Na tentativa de vingar a morte de seu avô um jovem começa uma jornada pelo Reino de Oghami na terra Média.
Carregando um colar herdado de seu avô, Hilden não imagina o quanto valioso é a pedra contida nele, porém muitas pessoas sabem e tem interess...
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Alguns quilômetros na floresta, Hilden era levado como prisioneiro pelo grupo, ele ficara desacordado por quase uma hora, o que foi tempo suficiente para se distanciarem muito do ponto de sequestro.
O garoto fora acordado pelos bárbaros que revezavam momentos de risadas com momentos de brigas e discussões, ainda um pouco desnorteado percebeu estar em uma espécie de jaula que era puxada por um solitário cavalo.
Ele olhou ao redor tentando obter alguma informação de onde estaria, haviam árvores que pareciam ser gigantescas sequoias que formavam uma espécie de muro ao redor, ele percebeu estar no centro de uma clareira, a noite estava a minutos de cair e fazia frio.
O cheiro de algo assando impregnava o ar, fato esse que chamou sua atenção e o fez levantar, olhou a fumaça se esgueirando no ar à direita de onde estava e então percebeu vir de uma fogueira.
Parecia um acampamento e sua única dúvida era se estava muito longe de casa. Ele estava confuso, "flashes" da morte de seu avô batiam em seus pensamentos a cada minuto, isso o fez lembrar da dor que sentia na cabeça, o gesto involuntário levando sua mão esquerda até próximo de sua testa revelou um pouco de sangue.
Ele se sentia fraco e então voltou a sentar, os homens grunhiam feito animais e de fato passou pela cabeça do garoto se seriam animais.
Os bárbaros comiam e discutiam, bebiam e riam e isso deixava Hilden muito furioso, pois ele não conseguia engolir o fato de fazerem isso após terem matado seu avô, o pior sentimento era o de impotência, estava preso ali e não podia fazer nada.
Um grunhido bem alto encerrou uma discussão mais fervorosa que dois dos homens estavam tendo.
- Gaya agus Ílla stadfaidh, nó stadfaidh mé! (Gaya e Ílla parem, ou eu irei pará-los!).
Os dois ficaram em silêncio imediatamente, era o bárbaro mais alto que esbravejava. Ele tinha uma longa barba Negra e usava uma armadura um pouco diferente dos outros, havia uma espécie de coroa sobre o almafre e o elmo, tinha uma longa cicatriz na sua testa, tons de ouro também diferenciavam sua armadura. Hilden tinha a certeza, ele era o líder do grupo, não haviam mais dúvidas.
- Khama caithfimid dul shuas. (Arrume as coisas Khama, temos de ir.).
- Sin ceart! Déanfaidh mé sin, ri Khud. (Tá bem! Farei isso, Rei Khud).
Khud'Hai olhou para Hilden com seus olhos negros e frios, mesmo sentado o garoto podia vê-lo de longe.
- Bhí tú ceart, sheirbheáil na caoirigh seo ar rud éigin Rí Khud. (Você estava certo, essas ovelhas serviram para algo, Rei Khud).
Khud'Hai continuou em silêncio, não mudou sua expressão fria, apenas continuava olhando o jovem fixamente. Ele então calmamente andou até próximo da fogueira e pegou algo. Hilden não conseguiu ver o que era, depois voltou e foi em direção para onde estava o garoto, a cada passo que ele dava em direção da jaula o coração do jovem disparava, era uma mistura de ódio, medo e apreensão.
