friends

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POV Harry

Louis tem uma voz incrível, e eu já sabia disso. Ouvi ele ensaiando comigo na noite antes do velório.

Mas ouvi-lo cantar lá, com todo o sentimento e emoção que a cerimônia pedia, foi muito melhor.

Queria poder descrever em palavras, mas o timbre de Louis William Tomlinson é único. Uma voz diferente, doce e envolvente. Não entendo o porquê ele não se dedica mais a música, talvez ele também ache que é bobeira e que um rei não deve se dedicar a esse tipo de coisa.

Depois do velório, quase não tive oportunidades de conversar com Louis. Nos últimos três dias ele tem alternado entre dormir, comer, ir à biblioteca e consultar Liam, que aliás parece ser a única pessoa que mantém algum tipo de contato com ele agora.

Sua mãe e sua irmã estavam muito emocionadas na cerimônia, mas após isso o semblante delas simplesmente se fechou e elas dirigem poucas palavras a Louis.

Quanto a mim, explorei todo o castelo e a biblioteca em um dia só. Infelizmente, quando se vive em um, eles perdem um encanto. Percebendo meu tédio, Jay me deu acesso livre a sala de música e é lá que eu fico. Às vezes tocando, às vezes simplesmente sentado olhando a janela.

É estranho que eu não me distraia mais com a música como acontecia antes. Em casa, eu poderia passar o dia tocando e compondo. Aqui, algo me segura, algo prende minha inspiração.

Olho o relógio pela milésima vez e apenas cinco minutos se passaram desde a última conferida. Sinto minha barriga roncar. Estamos apenas na metade da manhã e o almoço só será servido meio dia em ponto.

Decido ir até a cozinha para buscar uma maçã a fim de distrair meu estômago, já que não estou tendo sucesso em distrair minha cabeça.

Caminho lentamente afim de matar tempo, estou distraído quando passo em frente ao quarto onde meus pais estão alojados e tenho a impressão de ouvir alguém me chamar.

Olho para os lados e não há ninguém nos corredores a não ser eu. Será que os palácios aqui são mal-assombrados?

Se fossem, pelo menos eu teria algo pra fazer. Desvendar mistérios igual Fred, Dafne, Velma e Salsicha. E se fosse pra ser da gangue do Scooby-Doo eu iria querer ser o Scooby-Doo.

Ouço me chamarem novamente, mas dessa vez, tenho certeza de ter ouvido a voz da minha mãe.

Retorno alguns passos até a entrada do quarto e a porta gigantesca de madeira estava minimamente entreaberta, mas o suficiente para que eu conseguisse enxergar o lado de dentro do recinto sem ser notado.

Minha mãe estava sentada num divã próximo a janela, que estava completamente aberta, deixando todo o sol entrar. Ela parecia chateada. Meu pai estava sentado bem à frente dela, com um livro em suas mãos, mas não estava lendo.

- Eu não sei se ele consegue fazer isso Desmond. Harry não a ama!

- Anne, já está mais do que na hora de ele se casar. Você viu o que aconteceu com o rei Mark - falou quase em um cochicho - Não podemos nos arriscar a deixar que esses rumores terríveis pairem sobre a nossa família também. A cerimônia já está marcada, você só precisa dar a notícia.

- E o amor Desmond? Isso não significa nada pra você? – ela respondeu aflita

- Ele aprenderá a amá-la. Amar é uma escolha, não tem nada a ver com destino ou alma gêmea. Além do mais, perderíamos nossa aliança com os Malik, e já pagamos o dote da moça – Meu pai respondeu como se estivesse decidindo o que comeria de sobremesa.

- Então você vai dar a notícia a ele? – Mamãe cruzou os braços.

- Anne, você sabe que o garoto gosta muito mais de você do que de mim. Converse com ele essa tarde. Ele estará no mesmo lugar de sempre.

UNITED KINGDOM - [l.s fanfic]Onde histórias criam vida. Descubra agora