* Millie P.O.V. *O segundo período estava começando, e o professor Clarke explicava a matéria como se sua vida dependesse de os alunos entenderem absolutamente todas as palavras que ele dizia.
A tal da matéria? Evolução humana.
Por razões desconhecidas,
— eu provavelmente chamaria de "instinto adolescente" mas razões desconhecidas também serve —,
A cada frase que o professor falava, pelo menos uma pessoa na sala ria por um motivo diferente.
No meio da explicação sobre quem era charles Darwin eu comecei a bocejar, e então decidi interagir com alguém para evitar que o sono me pegasse de jeito.
— Wolfhard... ansioso pra hoje?
Ele me olhou confuso.
— Johnny's, seis e meia.
Foi como se eu pudesse ver a sombra da nuvem indo embora e o sol voltando a iluminar os pensamentos dele naquela fração de segundo.
— ah! Claro!
— podemos até ir pra roger's track depois, se você quiser. Lá de noite é bem vazio, então da pra aproveitar mais do que de dia. Você vai gostar.
— Parece uma boa ideia.
— Nova York parece assustadora no começo, mas se você souber aproveitar tudo que ela tem a oferecer do jeito certo, vai começar a gostar daqui mais cedo do que espera.
Ele pareceu refletir sobre o que eu disse por um momento.
— é. Talvez eu me surpreenda.
— Vou garantir que esse "talvez" se transforme em um "com certeza" até o final da noite, você vai ver.
Ele me olhou de forma debochada ou desafiadora, não sei dizer qual. Provavelmente as duas.
Conversamos por mais alguns minutos sobre assuntos diferentes, ele conversava bem, era divertido.
— gostaria de lembrá-los que ISSO NÃO É UMA ANÁLISE PORNOGRÁFICA. — nos viramos assustados e vimos que o prof. Clarke parecia desesperado para mostrar para os alunos que a análise dele sobre a evolução dos órgãos genitais no ser humano ao longo da história não possuía nenhuma segunda intenção ou era uma "análise pornográfica", o que apenas nos fazia rir mais dele, de seu rosto vermelho como uma cereja e dos pênis dos homens das cavernas construídos com cera em museus ou com algum programa de digitalização qualquer.
Noah se aproxima da minha cadeira e faz um sinal para que eu me aproxime.
— o pau desse cara é minúsculo, o meu é o dobro do dele, de largura e de comprimento. Quer ver? — ele diz, brincando.
— eu não, mas o Jack com certeza.
— cala a boca, Millie.
— Cala a boca, noah.
Ele me lança um dedo do meio debochado e eu rio em resposta.
Sophia apenas observa fazendo cara de apaixonada e diz:
— aiai, como eu amo o amor desses dois... — e suspira, como uma lunática.
Ela faz cara de tédio.
— se comam, é o que eu quero dizer. Não, na verdade o Noah come o Jack e você come o Finn. UH UH JÁ SEI, FAÇAM UMA SURUBA VOCÊS QUATRO.
— Cala a boca, sophia. — Noah e eu dissemos em uníssono.
Ela soltou uma gargalhada abafada e tirou uma barrinha de chocolate da mochila.
Jack parece ter um sensor para doces, porque ele virou no exato segundo em que soph fechou o zíper.
— Ei sophs, você sabe que eu te amo né meu amor?
— Sai seu seboso. — ela desliza mais um pouco na cadeira. Jack finge estar ofendido, colocando a mão sobre o peito e fazendo cara de surpresa.
Somos interrompidos novamente pelo Sr. Clarke, que agora explicava brevemente sobre as espécies humanoides e hominídeas.
— E este é o Australopithecus afarensis.
— Pelo tamanho da cabeça desse daí tá parecendo mais Australopithecus cearensis.
Eu olhei para o lado e Finn estava lá, observando o quadro, de certa forma concentrado.
Ele havia feito a piada, quase como um comentário para si mesmo, mas após perceber que disse em voz alta seu rosto corou quase imperceptivelmente.
Todos na sala riam descontroladamente com a piada do menino novo, e o prof. Clarke não estava entendendo nada, e nem Iris. Claro que ela não havia entendido.
— cearensis, Iris. Porque Cearenses normalmente têm a cabeça grande.
Todos haviam parado de rir, e então Iris soltou uma gargalhada enorme. Ela era mesmo lerda.
— Senhorita Apatow? Há alguma coisa errada?
— não senhor Clarke, é só que...
Antes que ela pudesse fazer com que todos saíssemos de sala por debochar do professor, eu a interrompi.
— Não há nada de errado, professor Clarke.
— muito bem, vamos prosseguir com a aula então.
Se seguiram as explicações, e eu lancei um olhar mortífero para Iris, que segurou outra gargalhada.
Ouvi uma risadinha atrás de mim. Olhei pra trás e Finn estava rindo.
Eu não sabia que ele conseguia ficar mais perfeito do que ele já era, mas rindo ele é a própria imagem do paraíso.
Eu também não sabia que precisava ver ele rindo até ter visto ele rindo. Rindo de verdade, sorrindo e tudo.
Como ele era perfeito.
OLHA O FOGO NO CUUUUUUUUU
eu realmente preciso parar de imaginar como seriam os meus filhos com ele agora, porque ele está olhando pra mim e não vai cair muito bem eu começar a babar nesse momento.
Eu rio da risada dele, era fofinha, desengonçada eu diria.
Pelo que parece, estamos nos dando bem.
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ihul
Gente só queria declarar que esse negocio da análise pornografica e do Australopithecus cearensis são coisas que realmente aconteceram comigo, por isso eu coloquei na fic, eram muito engraçadas KKKKKKKKKK
Espero que tenham gostado do cap, eu achei bonitinho :)))
- Ana iauuu
Ok talvez
SÓ TALVEZ
eu consiga postar outro capMas eu nao escrevi ele ainda
Entao nao sei de nada por enquanto iei
E to ouvindo billie
Ela eh perfeita
Só isso mesmo
Boa noite
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WHATEVER - FILLIE
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDA] - onde finn, um garoto californiano apaixonado por skate, se muda para Nova York e conhece millie, a maior skatista da cidade * ou * - onde millie, uma adolescente nova iorquina usa o skate como válv...