Já era manhã, Yunho acordava pontualmente às 7h, todos os dias. A primeira coisa que fazia era colocar uma de suas mãos ao lado da cama, que agora, estava vazia. Já se completavam 730 dias, exatamente dois anos desde que o seu namorado, Mingi, havia ido servir ao exército.
Yunho sorriu, levantou-se da cama rapidamente, hoje o dia seria diferente. Seu amado iria voltar para vê-lo e Yunho não tardou em se prontificar. Foi diretamente ao toalhete que ficava próximo a um de seus criados. Estava desnudo, colocando a água quente para preparar a banheira ao qual iria se limpar, não demorou muito e tomou seu banho de rotina. Escovou os dentes, seu sorriso deveria estar o mais branco possível, Mingi adorava ver o namorado sorrir, e por ser um dia especial, Yunho queria que seu sorriso fosse um dos mais reluzentes que o namorado poderia já ter visto em seus cinco anos de namoro.
Ao sair do banheiro, Yunho correu como um adolescente ansioso para escolher a roupa do seu primeiro encontro. Não precisava ser algo tão formal, afinal, o namorado já havia o visto de todas as formas. Se prontificou em escolher uma camisa branca como a neve, o tecido era leve, perfeito para o dia que se passava. O calor era, pela primeira vez, agradável.
Yunho sorriu ao abrir as janelas, o sol estava lindo, a brisa que batia em seu rosto tinha frescor e cheiro de lavanda. Seu jardim era lindo, colecionava as mais belas das flores e cada uma que florescia ali, foram mudas recebidas de seu amado.
Mingi, apesar de longe durante os dois anos, nunca se esquecia de seu amado. Sempre enviava cartas e presentes para Yunho, e os preferidos do homem, eram sempre as caixinhas de sementes que Mingi fazia questão de procurar em todas as viagens que fazia para servir ao seu país.
Descendo as escadas com um sorriso apaixonado, Yunho preparou seu café da manhã, depois alimentou seu cachorro, Bruce — um Doberman de apenas três anos, que dormia feito um bebê em sua casinha de madeira lá fora. Mingi lhe deu Bruce quando Yunho perdestes sua cadelinha Akira, uma Golden, por conta de um tumor em duas das mamas. A única condição que Mingi deu ao namorado, foi que o cãozinho deveria dormir no terreiro, afinal, não iria dividir a cama com seu cachorro, junto ao seu amado. Bruce era um cão mimado, apesar de aparentar ser um cão bravo, era doce. Certamente a criação que o casal lhe deu foi suficiente para facilitar o desenvolvimento de sua personalidade.
Depois de seguir sua rotina matinal, Yunho sentou-se no sofá, ligou a TV em um canal qualquer e logo pegou seu celular, que estava na mesa de vidro de frente ao sofá. Desbloqueou a tela do mesmo e viu que não havia nenhuma notificação ali. Logo seu semblante mudou, Mingi teria se esquecido do amado? Talvez apenas tenha se esquecido, logo pensou. Digitou rapidamente um sms para o namorado.
“Amor, estou lhe esperando! Por favor venha depressa.”
Deixou seu celular de lado, esperando ansioso por uma resposta. E em um curto período, ouviu seu celular vibrar e o pegou ansiosamente. Sorriu ao ver que a notificação vinha por conta de um sms de seu namorado.
“Bom dia amor, me desculpe, me atrasei um pouco. Havia me confundido ao preparar as coisas do vôo, sabe como sou estabanado quanto a isso. Me espere mais um pouco, brevemente estarei ao seu lado para acabarmos com toda essa saudade. Eu te amo!”
Yunho sorria, sabia o quanto Mingi era bobo com organização. Quando mais jovens, foram para uma praia junto aos seus amigos, e antes mesmo de saírem de casa, Mingi já estava subindo as escadas correndo.
