Desenho Do Meu Fascínio

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[ 9:00 AM ]

Fazia 2hs que estávamos na estrada a caminho do inferno vulgo internato, minha mãe e minha avó estavam no banco da frente conversando animadas enquanto eu estava no banco de trás de braços cruzados dando meu quadragésima suspiro entediado olhando a paisagem cercada por árvores de pinheiros, o céu azul límpido com o sol dando o ar da graça.

Olhei para minhas vestes, vendo o moletom Branco me cobrindo o torso até a metade das coxas vestidas por uma calça jeans azul escuro e um par de tênis brancos, meus cabelos loiros cobertos pelo boné branco, hoje optei por não usar meus óculos e sim as lentes castanhas sobre meus olhos lilás.

— Quanto falta? — Perguntei chamando a atenção das duas ômegas a frente.

— Já estamos chegando querido — Falou minha mãe me olhando pelo retrovisor dando um sorriso mínimo.

Mary Taylor, minha mãe e eu somos a réplica um do outro, as bochechas gordinhas, os lábios grossos, os olhos pequenos mas a única diferença é seus olhos são azuis feito o céu, minha mãe é alegre e muito trabalhadora, então me sinto um merda fazendo ela pensar que meus comportamentos rebeldes eram culpa dela.

Sei que ela entende meu lado sabe que foi um engano mas ela pós na cabeça que a culpa de eu ser assim foi falta de atenção e que precisa ir para lá pra quem sabe melhorar. Não sei de onde ela tirou essa idéia tosca.

— Poderíamos está indo para a nossa casa de praia nesse momento mas você foi se misturam com aquele esquisito... — Minha avó começou a dizer olhando para a paisagem enquanto negava com a cabeça.

Zilda Taylor, minha avó paterna que tem uma certa implicância comigo, talvez esse ranço por mim veio quando fiz dezesseis e me descobri Lúpus igual a ela, a mesma queria me guiar, para ser um bom marido para um outro garoto Alfa Lúpus, mas não fui no dia do encontro, isso a enfurece até hoje.

— Se for fala suas arneiras eu pulo desse carro — Minha avó não gosta nem um pouco de Ruth e o sentimento é recíproco.

— Os dois por favor parem por um minuto, o  Than entendeu que errou, e não fale do Ruth assim, ele também precisa de ajuda... — Falou minha mãe olhando para minha avó logo depois para mim voltando a atenção a estrada com poucos carros e a paisagem viva la fora. O carro ficou em silêncio depois por um tempo.

— Chegamos... — Falou minha mãe passando pelo portão de entrada já aberto, Foi impossível não fica de boca aberta diante daquilo.

A "escola" tava mais para um castelo literalmente, torres com telhados pontiagudos, as paredes de pedras claras, até as janelas nos deixava boquiabertos, deve ter várias salas e já me via perdido ali, sem dizer do jardim na entrada de tira o fôlego só de imagina aquilo a noite e a floresta ao redor, deixava o lugar mais lindo.

Fiquei tão deslumbrado olhando para todos os lados daquele lugar que não vi quando paramos em uma fila de carros onde sai outros alunos.

— Bom...minha hora... — Falo pegando minha mochila olhando para minha mãe que tinha os olhos marejados.

— Promete me ligar todos os dias?!