Capítulo 2

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Por Dean


  É bem estranho dar uma carona para uma estranha.

  A novata precisava ir pegar o irmão mais novo na escola e não tinha carro, Mia queria dar carona para ela mas já perdeu muita aula de matemática.

  Na verdade todos ali perderam, eles costumam matar a aula por odia-la, e agora se faltarem mais no fim do ano vão pegar recuperação.

  Isso tá parecendo um daqueles clichês que li em aplicativos, gosto de livros de romance, mas prefiro os que tem mais ação. Na real leio todo tipo de livro.

  Paro no farol assim que ele fecha, olho para a garota ao meu lado vendo-a observando alguma coisa lá fora, ou ela realmente está distraída ou ela também está desconfortável.

  — E então, de onde você era? — quebrei o silêncio desconfortável.

  — Ohio — diz me olhando rapidamente — Tive que mudar por causa do trabalho da minha mãe.

  — Não deve ser legal — acelero o carro quando o sinal abre.

  — Realmente não é, ainda mais com esse calor que faz aqui — resmungou — Em Ohio ainda não estava nevando mas não tava tão quente assim.

  — Eu gosto do calor — ergo uma sobrancelha.

  — Eu não sou você — dá de ombros.

  — Cara quem não gosta de calor? — ignoro a resposta dela.

  — Eu, meu querido, eu odeio calor — vira para a janela— Ainda mais porque danço, não é nada legal ficar toda suada.

  — Mas independente do tempo, quando está dançando se soa de todo jeito — revido.

  — Óbvio que fica, mas no calor fica bem mais — diz começando a mexer a perna — Sério, eu tô na dança desde pequena, não duvide de mim!

  Então além de bonita também é dançarina mas não usa um pingo de educação que com certeza os pais lhe deram, okay, não vou falar mais nada, também tô na dança desde pequeno e sempre foi aqui em Los Angeles, sei bem como é suar.

  Meu Deus o que eu tô fazendo? Acabei de ter uma discussão por causa de suor.

  — É aqui — Livy alerta, deixo o carro perto da calçada para a morena entra na escola.

  Após alguns minutinhos ela volta com um menino pouco menor, ele tem olhos claros e o cabelo na cor do meu. Sua bochecha está cortada, é, ele parece ser o tipo de garoto com pavio curto.

  — Quem é ele? — ouço o garoto perguntar baixinho.

  — Um colega da sala que ofereceu carona — Livy responde abrindo a porta de trás e mandando ele entrar.

  — Oi — sorrio para o menino no banco de trás.

  — Oi — ele sorri de volta — Me chamo Lice.

  — Prazer Lice, sou o Dean — aperto sua mão — Nome bonito o seu, gostei.

  Livy senta ao meu lado de novo e coloca o endereço da sua casa no GPS, começo a dirigir para o local conversando com Lince.

  — Qual é a do corte? — pergunto olhando para ele pelo retrovisor.

  — Briguei com um menino — dá de ombros.

  — Sério? Fiquei sabendo que é seu primeiro dia — digo e Livy sorri antes de virar o rosto.

  — Ele queria bater em uma garota, nenhum homem deve encostar a mão em uma mulher, ele não é um homem de verdade — diz e encaro Livy rapidamente.

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