Capitulo 1

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Essa história será uma short fic, e como sabem eu tenho mania de escrever capítulos curtinhos, então por favor não estranhem, espero sinceramente que gostem desse plot, estou trabalhando nele há algum tempo e tenho esperança de que vai irá ficar bem legal para o que eu to planejando... beijinhos e boa leitura!!!

Em uma cidade, no interior da Inglaterra, todos se conheciam e se davam bem. Com casinhas charmosas, jardins perfumados, grama bem aparada e um sentimento próspero entre vizinhos, a população recebeu o título de povo mais cordial do país.

Tudo era perfeito em Olívia, fosse verão com seu sol morno, gostosinho pra passear com as crianças e animaizinhos, ou inverno com a neve enfeitando graciosamente às arvores desfolhadas nas ruas, tudo sempre estava no seu devido lugar.

Exceto por um certo imóvel no final da Rua das Rosas.

A casa n° 28 era terrível, parecia abandonada, tinha um tom sombrio incorrigível que maculava toda a vizinhança, pintura descascando, ervas daninha cresciam por todos os lados e o mais estarrecedor: era habitada há alguns anos pelo misterioso dr. Styles, que nunca saía ou recebia visitas e ainda, sem ao menos abrir a porta, expulsava aos gritos quem ousasse pisar em sua propriedade para confraternizar. As únicas pessoas que recebiam um mínimo de sua atenção eram os entregadores que semanalmente deixavam algumas caixas na garagem e pegavam uma gorjeta generosa que era passada por debaixo da porta.

Com o tempo, os boatos mais bizarros a respeito do morador da casa n°28 começaram a surgir na vizinhança. Alguns diziam que era um traficante, outros especulavam se era um psicopata canibal sequestrador de criancinhas ou um homem com o rosto desfigurado, havia até os que usavam a má fama do lugar para disciplinar seus filhos: "Carl, se você não comer seus legumes, vou colocar você para ficar uma semana morando com o Dr. Styles", mas ninguém sabia de fato o motivo de um comportamento tão esquisito.

Todavia, não era apenas aos vizinhos a quem aquela figura misteriosa intrigava. Louis era um pequeno empreendedor que ganhava a vida gerenciando um eficiente sistema de entregas e transporte pela cidade. Ele tinha funcionários a postos em lugares estratégicos por toda cidade, preparados para atender a qualquer problema que aparecesse, desde encomendas grandes até pequenas compras de ultima horas para festividades, seja Natal, Ano Novo, Páscoa ou dia das Bruxas, mas como patrão, ficava o dia inteiro na sede da empresa cuidando de toda a papelada que precisava de atenção. O ponto alto do seu dia era quando os funcionários se reuniam para compartilhar os acontecimentos interessantes da cidade e suas histórias favoritas sempre eram aquelas que contavam sobre o estranho Dr. Styles da Rua das Rosas.

O Halloween era um dos dias favoritos de Louis Tomlinson, um dos raros momentos que tinha a desculpa de relaxar, sair do seu pequeno escritório e se juntar aos seus companheiros para ajudar com as entregas, lembrando-se da época em que fundou a empresa, quando estava sem dinheiro e passeava com sua velha caminhonete pelas belas ruas de Olívia, recebendo um chamado aqui e ali de adultos desesperados por doces ou alguma decoração esquecida. Em pouco tempo, os pedidos começaram a aumentar, transformando aqueles pequenos bicos em um negocio bastante lucrativo. Mas naquele ano, Louis tinha outra motivação, principalmente porque ao que parece, o Sr. Styles era um cliente Fiel da Expresso Tommo.

Ele dirigia animado, cantarolando distraidamente uma canção qualquer, pensando em que desculpa daria para poder bater na porta daquele sujeito. No entanto, quando chegou à Rua das Rosas, surpreendeu um grupo de crianças mascaradas bombardeando impiedosamente a casa 28 com ovos, tomates podres e papel higiênico, ao que uma voz angustiada gritava em desespero lá dentro para pararem com aquela barbárie.

Mesmo fantasiados, Louis pôde reconhecer algumas daquelas pestinhas e imediatamente estacionou o carro para repreendê-los, ganhado total atenção quando ameaçou chamar os pais e garantir que nunca mais fossem entregues qualquer tipo de doces em suas casas se não deixassem o pobre sr. Styles em paz. Dito e feito, as crianças saíram resmungando alto e chutando pedrinhas pelo caminho, mas Louis não iria embora ainda, precisava saber se o dono da voz amedrontada estava bem.

Por isso, caminhou com cuidado pela aquela bagunça de ovos e tomates despedaçados até a enorme porta de carvalho com verniz desbotado e bateu nela três vezes.

- Seja quem for você, vá embora, não é bem vindo aqui! – gritou a voz lá de dentro.

-Olá? Senhor Styles? Eu sou o Louis, do Expresso Tommo... – começou sendo interrompido por um tilintar de trancas se destravando e a visão de um par de olhos verdes aparecendo por uma frestinha na porta.

-Tenho certeza que não encomendei seus serviços para hoje, já tenho o suficiente para essa semana. – respondeu solicito.

- Eu estava passando, vi o que aconteceu agora pouco e decidi checar se está tudo bem com o senhor. – o outro imediatamente se encolheu lá dentro, desviando o olhar.

- Elas são monstros terríveis... me ameaçaram e atacaram minha casa – disse com uma voz falha.

- O senhor está bem? Se quiser eu posso preparar um chá para se acalmar – Louis sugeriu preocupado, ao que as expressões do outro se tornaram em puro horror, batendo a porta com força na cara do visitante.

- Vai embora! Eu não preciso de sua ajuda – gritou, espantando o pobre Louis, que com medo sai correndo em disparada de volta para a caminhonete. – Não volte mais!

No entanto, durante a pressa, o pobre Louis escorregou em um tomate podre no caminho, vindo ao chão logo em seguida, com uma pancada forte na cabeça, o levando a inconsciência. 

The Thorn In Rose's StreetOnde histórias criam vida. Descubra agora