WHATEVER - FILLIE

not the end of the story.

Aquela noite não foi de maneira alguma o final de qualquer história. No outro dia, eles tomaram café da manhã, foram ao cinema e caminharam pelas intermináveis ruas da cidade de Nova York, juntos. Passearam pela Times Square e o coração de Millie se acelerou ao passarem por cada loja que ela havia visitado com Finn na madrugada em que se tornaram amigos.

— Já sei, que tal irmos ao  Empire State? — ela sugeriu.

De algum modo, Millie conseguiu com que sua tia deixasse todos passarem, pois já era passado o horário de abertura para visitação.

Os amigos passaram por todos os salões e galerias que os separavam da vista do topo da cidade, correndo como se fossem crianças felizes atrás do vendedor de sorvete. Finalmente, as portas se abriram e eles foram para fora, sendo atingidos pela visão da cidade iluminada pelo sol, que ameaçava iniciar o seu crepúsculo a qualquer momento.

Eles se sentaram na beirada do prédio, encostados na grade metálica, deixando que a luz reluzente se recostasse sobre seus rostos. Ali, juntos, sentados no parapeito de um prédio, observando a vista e conversado sobre qualquer coisa, eles encontraram a utopia.

— Cara... eu queria que isso aqui durasse pra sempre. — Jeremy comentou, com os olhos vidrados no céu pré-poente.

— Será que vai? — Caleb perguntou. — digo, será que nós vamos ser amigos pra sempre, será que vamos estar sempre juntos e presentes um pelo outro, até o fim? O que... o que vai ser no futuro? Esse é o nosso último ano na foresthill, e se a gente se separar?

--Pelo menos nós nunca vamos esquecer esse dia. Prometam, prometam que não vão esquecer o dia de hoje, e que nós vamos fazer tudo para manter essa memória sempre viva. -- Maddie suplicou, como se pedisse por mais tempo, para não deixar nada disso ir embora.

-- Nós Prometemos. -- Lilia disse carinhosa, e pegou na mão de Maddie enquanto todos assentiam e concordavam que manteriam aquelas memórias.

-- Só... quem será que nós vamos ser? Vamos nos tornar médicos, advogados, artistas, astrofísicos, matemáticos, vamos ter uma banda de sucesso, virar o Spencer do Icarly, abrir um supermercado, vamos vender arte a praia, traficar drogas internacionalmente, virar mendigos juntos... o que é que a vida está esperando de nós? O que vamos ser, quem vamos nos tornar daqui pra frente? Quem vamos virar a partir de hoje? -- Sophia assumiu uma expressão de dúvida, quase preocupação.

Finn olhou para o céu, para  o sol que começava a se pôr. sentiu os raios entrarem pelas janelas do prédio e iluminarem os rostos dos amigos e o seu. Segurou na mão de Millie e de Jaeden, e aos poucos todos entrelaçaram seus dedos, formando uma ligação física que, mesmo que eles soubessem que em algum momento se quebraria, ia deixar marcas eternas, marcas de confiança, amor e carinho que jamais seriam esquecidas. 

Ali, com as mãos entrelaçadas, eles souberam. Finn, olhando nos olhos brilhantes de cada um, vendo a luz do sol incendiar as suas faces, fez eles saberem. Saberem que não importava o que se tornariam, quem seriam ou o que fariam dali pra frente. Que não havia por que se preocupar, pois ali, eles estavam juntos. e Isso era o bastante. e era tudo que importava. Ele observou os rostos preocupados assumirem calma e leveza, e sorrisos nascerem nos lábios de cada um daqueles ali presentes. Naquela fração de segundo, ele soube que todos o haviam entendido, que todos sabiam o que ele queria dizer. Que nada mais importava no mundo naquele momento, além deles todos ali, no topo daquele prédio, com aquele pôr do sol. Que eles estavam vivendo o aqui e o agora, e isso era mais do que o bastante.

então lá estavam eles, os 14 melhores amigos do mundo, sorrindo de mãos dadas e balançando as pernas no ar a centenas de metros do chão, apreciando a luz do sol agora alaranjado que incandescia cada uma das barras de metal aonde eles estavam encostados, sabendo que nada mais era prioridade naquela hora, além daquilo. E Finn mais uma vez sorriu.

-- Tanto faz.

-- ana.