Capítulo I

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" Estava óbvio para todos os outros?Que eu caí na mentiraVocê nunca esteve ao meu ladoMe engana uma vez, me engana duas vezesVocê é a morte ou o paraíso?Agora você nunca me verá chorarSimplesmente não há tempo para morrer"

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" Estava óbvio para todos os outros?
Que eu caí na mentira
Você nunca esteve ao meu lado
Me engana uma vez, me engana duas vezes
Você é a morte ou o paraíso?
Agora você nunca me verá chorar
Simplesmente não há tempo para morrer"

No time to die, Billie Eilish

  Era um ponto da minha vida em que eu via as coisas mais bonitas que o mundo poderia ter num quadro mental, e eu queria tudo

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  Era um ponto da minha vida em que eu via as coisas mais bonitas que o mundo poderia ter num quadro mental, e eu queria tudo. Eu agora tinha um pequeno sabor que me deixava faminta por mais. Cores, lugares, roupas, e a minha maior ambição, sensações.

Era a capital. Se eu saí de uma cidade de 60 mil habitantes achando que não seria glamour o tempo todo, eu me enganei. Era brilhante em todas as cores. Durante o dia o céu era tão azul quanto o mar, os prédios de luxo brilhavam na avenida durante a noite e tudo se tornava um mar de luzes. Um mar meu. Nunca tive tanta sede de conquista.

Pra mim não havia impossível, não havia inalcançável. Eu não me sentia terrível por fazer o que for preciso pra conseguir o que quero, eu me sentia admirável.

As pessoas não eram interessantes como pensei. Ninguém me interessou, e se antes eu tentava enxergar todo mundo como algo que eu admiraria, hoje eu não me esforçava, e só me admirava.

Durante o dia eu era a melhor aluna da melhor faculdade de direito, eu brilhava acima de qualquer um. Isso era um propósito. Se não estava estudando, correndo na praia ou jantando com Nina e Ricco, estava atendendo em uma plataforma. Como taróloga. O destino era engraçado e até divertido em certas horas, como na que me mostrou esse caminho lucrativo e proveitoso que me garantia a Louis Vuitton Neverfull, os anéis Pandora e algumas coisas a mais. Graças à mãe que eu tinha, isso ficava pros meus luxos que eram muitos. Em algum momento eu me pensei consumista, ambiciosa, mas não, a vida era uma macieira diversa e eu queria comer de tudo.

Comi e comeria.

De carro com Antonina, era apenas o tempo de uma catarse e uma autoanálise matinal.

A faculdade era enorme, tanto que levava mais tempo até o meu bloco C que pra chegar a ela. Apesar de todos os passos que precisei dar, os únicos atrasados eram o professor de latim e hermenêutica, Ricco Sotero e a Antonina Vilela, que apesar de morar e vir comigo, tinha se perdido a caminho do bebedouro e não voltava. Logo quem importava.

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