One-shot Bugehad
Betty é uma ótima assistente. Eficiente, dedicada, está sempre trabalhando e acima de tudo, tentando evitar cair no charme de seu chefe. Mas como resistir ao inevitável? Como não cometer o mesmo erro? Jughead não está disposto a per...
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Fingir não torna menos verdade. Fugir não resolve os problemas. Fechar os olhos não é sentir.
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As portas do elevador se abrem no último andar da editora. A Jone's Artsy é uma das maiores editoras do país, graças ao enorme esforço com que as pessoas que trabalham aqui levam sobre os ombros esse nome. É um lugar de pessoas apaixonadas, obstinadas e dedicadas ao que fazem, junto com um Presidente que participa ativamente de cada detalhe de um livro. Isso que eu chamo de dedicação.
Jughead é dedicado a tudo que faz, acho que sempre foi, porque quando as pessoas falam dele é com respeito e admiração, quando olham para ele é com um brilho estranho no olhar, como se estivessem vendo uma espécie de milagre. Mas acho que se você conseguisse levantar um editora do zero aos 18 anos e dez anos depois, fosse um dos melhores no ramo, com publicações de sucesso pelo mundo todo, formado em duas faculdades com honra e com um baita sorriso de milhões de dólares, também seria um milagre.
Estou viajando de novo, sou assim, ou pelo menos, sou agora. Uma perdida, desde que voltamos da turnê para o lançamento do último best-seller pelo país. Washington DC e Chicago são marcos na minha agenda até minha morte, eu garanto.
O que eu fiz com aquele moreno em uma cama de hotel… Deus tenha piedade da minha alma, porque meu corpo está perdido.
Sou só uma secretária, uma substituta temporária, estou no lugar de Felícia enquanto ela está de licença maternidade, mas droga, não imaginei que iria para cama com meu chefe. Não mesmo. Ele deveria ser o babaca arrogante clichê de todos os livros. Deveria ser o idiota que intimida, cheio de defeitos, grosseiro, manipulador e carregado de problemas.
Deveria. Mas aprendi rápido que Jughead não é nada do que se espera, uma caixinha de surpresas, ele é gentil, caloroso, cativante e porra, gostoso como deve ser… Ele não deixa de ser o bad boy, ele não precisa de um copo de whisky, nem de uma gravata apertada, nem sapatos sociais para ser o maldito CEO que persegue meus sonhos.
Com camisa listrada de botões, blazer azul, tênis, cabelo escuro, olhos verdes, óculos e com tatuagens pelos braços musculosos e peito definido, é a própria definição de paraíso.
Meu milagre particular.
— Betts, você vai derramar todo o café!
Veronica fala exasperada me fazendo sair dos meus devaneios com um susto de fazer o espírito tremer.
Acabo derramando café na minha saia, manchando o tecido preto e marcando a meia calça que estou usando. Merda.
— Caralho!
Sinto a pele queimando e largo a xícara e a garrafa de café de qualquer jeito sobre o balcão já ensopado de café, espirrando o líquido escuro para todos os lados enquanto corro para pegar papel toalha sobre a pia.
