dito e se sentou na cama, ficando mais alto que eu.
- Não se meta nisso, é problema meu.
- Isso lá é jeito de falar com quem está te ajudando? Seus pais nunca te ensinaram modos não? – reclamei irritado.
- Não. – ele se levantou e foi até o banheiro fechando a porta, me deixando com cara de tacho ajoelhado ali, sozinho com um pano de patinho na mão.
Levantei-me e decidi fazer o mesmo que ele disse: problema meu não é, então não vou me estressar. Deitei em minha cama mexendo em meu celular sem nem me importar, ou pelo menos fingindo não me importar. A porta do banheiro estava com uma fresta aberta, que me incomodava pelo ar quente que vinha em minha direção. Levantei-me completamente irritado para fechar a porta, mas ao chegar lá fiquei paralisado, olhando pela pequena abertura. A silhueta que eu vi, a mesma do meu primeiro dia ali, porém com uma diferença: não tinha roupa nenhuma e nem toalhas para atrapalhar a visão de certas partes indecentes de um corpo humano.
Ele estava de costas, passando suas duas mãos em seus cabelos, forçando seus músculos das costas a aparecerem mais. A água descia por entre seus dedos, seguindo pelos braços e tronco até chegar a suas nádegas impressionantemente arredondadas, pelas coxas firmes e um pouco grossas, e por fim seus pés ao chão. Tirando pelos hematomas, seu corpo era realmente definido, como se fizesse muita atividade física, um atleta. “Em que momento comecei a admirar corpos masculinos?” assim que pensei nisso, me retirei de perto da fresta e respirei fundo olhando para minha cama.
Segui até ela meio desolado e deitei de barriga para cima olhando para o teto em um conflito interno de sexualidade. Eu nunca tinha tido relações sexuais com uma mulher, mas ao menos me apaixonar por uma já havia acontecido, “Meu corpo estava reagindo ao corpo de um outro homem, isso só poderia ser falta de sexo, não tem como eu desejar um homem”, esse pensamento não parava de se repetir em minha mente. Ao perceber que JinWoo estava saindo do banheiro, me virei na direção oposta para que não o visse e nem ele pudesse ver meu rosto. Conforme ele foi dando a volta para chegar em sua cama, me virei novamente evitando contato visual, em posição fetal, com as mãos entre as pernas.
- Você tá bem? – ele perguntou se dirigindo a mim.
- Não se aproxime de mim, não é problema seu. – retruquei com sarcasmo no tom.
Mesmo que eu tenha pedido, ou melhor, imposto para não se aproximar, ele veio e segurou em meu ombro me virando para cima e olhando fixamente para meu rosto avermelhado. Aquilo não iria acabar bem...
◇
Próximo cap tem cenas de sexo e eu resolvi passar pra visão do musculosinho c: se gostarem desse foemato trago mais assim
Ass.: Annie
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Fake Cupid
RomanceDesde criança achei que a vida guardava algo fascinante para meu futuro, porém, o tempo passa e a vida pacata numa cidade chata continuava a mesma. Até decidir me mudar para uma cidade nova, uma nova universidade; uma nova vida viria aos meus encant...