Capítulo 2

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Quando chego ao meu quarto,vou logo pegando uma toalha,e me direciono ao banheiro particular que tenho,o que por sinal é um de meus lugares favoritos,pois,é aqui que paro pra pensar em todas as merdas que acontecem em minha vida,e muitas vezes choro o bastante para me sentir um pouco aliviada,o que não é o caso de hoje,me sinto chateada como sempre mas nada em especial só preciso mesmo de um banho relaxante.
Alguns minutos depois estou de banho tomado,cabelos penteados e de pijama já me preparando para dormir.
"Espero,pelo ao menos hoje ter uma boa noite de sono,não aguento mais parecer um zumbi perambulando pelos cantos" Digo em voz alta esperando que meu desejo seja realizado.


Na manhã seguinte acordo com o barulho do despertador,me sento na cama e quase não acredito na noite "perfeita" que tive,não me ocorreu nenhum pesadelo terrível,nem insônia,dormir feito "pedra" pra falar a verdade não sei nem qual foi a última vez que isso aconteceu.O que provavelmente não deve ser um bom sinal,estou tão acostumada com coisas ruins acontecendo,que sempre que algo relativamente bom acontece comigo,já espero o pior no fim do dia.
Tomo um banho,escovo os meus dentes,me arrumo e desço para tomar café.
"Bom dia,querida!" Minha mãe me cumprimenta sorridente,ela sorri bastante normalmente,está sempre muito feliz,o que me deixa bem estressada por eu não entender como ela consegue ter a vida tão perfeita,com tudo que nós aconteceu.Mas hoje ela está muito além do normal,pelo visto tem algo acontecendo e eu não sei o que,mas algo me diz que é "O pior do final do dia."
"Bom dia!"
"Olá filha,bom dia!! Dormiu bem?" Meu pai pergunta com entusiasmo.Com certeza deve estar acontecendo alguma coisa,meu pai mal lembra que eu existo,e ontem ele me buscou pessoalmente na terapia,e hoje está sorrindo e perguntando se eu dormi bem?
"Tá legal,tá legal! Podem parar de cena por favor e me contar logo o que está acontecendo aqui?." Pergunto curiosa.
"Não está acontecendo nada meu amor,só estamos querendo saber como você está se sentindo." Minha mãe responde pagando uma xícara de café.
"Huum" Concordo sem acreditar muito.
Depois do café super estranho,pego minha mochila e saio para ir à escola.
Entro no carro e então Toni arranca,como de costume ele me pergunta como estou,como tenho ido na escola,como vai a terapia e blá,blá,blá,blá.
Vou respondendo com o mínimo de interesse possível até chegarmos a escola,eu estudo na Avenues segundo o Google a escola mais cara do estado de São Paulo,e teria como eu não estudar aqui tendo o pai que tenho? Enfim é uma escola cheia de gente mimada,que tem tudo o que quer é quando quer,a única coisa que salva aqui são minhas duas melhores amigas,Thays e Sarah elas são tudo que ainda tenho nessa vida,eu sei que elas não me compreendem tão bem quanto gostaria,mas elas me apoiam nos piores momentos e isso já é o bastante pra mim.
Andando pelo corredor até encontra-las,todos me olham como se eu fosse uma aberração,ou alguma garota que acabou de sair de um filme de terror e que está pronta para matar todo mundo ali,eu já nem os julgo mais afinal eu sou a garota esquisita que só usa roupas pretas,e lápis forte nos olhos,totalmente revoltada com a vida,muito diferente deles que vivem num mundinho cor de rosa,cheio de arco-íris e coelhinhos saltitantes.

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