Capítulo 3: Tem alguém aqui? A utilidade das Joias.

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Alex caiu na grama úmida verde-clara, iluminada pelo Sol forte de uma alegre manhã de primavera. Havia poucas árvores por perto.

— Didu? Didu!

Levantou-se e viu que estava sozinha. Agoniou-se com uma voz que vinha não se sabe de onde:

— Ele não te ouvirá, Alex!

— Quem está aí? — e procurou com os olhos na direção das sombras das árvores.

— Bem vinda ao meu jogo, A-l-e-x!

— Jogo? — olhou para cima.

— Agora que sei que não me ama, decidi brincar com contigo!

— Esli John?

— Para provar que eu te amo — e disse com a voz mais dramática, apaixonada e pensativa —, inventei este mundo inteirinho para ti e quando sentir a minha falta, viveremos felizes para sempre!

— Onde está o Didu?

Com muita raiva, a voz disse calmamente:

— Eu me declaro para ti e me ignora? — e explodiu — COMO TEM CORAGEM DE PENSAR NELE, NO MEU MUNDO?

Alex respondeu pensativa e sem graça:

— Então... O senhor não sabe onde o Didu está?

— (suspiro) Ele está em algum lugar desta Caixinha.

— Caixinha?

— Sim! — animou-se a voz que estava tristonha — Minha imaginação fértil disfarçou de poço a entrada desta Caixinha que agora está trancada. Só entra e sai quem tem a chave... Se bem que há outros métodos pra sair. O importante é que eu não te darei a chave! Se quiser sair, ache Didu... Mas como eu o odeio, cada vez que chegar perto dele, terá que lutar e passar de nível!

— O que é nível?

— Vive em qual século? Nunca jogou vídeo game?

— Eu não sei o que é nível!

— É cada região deste mundo!

— Como eu chego ao lugar onde o Didu está?

A voz não respondeu.

— John? — esperou a resposta que não chegou e insistiu andando pelo campo — John! Onde está você? Responde! — e gritou — Não me deixe aqui sozinha! Eu não quero um mundo! Quero companhia! Odeio ficar sozinha!

Alex se sentou e com raiva falou:

— Se ao menos eu pudesse ouvir os pensamentos de Didu...

E foi interrompida ao ouvir entre seus pensamentos: "Alex?".

— Didu!

"Eu não posso ouvir seus pensamentos, mas posso ouvir o que você diz!" "Você quer dizer: 'Posso ouvir o que você diz. Desde que você queira que eu ouça'?".

— Onde você está?

"Preso em uma garrafa.". Ao ouvir isso, Alex sorriu e pensou: "Ele definitivamente não ouve meus pensamentos...".

— Como é o ambiente?

"Pinheiros, neve, água."

— Será se dá pra eu ir aí?

"Não sei. Este mundo é do John. Não teu. Terá que seguir as regras dele."

— Não se preocupe! Sou boa em achar!

Alex andava por um campo seco, capim alto, quase um metro de altura. Começou a ventar no momento em que viu uma garota alta, magra, que estava de costas e quando virou-se, a menina de preto pôde ver seus olhos grandes, brilhantes, azuis. Ela desembaraçava os cabelo longo e branco que combinava tanto com o vestido simples e claro, quanto com o ambiente seco, claro com leves tons de alguma clorofila restante. Aquela parte do mundo ainda estava no fim do verão.

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