O caminho das estrelas

O Sol ardente

Sunny está em seu quarto conversando com outro garoto...

— Sun, eu preciso te contar uma coisa.
— Estou ouvindo.
— Eu sou gay.
— Era só isso?
— Você não está surpreso com isso?
— Sam, eu sou seu melhor amigo, é óbvio que eu já sabia ou pelo menos suspeitava disso.
— E você não tem vergonha de continuar sendo meu amigo?
— É óbvio que não, você ser gay não te torna menos pessoa do que eu.
— Obrigado, Sun.

De repente alguém bate na porta, Sunny acorda, deitado em sua cama com lágrimas nos olhos...

— Sun? Está na hora de acordar filho.
— Uh... Já acordei, mãe!
— O café está na mesa, desça rápido.
— Tá bom mãe, já vou descer.

Ele se senta em sua cama e enxuga as lágrimas...

— Era só um sonho... Murmurou Sunny com tristeza

Ele se levanta e vai se aprontar para o café, logo após desce as escadas até a cozinha...

— Sun? Está tudo bem? Você parece um pouco abatido hoje.
— Estou bem mãe, foi só um pesadelo que eu tive.
— Não ficou até tarde observando estrelas de novo não é?
— Não mãe, eu dormi cedo, estava um pouco cansado.
— Entendo, bom, aproveite o seu café, eu vou até a casa da sua tia, ela disse que seu avô quer que a gente resolva umas coisas para ele, eu não devo demorar, mas se for o caso e você precisar de qualquer coisa pode me ligar, ok?
— Sim, entendi, mãe.
— Muito bem, então até mais tarde.
— Até mais tarde, mãe.

A mãe de Sunny sai de casa e Ele continua sentado a mesa tomando seu café quando ouve alguém bater na porta...

— Deve ter esquecido alguma coisa...

Ele se levanta da mesa e vai até a porta, ao abrir a porta...

— Oi, maluquinho
— Darla, o que está fazendo aqui?
— O que você acha? Eu vi fazer uma visita, vai me deixar entrar ou não?
— Ah! Claro, por favor entre.
— Você é meio lerdo né?
— Eu não sou não.
— Ah, sei...

Sunny e Darla entram e seguem para a cozinha onde ele tomava o café da manhã

— Bacon e ovos, típico café da manhã americano não é?
— E como é o seu café da manhã?
— Eu não bebo café, eu bebo chá, é bem mais saudável e particularmente mais gostoso.
— Eu odeio chá.
— Claro que odeia, você é maluco não é?
— Será que dava pra parar de me chamar de maluco?
— Já disse que não, mas e aí, o que aconteceu com você? Parece meio abatido.
— Minha mãe também disse isso, eu só tive um sonho ruim.
— Ah é? Me conta, sonhou que era esquisito e sem amigos? Se for isso não foi pesadelo, isso é sua vida real.
— Eu sonhei com meu amigo, o Sam, aquele do qual lhe falei.
— Ah...
— Foi tão real, parecia que ele estava mesmo comigo de novo.
— Poxa, eu entendo a expressão triste em seu rosto agora.
— É tão óbvia assim?
— Parece que você acabou de perder o seu cachorrinho.
— Eu não tenho um cachorro.
— Não é lerdo é?
— Não entendi.
— Deixa pra lá, você sabe de um lugar legal onde podemos ficar sozinhos?
— Por que você iria querer ficar sozinha comigo?
— Porque eu quero matar você.
— O que!?
— Deixa de ser burro, eu quero fazer uma coisa com você, mas tem que ser em um lugar onde seja seguro, entendeu?
— Eu sei de um lugar seguro, quase ninguém vai lá.
— Ótimo, então vamos lá.
— Mas eu tenho que avisar a minha mãe ou ela vai ficar preocupada quando chegar e não me encontrar em casa.
— Nossa, você tem que crescer um pouco, relaxa, a agente avisa para a minha mãe.
— Eu acho que tudo bem então, vamos lá.

Sunny e Darla então saem da casa dele e vão até a casa de dela avisar a sua mãe que estão saindo para andar pela cidade, após caminharem por um bom tempo, os dois chegam a uma antiga fábrica de tecidos abandonada...