- Amor! O que houve? Estamos atrasados. Vamos, vamos. — Yunho olhava preocupado, vendo o amado desenfreado subir e não lhe responder. — Pouco depois, o barulho da escada se veio presente, viu o namorado descer com um sorriso sapeca nos lábios.
- Eu havia me esquecido da minha identidade. — Mingi disse levantando o documento para o alto, dando um sorriso convencido de que dessa vez teria se lembrado até cedo demais.
- Ai Song Mingi, só não se esquece da cabeça por a mesma estar grudada nesse seu pescoção.
Yunho sorria ao ter pequenos flashbacks. Mesmo anos se passando, ainda era apaixonado na mesma medida pelo grandão.
Horas se passaram, Yunho olhava para o relógio por todo momento. Já havia feito tudo o que tinha para fazer. Já havia almoçado, a tarde começava a vir. Estava entediado, ansioso e seu coração estava prestes a explodir. Já era quase 14h e nada de Mingi aparecer. Bom, até então, pois no mesmo momento ouviu o som da campainha.
- Meu Deus, será que é ele? Porra Yunho, burro, burro. É claro que é ele! Você está pensando que teria visitas? — Dava pequenos tapinhas em sua testa.
Bruce latia e chorava lá fora, ele só fazia isso quando um dos dois estavam em casa. Apesar de ter passado a maior parte do tempo com seu dono Yunho, Mingi era seu preferido.
Yunho não tardou-se em correr desparado até a porta, se quer olhou pelo olho mágico quem era. Ao se confundir com tantas emboleiras no chaveiro, conseguiu abrir a porta. E naquele momento, havia ficado estático, com um sorriso no rosto. Uma lágrima lhe escorreu e Mingi não esperou o namorado se tocar que o mesmo estava ali, apenas o abraçou forte, como se Yunho fosse o seu único mundo, e pelo que se esperava, o afeto foi retribuído em dobro.
- Eu esperei por ti à tanto tempo meu amor — Mingi acariciava a bochecha de Yunho, a tocava como se fosse uma das porcelanas que o namorado guardava suas plantas. Seu toque era delicado e apaixonado, nada havia mudado.
Yunho não disse nada, apenas selou os lábios de seu amor. Um toque singelo, prontificou-se a passar para um toque mais quente. Mingi passou sua língua no lábio do namorado, enquanto o outro correspondia, apertava a cintura o fazendo arfar. Bruce que estava ali, olhando tudo sem entender, apenas foi para fora e deitou em sua casinha. O papai não iria lhe dar atenção agora, muito menos petiscos.
Mingi se separou de Yunho, fechou a porta e logo deu um pequeno selar nos lábios de seu amor. O pegou no colo, sorrindo, subiu as escadas e o colocou na cama, acariciando suas mechas macias.
- Me ame forte Mingi, me coloque nas nuvens, me leve para outro mundo! Porque ninguém mais vai levar e eu não quero ficar mais sozinho. Leve meu coração e me deixe perder o controle mais uma vez. — Yunho dizia pausadamente, selando os lábios do namorado a cada palavra dita.
- O jeito que a gente se move na hora certa. Sério, você tem habilidades pra me surpreender Yunho. Não me deixe louco dessa maneira. — Mingi beijava o pescoço do namorado, mordiscava cada pedaço de pele quente que tinha ali. Apertava a bunda do namorado como se a mesma fosse um pedaço do céu. Estava pronto para tornar Yunho seu novamente.
E naquele dia, Yunho e Mingi se amaram de forma única. Fizeram amor de todas as formas, compartilharam as experiências que passaram durante os 730 dias longe um do outro. Amaram Bruce, amaram a hortinha e se amaram como nunca amaram alguém antes. Yunho, havia matado toda a saudade que seu amor lhe proporcionou, aproveitou cada momento junto à ele. Afinal, Mingi era seu soldado, um soldado que abaixou suas armas para amar o seu belo e único, amor.
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Soldier - Yungi
FanfictionMingi era seu soldado, um soldado que abaixou suas armas para amar o seu belo e único, amor.