Lupus

1. Lua Nova

Quatro colegas quintanistas andavam conversando em um dos corredores que davam para os terrenos da escola. Tiago e Pedro ao meio, falando entusiasmados.
-Mas como você pegou? ninguém sabia que o pomo estava tão baixo!
-Eu vi uma luzinha e desci com tudo. Se não fosse tão bom com uma vassoura, teria quebrado um braço ou coisa pior...
-Nossa Tiago, fiquei todo arrepiado com aquela decida, mas você foi fantástico!
-Mais uma vitória para o leão presenteado por mim!- concluiu Tiago passando as mãos no cabelo.
Nas pontas do grupo, Siriús olhou de esguelha paga Lupen, que o observava de forma tímida, olhando em seus olhos, os desviam e passa a admirar seus sapatos desengraxados. Porter e Pedro começam a deixá-los para trás entretidos na conversa frenética sobre quadribol. Siriús começou a se aproximar de Lupin. Com o olhar preso em alguma coisa no chão, Remus se mantinha concentrado em não olhar fixamente para quem se aproximava.
-O que achou da prova mais cedo?
-Eu gostei... principalmente da parte do grindylow, eu sabia que os dentes erram serrilhados, não laminares!
Remo falou animando-se, e levantou sua cabeça para que falassem na mesma altura.
-Eu marquei na A, mas fiquei na dúvida, sabe?!
-Entendo...- concluiu Lupen enquanto olhava nos olhos negros de Siriús.
-Tiago não vai parar de falar daquela apanhada por uma semana.- olhando para o par que andava muito mais à frente, Siriús disse.
-Quadribol depois de uma prova com certeza não é para mim, eu só quero sentar e esquecer de de vassouras e penas.- Remo falou.
-Vamos para perto do carvalho, acho que não vai ter ninguém exibindo-se.- e dando um leve aceno para Tiago e Pedro, ele sorriu para Lupin.
Os dois caminharam até próximos do lago negro, onde um grande Carvalho velho crescia fazendo uma sombra que cintilava por conta do vento e sol.
Sentados, o vento batia de forma carinhosa nos rostos dos dois garotos, Remo mantinha seus olhos fechados e Siriús o admirava de forma disfarçada.
-Como anda o processo?
-Eu engoli novamente a folha de mandrágora, acho que vai demorar mais um mês.
Remo abre os olhos de súbito rindo, Siriús que não disfarça o olhar começa a rir também. Enquanto a pele do rosto de Lupin se estiva num sorriso, parte de uma das feridas recentes da sua pele começa a sangrar. Black leva uma de suas mãos ao rosto do amigo e limpa o sangue com o polegar.
-Essa é nova.
-Essa foi da última lua cheia.- inclinando-se para frente, Remo sela os lábios de Siriús com um beijo, que o retribui.
Alguma coisa semelhante a um tentáculo gigante parece bater na água a uma certa distância dos garotos, o que faz espirrar água nos dois que terminam o beijo e rindo encharcados, olham o brilho escarlate que o crepúsculo tingira o céu.

Caro leitor, esse é o primeiro capitulo de uma história curta. Peço que critique-a para que os próximos capítulos sejam coerentes e dinâmicos.