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Já é domingo de manhã perto das 11h, eu acordo sem despertador, porém com meu celular tocando indicando que chegou uma mensagem.

Han Jisung

Esqueça o que aconteceu.

Quando cheguei em casa de madrugada não tive coragem de falar com ele, ainda não acreditava no que havia acontecido, e não sabia exatamente o que falar então decidi apenas dormir.

Eu

Tá tudo bem?

Han Jisung

Sim, só... você é meu professor, ainda temos muitas aulas juntos e eu não sei exatamente o que deu em mim, mas finja que nada aconteceu.

Eu

Ah... Tudo bem.

Eu concordo com a decisão, apesar que acho meio difícil fingir que nada aconteceu, aconteceu sim e foi bom, muito bom, e eu sei que ele gostou também. Mas não consigo parar de pensar em como vai ser ver ele amanhã na aula, já estou ficando nervoso novamente.

Não conversamos mais durante o dia, mas ele não saiu da minha cabeça, tentei me distrair mas estava sendo bem difícil não pensar, e cheguei a conclusão que não vai dar para simplesmente fingir que não aconteceu. Eu ainda não sei como vou fazer isso, mas vou mostrar para ele que isso pode ser interessante.

Certo, meu despertador toca, e eu acordo sem muita dificuldade, pensei que estaria nervoso mas estou bem animado, principalmente para ver ele. Faço toda a minha rotina antes de sair em direção a faculdade.

Sinto um arrepio quando estaciono o carro lembrando do que aconteceu aqui no sábado e consequentemente lembrando do que aconteceu na festa a noite.

Cheguei na sala de dança um pouco antes do comum e portanto não havia ninguém lá. Os alunos foram chegando aos poucos, até que quem eu mais esperava passou pela porta, Jisung me olhou mais tímido que nunca, aquelas bochechas redondas estavam vermelhas, ele quase nem olhava para frente, só para o chão, aquilo era errado, mas eu só queria pegar no queixo dele com a mão, levantar aquele rostinho lindo e dar um beijo naquela boca ali mesmo, na frente de todos. Calma, foi só um beijo, eu preciso me concentrar na aula e preciso concluir meu estágio para conseguir me formar, não posso fazer besteira.

— Bom dia, vamos começar... — respirei fundo e mantive o foco para dar aula.

Ao fim da aula, eu não aguentava mais só olhar para aquele esquilinho tímido, esperei que alguns dos alunos saíssem e o chamei.

— Han, espera um pouquinho. — ele me olhou sem reação, com os olhos arregalados e a boca meio aberta.

Esperei todos saírem da sala e ficou apenas nós, Olhei pra ele e ele estava me olhando, os olhos brilhando, as bochechas vermelhas, e então eu fui andando em sua direção e a cada passo que eu dava ele dava um para trás, até se chocar de leve no espelho da sala e não ter mais pra onde ir. Eu continuei andando até chegar bem próximo dele, sua respiração estava ofegante, meu coração estava acelerado.

— Tem certeza que quer fingir que nada aconteceu? — ele nem pisca, engole em seco — Fala a verdade pra mim, — passo a minha mão direita por seu braço esquerdo até o seu pescoço — que você se arrepia com o meu toque, — aproximo minha boca do seu pescoço — que você fica ofegante quando eu me aproximo assim, — dou um leve selinho no pescoço e escuto ele respirando fundo, aproximo minha boca da sua sem encostar sinto nossos hálitos se misturando — e que você também não parou de pensar em mim, como eu não parei de pensar em você. — Nossas bocas se encontram novamente, o mesmo beijo de sábado, porém sem gosto de bebidas, ele se envolvia mais a cada segundo, estava muito claro que ele não queria mais fingir, aproximo nossos corpos ainda mais, pressionando seu corpo contra o espelho enorme da sala, suas mãos envolvendo minha cintura com vontade, o beijo estava ficando mais quente, eu coloco aos pouco a mão por dentro da sua camiseta, suas costas estão quentes e sinto ele se arrepiar, paro o beijo por uns segundos pra beijar seu pescoço, ele solta um gemido baixinho e se contorce a cada beijo.

dance to me, babe - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora