NA MIRA.

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" CORRA E NÃO OLHE PARA TRÁS!         TALVEZ
NÃO GOSTE DO QUE VEJA"

O

som de gatilho sendo puxado irradiou por todo o ferro velho que permanecia na penumbra isolada daquele horripilante lugar! A noite parecia já não mais se mover rumo ao amanhecer.

Foi o primeiro gatilho sendo puxado que fez a dupla que se olhava paralisar no lugar... E foi exatamente mais sete sons de armas repetindo o mesmo processo que fez o casal se jogar no chão instantes antes de uma saraivada de tiros atingirem o ar onde estava suas preciosas cabeças...

E as últimas palavras que se escutou antes que o pandemônio começasse foi uma simples palavra:

— Corra!

1 hora antes!

O som de marteladas fez a jovem Illyan olhar curiosa para Wes que acaba de estacionar o carro, assim que saíram do hospital rumo ao que o Hartmam ao seu lado julgava ser pistas de uma tentativa de homicídio. Wes dirigiu para o lado contrário ao do acidente ou até mesmo para longe do Ferro velho chamando Ferrovil que deveria ser nossa real parada. 

Wes desce do carro e Illyan o segue, os dois param em frente a um galpão iluminado apenas por uma pequena luz  no meio da porta de entrada, que já se encontra entreaberta.

— Fique atrás de mim e não fale nada! Wes ordena indo em direção a porta.

Illy revira os olhos e  corre para ficar ao lado de Wes, que a olha com a testa franzida — Você não poderia obedeçer pelo menos uma vez na vida uma ordem? — Não! A não ser que eu queira, o que no momento não está acontecendo — Não me diga!

O herdeiro Hartman bate com força na porta, e o som de marteladas some, logo passos se aproximam e a porta é escancarada com uma velocidade impressionante. O galpão está estranhamente bem iluminado o que faz com que Illy feche os olhos.

— Olá! Wes cumprimenta alguém que Illy não consegue enxergar já que ainda está com os olhos sensíveis.

A jovem abre os olhos e os arregala máximo possível, para tentar enxergar:

— O que ela está fazendo? Uma voz femimina pergunta, Illy consegue ouvir Wes limpando a garganta — Eu não faço ideia — Só um segundo. Illy pede, dando um passo para longe da claridade, assim a jovem da algumas batidinhas no rosto semicerra os olhos e olha para a mulher que a está encarando-a confusa:

— Olá! Illy cumprimenta com um sorriso estranho no rosto, a mulher deve ter uns 40 anos alta, pele escura e cabelo cacheado... Tão cacheado e volumoso que Illy sente vontade de apalpar sua cabeça.

— Você tem o que preciso? Wes interrompe. A mulher olha de mim para Wes, parece tomar uma decisão — Venha comigo!
Nós a acompanhamos para dentro do galpão bem iluminado, o lugar está com várias pessoas que trabalham com algumas ferramentas, passamos por um homem baixinho que bate em um ferro com um martelo, o horário que eles estão trabalhando me faz questinar o que realmente eles fazem ali, mas isso é respondido quando a mulher nos leva para um alçapão no chão, ela abre e pula lá dentro, Wes abre para mim e faz sinal para que eu pule:

— Não quer ir primeiro? Pergunto — Está com medo? — Medo? Lógico que não! Só tenho receio de deixar você para trás, vai que se perde no caminho — Deixe de besteira e entre no alçapão — Por que não, não é mesmo? Wes revira os olhos.

Assim que desço pela escada, consigo ouvir barulhos de vozes conversando:

— Vem jovem! A mulher me chama — Claro! Falo com a voz um pouco fina de mais, olho para cima e não vejo Wes, franzo a testa confusa, já era para ele estar aqui dentro!

UM HARTMANOnde histórias criam vida. Descubra agora