Prólogo

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Séculos Atrás

Perséfone

Estou ao lado do meu querido imperador, mesmo que o nosso casamento não tenha acontecido por amor, com o passar do tempo aprendi que por baixo daquela postura e olhos frios existe um coração repleto de bons sentimentos, só nos braços de Hades que me sinto querida, amada e livre para ser quem eu desejar.

Sinto uma ligeira mudança no meu corpo, meus cabelos estão mudando de cor, algo que sempre acontece quando chega a primavera, aos poucos o tom arroxeado dos meus longos cabelos vão escurecendo até ficarem com um tom forte de vermelho, sei que chegou o momento de deixar o submundo por seis meses, não posso deixar de cumprir a minha obrigação como deusa da primavera.

Recebo um beijo no meu pescoço, viro de frente para o meu moreno e nos beijamos carinhosamente.

Hades: Pode ir tranquila para a terra, sabemos que isso é inevitável, mas saiba que esperarei ansiosamente que esses seis meses passe para a ter novamente em meus braços.

Perséfone: Também estarei ansiosa para o momento de estarmos juntos novamente, o meu coração sempre será seu, meu amor.

Nos beijamos novamente, mas dessa vez senti algo estranho, como se fosse a última vez que nos beijávamos, como se eu fosse perder o meu marido, mas isso deve ser coisa da minha cabeça, afinal somos imortais.

Uso os meus poderes para chegar na terra, lugar onde fui criada pela minha mãe, uma casa simples porém muito confortável, um lugar bem longe dos outros deuses, chego na casa e dou um forte abraço na minha querida mãe, sei que ela sente falta de vivermos sempre juntas, mas sabe que isso não é possível o ano inteiro.

Estava fazendo o meu trabalho na terra quando recebo uma mensagem telepática de Hipnos, o submundo foi atacado por Atena e seus cavaleiros, eles queriam levar para a terra o cavaleiro de ouro de sagitário que morreu por envenenamento de cobra, pois é o guerreiro mais forte do exército e eles estão em guerra contra Poseidon.

Todos os deuses sabem que quando um humano morre, ele não pode retornar à vida, mas Atena passou por cima de todas as leis dos deuses, atacou o submundo e como nunca fizemos guerra, não temos um exército treinado, meu amado mundo foi devastado, meus espectros teve suas almas seladas e o meu imperador teve o mesmo fim, o mundo ficou em desequilíbrio por causa de uma deusa mimada e pela primeira vez senti ódio.

Século XVIII

Novamente o exército do submundo é derrotado pelos cavaleiros de Atena, depois da invasão que sofremos, nunca mais voltei a pisar no submundo, Hades colocou o seu verdadeiro corpo em repouso nos Elísios e a cada 200 anos usa o corpo de um mortal com a alma pura para lutar contra Atena.

Atena jamais foi punida por ter invadido o submundo, Zeus jamais puniria a única filha que ele ama e as deusa da justiça não puniu Atena porque nenhum deus gosta do submundo embora todos saibam que precisam para manter o equilíbrio do universo.

Meu sangue ferve de ódio, meu coração chora todos os anos que passei longo do meu amado Hades e dos espectros que são meus queridos amigos, decido que preciso mudar de postura, não me importo mais se causar problema aos humanos, pois eles são protegidos pela deusa que eu mais odeio.

Visto um vestido preto, saio do Olimpo, embora não goste desse lugar, é onde moro há séculos pois foi proibido dos deuses que tem corpo imortal de viver na terra, chego no submundo e após chorar a beleza que não possui desde a invasão de Atena, uso todo o meu cosmo para acordar o meu marido e enfraquecer o selo das almas dos espectros, assim o meu imperador volta a usar o seu corpo original, mas o seu cosmo está na metade do seu poder total e o mesmo acontece com oa espectros, mas agora temos 200 anos para treinarmos e assim vencermos Atena. 

Revanche do SubmundoOnde histórias criam vida. Descubra agora