Remo acabara de sair de uma das cabines do banheiro da sala comunal quando percebeu que seus colegas não estavam nos dormitórios. Espreguiçando-se e logo depois lavando o rosto, ele virara-se para a vestir suas roupas e caminha até o grande salão.
Lilian estava próxima a umas das pontas, virada para a mesa da Sonserina. Ele se sente tentando a se sentar junto à ela, mas desiste quando olhando opor cima dos ombros, encontra cabelos oleosos indo até a ponta da mesa. Virando-se, ele se senta só. Esperava encontrar os outros amigos pelo menos no refeitório. Se não todos, ele queria ver um amigo.
Servindo-se de mingau e suco de abóbora, ele come calado até checar uma edição do profeta diário. O susto faz seu corpo se arrepiar.
O título escrito em tinta vermelha dizia:
"Capturado Lobo Grayback, lobisomem responsável pela morte maldição de varias famílias trouxas e bruxas."
Remo amassa rapidamente o papel antes alguém pudesse ver, como se esse movimento apagasse qualquer vestígio de seu passado.
Horas mais tarde, depois de sua aula de defesa contra as artes das trevas, Lupin se encaminha para os corredores patrulhar em busca de grupos de desordeiros. E os encontram. Siriús abre um grande sorriso em meio aos cabelos cacheados que caiam sobre sua nuca enquanto Tiago e Pedro se encaminham tão animados quanto até próximos do amigo.
-Finalmente, conseguimos! Já podemos ir te acompanhar hoje!- falou Pedro entusiasmando dando alguns pulinhos.
-Ual, em quais animais? Dói na transfiguração?- Falou Remo de olhos arregalados e felicidade quase incontrolável.
- Não dói, na verdade é de boa. Eu sou um cervo.- disse Tiago com um tom de leve superioridade.
-Eu um rato!- falou Pedro entusiasmado.
-E eu um cachorro negro.- disse Siriús olhando fundo nos olhos de Lupin com um sorriso de canto. Ele corou sem ninguém perceber.
-Então estavam testando a manhã inteira? Por isso não os encontrei.
-Estávamos perto da floresta, aprimorando, quer dizer, hoje à noite tudo tem que sair ok.- disse Tiago quando seu estômago emitiu um som esquisito.
-Vamos comer, depois conversamos.- falou Pedro se encaminhando à frente.
-Então até mais Remo.- Disse Tiago passado pelo amigo e indo acompanhar Pedro.
-Você não vai?
-Estou tão faminto quanto um lobo.- então Siriús passou por Lupin deixando uma de suas mãos agarrar a do colega.
-Almofadinhas.- sussurrou remo próximo ao rosto de Remo.
-Aluado.- respondeu Black se desvencilhando e correndo para o salão principal.
Um pouco mais tarde, quando boa parte da multidão já tinha se dispersado, Remo vai almoçar. Um pouco faminto, não encontra seus colegas que provavelmente já tinham ido para as aulas à tarde.
Recusando-se a perder muito mais tempo, e nervoso, as escadas que levam até a torre de astronomia são subidas o mais rápido que nunca.
O cheio dos incensos e mofo não o incomodam tanto quando em um dia normal. O professor pede para que as janelas sejam abertas e transcrevam certas figuras no céu que já se empalidecia. Tomando consciência de que já está tarde. Ele fala alguma coisa de canto com o professor que acena a cabeça e volta a aula. Arrumando suas coisas, Lupin retoma seu caminho habitual de ir até a sala de Minerva, que o recebe enfrente a sua sala e o acompanha até os terrenos do colégio.
Um grande Salgueiro mexe-se de forma incomoda quando os dois se aproximam a uma segura distância. A varia de Minerva corta o ar e uma pedra é lançada até o galho perto das raizes da árvore, que se imobiliza na hora.
Lupin olha para ela, agravar com um aceno de cabeça e caminha até a pequena abertura entre as raizes para passagem.
Minutos mais tarde, provavelmente onde tudo já estaria completamente banhado pelo luar, a passagem se mantém completamente escura até chegar em um pequeno ponto de luz que se destaca no final dela. Relutado, Remo caminha até a luz e entra por uma abertura do assoalho na Casa dos Gritos.
Quando entra, que a lua penetra seus olhos, ele cai de súbito no chão, gritando audivelmente, suas unhas arranham a carne das costas, sua boca tenta controlar os membros mordendo-os, mas inutilmente. Minutos de agonia se passam até que um lobisomem toma sua forma completa.
Horas se passam onde o Lobo de pendura nas estantes, quebra janelas, força a saída por portas e uiva inutilmente por ajuda.
Até que finalmente sua audição reconhece unhas trotando em algum lugar no assoalho, e de lá, da mesma abertura que ele próprio na tinha passado, um imenso cachorro negro entra furtivamente e se próxima do Lobo. Desconfiado, Remo se aproxima do acompanhe que sentado abanava o rabo, Siriús parece entusiasmado, quando faz menção com seu focinho de seguirem pelo caminho, cautelosamente remo deixa que o amigo vá na frente, até que os dois começam a correr em direção a abertura do sabugueiro.
Um cervo esperava por eles, onde um rato estreitava-se nos cascos do animal, o luar parecia mais claro que nunca, Remo uiva, Siriús o acompanha, começando a correr em todas as direções o bando se esquiva de árvores, corre entre o gramado molhado, brincam até que todos ficam ofegantes e cansados demais para continuarem. Até que mais tarde, depois de uma longa pausa, Pedro que não sairá da galhada de Tiago, parece querer dizer algo com o olhar. Tiago olha para o cão que se achava olhando para o lobisomem. Ele concorda com a cabeça. Remo é levado novamente de mau gosto para a casa por Siriús, que era o único capaz de conter o animal e passar pela abertura , onde encosta-se em um dos cantos mal iluminados d casa e observa Siriús se voltar para a entrada, mas antes de realmente entrar e voltar para o castelo, ele retorna para dentro e deita-se entre o amigo que o observava, os dois dormem.
Um raio entra por uma das telhas que falavam no telhado. Remo acorda e percebe um grande cachorro deitado a sua frente. Uma das mãos do garoto se voltam para a cabeça do cão, que acorda e de transforma novamente em Siriús, que se vira para frente e sorri para um remo que não se continha de felicidade.
Um outro polegar limpa a testa melada de sangue do garoto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lupus
RomanceDois cães que colidem ao brilho prateado de uma constelação nos gramados de Hogwarts.