SECOND PLAYER

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POV YOO JEONGYEON
January 2017

Nunca fui do tipo que adora festas, nunca fui do tipo de que tem amigos, nunca fui do tipo que tem uma família, nunca fui do tipo de ser feliz. Desde meus 13 anos é somente eu, meus livros e meus games, tive amigos durante a vida mas nenhum de longa data, já me apaixonei e me arrependo demais.

Meus pais morreram dias depois de meus 13 anos, vivo com meus velhotes desde então, meus avós, eles são tudo para mim eu realmente só queria protegê-los de tudo. Já passamos tantas dificuldades, mas eles nunca deixaram de sorrir para mim, eu me inspirava neles.

Minha vida está parada ultimamente, nada novo acontecendo, eu to a um tempo na mesma fase do jogo, não consigo terminar o livro que estou lendo, apenas estudo e vou toda tarde para uma soverteria.

Falando em soverteria estou nesse momento nela, com um soverte na mão e na outra o livro que eu estava tentando completar a mais de duas semanas, era tão sufocante não conseguir acabar de lê-lo.

- Boa tarde, deseja algo a mais? - Perguntou a moça que pelo visto era atendendente, ela era perfeitamente linda, já vi ela sorrir algumas vezes e pelo visto ela era simpática.

- Não, obrigado - A mulher sorriu e quando iria sair, chamei sua atenção novamente - se não for encomodo, qual seu nome?

- Me chamo Kim Jisoo e como você se chama? - Perguntou ainda sorrindo

- Me chamo Yoo Jeongyeon, é um prazer lhe conhecer.

- O prazer é totalmente meu, agora tenho que voltar a fazer meu trabalho, tenha um bom dia Jeongyeon.

Uau, ela realmente era muito educada, seu jeito parecia quieto mas feliz, queria ter uma amiga como ela, mas para começar, nem amigos eu tenho.

[>>>]

Havia acabado de sair da soverteria, era a tarde, o por do sol era visível, apenas sorri sentindo o vento bater sobre meu rosto.

Ajeitei minha touca e guardei meu livro em minha mochila, peguei impulso e joguei o skate logo em seguida pulando em cima dele. Passei por vários locais, pude apreciar a vista, havia um grande lago na praça da cidade, sempre ia lá para lembrar de minha mãe, era o lugar preferido dela aqui, ela faz tanta falta.

Me sentei a baixo de uma das árvores, pus meu skate ao meu lado, tirei de dentro da minha mochila um lanche e meu caderno de desenho, gostava de desenhar as vezes, era um hobi que havia puxado de meu pai, talvez a única coisa que havia puxado dele.

Observei bem a paisagem e dei uma mordida em meu sanduíche natural, vi uma bela menina sentada de costas para mim, bem na beira do lado, era uma vista tanto quanto bonita, então resolvi desenhar.

Dei uma última mordida em meu lanche e comecei a desenhar, para mim, aquilo era satisfatório, o barulho do lápis no papel, o som dos pássaros e das crianças correndo na praça. Eu realmente achava tudo muito tranquilo a minha volta.

Eu queria um pouco de emoção mas como não estou tendo isso tudo, apenas aproveito meu tempo, o mundo é tão cruel e infeliz, é raro viver esses momentos no dia de hoje, talvez um país das maravilhas me faria bem, um país onde a única preocupação é uma rainha de copas cabeçuda e a solução é uma menina loira de vestido azul, irônico né? mas é realmente isso que queria viver, imagine viver onde uma lagarta gigante é maconheira, sorrio com meu pensamento, é eu realmente devo parar de ler tantos livros.

Continuei a desenhar a menina a minha frente, já estava a ficar a noite, no entendo em menos de 20 minutos o desenho estava pronto e pela minha sorte, a menina ainda estava ali.

The Game | TWICE FANFICOnde histórias criam vida. Descubra agora