Capítulo 16

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Por Dean

Já se passou um mês desde a briga de Livy e Mad, praticamente um mês que eu e Livy matamos algumas aulas de baixo da arquibancada para passar um tempo juntos.

O jogo foi adiado para hoje, aconteceu alguma coisa e por conta dessa "coisa" o jogo agora vai acontecer aqui na escola e não na outra. Estou no último treino do dia antes de irmos para casa e voltar para a escola já que o jogo vai ser a noite.

- Venham aqui! - o treinador grita após assoprar o apito - Se vocês continuarem com essa raça nós ganhamos o jogo, por hoje só, dispensados.

- Puta que pariu, eu tô morto - Ben reclama andando para as arquibancadas onde as meninas estão sentadas.

Tiro meu capacete recebendo uma chuva de raios de sol no meu rosto, pego minha garrafa de água ao lado da minha mochila preta jogada do lado de Melissa e bebo a água.

- Vocês vão para casa agora não é? - Holly pergunta guardando o caderno e o estojo na mochila.

- Sim, mas mais tarde temos que voltar para cá - Cris quem responde.

- Vamos Dean - Livy levanta arrumando a mochila vermelha sobre os ombros.

Ela está com um jeans escuro e apertado e um cropped também colado ao corpo na cor azul claro destacando os seus olhos. O cabelo de Livy tá preso em um rabo de cavalo e ela tem uma expressão séria no rosto.

- Até de noite - ela quebra o silêncio, todos estamos olhando para ela calados.

- Calma apressada - digo pegando minha mochila quando ela dá as costas para todos.

- Tchau! - o pessoal grita.

- Claro, tô com calor filhão, quero ir logo - dá de ombros sem me olhar.

Caminhamos sem pressa até meu carro que está parado em uma das vagas do vazio estacionamento do colégio. Destravo o carro permitindo Livy entrar, ela joga o skate no banco de trás e coloca o cinto de segurança.

Chamei ela para ir lá pra casa comigo já que não vou ter nada pra fazer até as seis da tarde que é a hora em que volto para a escola, o jogo começa as sete

- Você deve tá morto, credo - ela me observa.

- Nem tanto, já tô acostumado - tiro o carro da vaga - E você, por que tá quieta?

- Nada, só que vou conhecer o namorado da minha mãe amanhã, eles vão sair - explica se mexendo no banco - Só tô com um pé atrás agora, minha mãe nunca se relacionou com ninguém depois do meu pai. Sei lá, as paranóias surgem, tenho medo de ele não ser um bom cara.

- O cara certo para ela - resumo com a atenção na estrada - Relaxa, sua mãe sabe se cuida, se ele não for o homem certo ela vai saber.

- Espero que você esteja certo - ela ponhe um dos pés em cima do banco - O amor pode ser cego.

- Se cegar ela estão você dá os colírios milagrosos - rimos - Você é filha dela, ela vai te escutar.

Conversamos o resto do caminho sobre várias coisas e em nenhum momento meu coração desacelerou por conta da sua presença. Livy mexe comigo de uma forma incrível e nem imagina.

Estaciono em frente de casa e abro a porta, encontrando a casa vazia como sempre. Subimos para o meu quarto onde Livy se joga na cama enquanto eu vou tomar um banho.

Assim que saio do banheiro com apenas uma bermuda e o cabelo ainda úmido Livy me olha sorrindo ela estica os braços como um convite, me encaixo em seus braços que cercam meus ombros, apoio minha cabeça no seu peito escutando seu coração bater rápido. Parece que eu também mexo com ela.

Just Different - [REVISÃO EM PAUSA]Onde histórias criam vida. Descubra agora