be brave *.✧ reddie

0.5

“Eds…?” ele sussurrou, com a voz quebrada. Ali estava ele novamente. Ajoelhado no chão daquela caverna estranha que era o ninho da Coisa, com uma mão apoiando a cabeça de Eddie e outra pressionando sua jaqueta no ferimento em seu peito, tentando, inutilmente, parar o sangramento. “Ei, tá tudo bem. A gente vai te tirar daqui.”

“Richie…” a respiração de Eddie estava ruidosa, como se ele estivesse lentamente se afogando. Se afogando no próprio sangue. “Você tem que ir agora. Tem que ajudar eles.”

“Mas-”

“Você tem que ir.”

“Eu não vou te deixar.”

“Eu não vou a lugar algum.” A mão de Eddie envolveu a dele, e seus olhos o encaram. Mesmo aqui, na escuridão, com os cabelos molhados e o rosto ensanguentado, Eddie era tão bonito. Richie se inclinou, beijando a sua bochecha que não estava machucada pelo tempo que pôde. Quando seus lábios se afastaram da pele de Eddie, ele desviou o rosto para seus cabelos bagunçados, se escondendo ali. Mesmo com o odor de esgoto, Richie ainda podia sentir o fraco aroma do shampoo de Eddie. Ele sorriu.

“Eds, eu tenho que te dizer-” Richie ergueu a face, finalmente encontrando sua coragem para dizer o que sentia. As palmas de suas mãos suavam um pouco, e ele respirou fundo... E abriu os olhos. Sua garganta se fechou quando ele viu que, em seus braços, Eddie estava morto. “Não…” Ele murmurou, as lágrimas banhando sua face. “Eddie, por favor, eu ainda não te disse, por favor, por favor, por favor-”

    Richie abriu os olhos. Os cobertores sobre si estavam molhados e desconfortáveis. Ainda soluçando entre lágrimas, ele os chutou para o chão, passando as mãos pelo rosto.

“É só um pesadelo. É só um pesadelo eu… eu…” Sua mão correu para o outro lado da cama. O lençol estava frio. “Eu ainda estou dormindo.”

“Não é real. Nada disso é real. Eu só preciso acordar.”