O ódio corre pelas calçadas da cidade e eu sou o mendigo que dorme nela.
Lágrimas.
Eu tento ser durão com elas.
Tento não chorar.
Tristeza
Eu tento ser frio com ela,mas ela me consome.
Sociedade.
Eu tento viver com ela,mas ela me odeia.Até onde pode ir a mente humana?
Eu queria poder expor de forma simples até onde a mente humana pode ir de forma positiva,ou negativa. Mas,eu não consigo fazer isso. Me diga,você consegue?
Faça minha leitura assim como eu faço a dos outros. Pode me dizer até onde vai?08.05.2017
É meu aniversário.
Acordei com o barulho das vozes e das dores fortes que sinto em minha cabeça. Tomei meu primeiro remédio do dia,ainda é difícil conviver com as dores depois do acidente.
Pego minha xícara de café e olho o cenário que se passa na janela.
Vejo uma cidade caótica e corrompida. Enxergo o cinza e a armagura na cara de todos. O trânsito é violento e os xingamentos voam por todos os lados. Foi bem melhor dar meia volta e ser surpreendido.
O primeiro parabéns que recebo é do meu amigo Ben,que me parabeniza cantando uma música alegre de parabéns e me oferecendo um café.
Me sento a mesa e tomo café.
Não tem ninguém em casa,apenas eu e o Ben.
Moramos apenas nós dois.
Pensei que receberia uma ligação de alguém. Um familiar ao menos. Mas,me decepcionei.
Sabe,eu não ligo muito para datas comemorativas,mas as pessoas não me dão importância em dias normais.
Meu patrão me humilha de todas as formas possiveis,mas eu preciso de dinheiro para me sustentar nesse apartamento imundo.
Pensei que ao menos no dia do meu aniversário eu seria considerado alguém digno de ser lembrado.
Vocês sabem como é difícil,não ser lembrado? É doloroso.
Tenho que me recuperar sozinho.
Eu queria poder tirar um álbum do armário para ver algumas fotos de quando eu era criança. Mas,não tenho nenhum registro.
Nunca conheci meus pais.
Eles se mudaram para a Austrália para tentar uma vida mais digna. Eu nunca liguei pra eles depois do acidente,até porquê nunca tive os número deles. Nem sei se estão vivos.
Bom,parabéns pra mim.Hoje é segunda-feira.
Eu me sinto triste,amargurado,totalmente desmotivado a sair de casa. Mas ficar aqui não me deixa bem.Eu e o Ben tivemos a ideia de sair para comemorar o meu aniversário.
Fomos até a Praça,mas não costuma ter muitas coisas,principalmente na segunda feira.
Encontrei um senhor que escutava uma boa música em um rádio e arrisquei aborda-lo.
Eu disse:- Hoje é meu aniversário sabia?
Ele olhou pra mim como se eu o incomodasse
e disse:-E o que eu tenho haver com isso? Você é maluco?Eu senti algo ruim dentro de mim.
Por que as pessoas dessa cidade são tão más? Eu queria apenas uma atenção.
Meus olhos se encheram. Minha cabeça doeu,e meu corpo caiu. Eu estava passando por aquilo de novo.O senhor disse:- saia daqui seu drogado,você vai assustar as crianças.
Nesse momento perdi o Ben de vista.
Eu enlouqueci novamente.
Ameacei as senhoras que faziam exercícios.
Dizia palavras horríveis.
Me vi incomodado até de ficar vestido e tirei minha camisa.
Todas as pessoas que estavam e passavam por ali pararam para ver minha situação.
Mas acredite,não fizeram nada.
Olhei a estrada movimentada com veículos passando em alta velocidade.
Acho que tive uma ideia...
Você já deve imaginar o que aconteceu.Aqui estou eu, me sentindo um palhaço perseguido por demônios, por isso preciso atravessar a rua descalço e lentamente, quero que todos morrão junto comigo.
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EU SOU O CAOS DA CIDADE
FantasyHenry tem sérios problemas mentais que refletem no seu modo de vida no meio social. A grande incógnita de Henry oscila entre ser positivo ou negativo para ele mesmo ou para sociedade. A complexa mente de Henry é de difícil interpretação até para el...