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Me levanto da cama um pouco tonta, e enrolo o lençol em meu corpo. Jaime dormia do meu lado de bruços então eu apenas me abaixo lhe dando um beijinho leve pra não acordá-lo.

Vou ate a cozinha pequena procurar algo pra comer e quando abro a geladeira, encontro apenas água, cerveja e alguns alimentos congelados.

O que esperar de homens?

Pego uma cerveja e abro, já dando um gole. Eu estava morta de sede depois de todo aquele "trabalho".
Enquanto bebo minha cerveja, paro no tempo com um sorriso bobo no rosto, pensando em nós dois. Poderia ser diferente quem sabe, poderia ser algo a mais. Eu não queria ser preciptada mas eu realmente havia gostado de estar com ele.

Espanto meus pensamentos e entao resolvo abri o congelador, na esperança de encontrar pizza, hamburguer ou algo assim, mas quando abro dou de cara com algo redondo dentro de uma sacola plastica. Coloco minha cerveja em cima da pia ao meu lado, e de forma curiosa e inocente, puxo pacote la de dentro. Estava pesado e um pouco fedido, o que me deixou mais curiosa ainda.

Coloco a sacola no mesmo lugar onde havia deixado a cerveja e com cuidado abro um único nó que foi fado nela. Descubro que estava enrolada num pano, e mais curiosa ainda eu abro o pano, dando de cara com uma cena digna de filme de terror.

Era uma PUTA de uma cabeça em decomposição.

Eu dou um pulo pra trás, me asbarrando na mesa, com as mãos tremulas.
Levo uma delas ate minha boca tentando não gritar, encarando aquela cabeça com olhos ainda abertos, lotada de sangue, e um pouco preta.

Meus olhos começam a marejar, e as lagrimas quentes descem pelo meu rosto, de forma descontrolada.

- Meu Deus... Meu Deus... – susurro baixinho, com completo desesepero.
Corro pro quarto tentando fazer o minimo de barulho possível, e abro o guarda roupa de Jaime, que ainda dormia feito anjo, ou demonio!
Eu precisava encontrar seus documentos ou algo do tipo, mas ao invés disso, dou de cara com um gesso de braço. Pra que ele queria aquele gesso de braço se não tinha braço nenhum quebrado?

Então, com a boca seca e o coração disparado, me lembro da menina dando o depoimento dizendo que o homem que havia pego a sua amiga, tinha um gesso no braço.

- Não pode ser... – murmuro me afastando do guarda roupa, e me sento na cama. Eu sentia tanto medo, que não seria capaz de explicar a ninguém.
Ao lado da cama dele tinha uma escrivaninha, bem onde eu havia largado minha bolsa, e pra minha surpresa, um batom vermelho estava ali tambem.
Era a prova de que Jaime era o serial killer.
Como eu pude ser tao idiota?
Ele se aproximou de mim tao rapido, sabia meu nome, tinha meu numero e ate meu endereço. Foi ele que estava na ponte aquele dia e em seguida foi atras de mim na boate!
Me levanto da cama num salto e encaro aquele ser nojento deitado ao meu lado. Passo a mao na boca com nojo do que havia acabado de acontecer ali. Nojo por ter gostado dele, pelas mentiras, nojo pelas vidas que ele tirou.
Corro pelo quarto catando as minhas roupas e vestindo o mais rapido que eu posso, assim que eu saísse da casa dele, eu ligaria para a policia, seria mais seguro pra mim pois eu não estaria mais em sua casa.

- E se estiver mais alguem aqui? – penso preocupada, me lembrando dos filmes que já vi, entao corro pelo pequeno apartamento ate chegar ao banheiro. Olho ao redor e não havia nada ali.

Meu coração se acalma, e eu fecho a porta.

Seria o fim do terror que aquele serial killer causava e seria pelas minhas mãos.

- Karol?

Ouço a voz dele atrás de mim, e meus olhos se arregalam de pavor, eu não conseguia respirar.

- Voce mexeu no meu congelador?

Eu conseguia ouvir seus passos lentos atras de mim, em minha direção.

- Escolha errada.

Eu me viro, e então não enxergo mais nada, apenas a escuridão.

FIM. (ou nao)

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⏰ Última atualização: Oct 12, 2019 ⏰

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